sábado, 31 de julho de 2010

OITAVA ETAPA CONCLUIDA !!!!! ACABOU!!!!

Olá amigos!
Cheguei em Porto Alegre às 11 horas. Esta última etapa foi a mais difícil, pela ansiedade de chegar e pela chuva misturada com o vento contra, que era o meu maior medo.
Felizmente São Pedro foi muito camarada comigo, cumprindo o acordo que fizemos (em parte). O tempo foi maravilhoso todos os dias. Clima ameno e ensolarado.
Esta viagem marcou definitivamente a minha vida. Meus objetivos que eram, levar conforto e esperança a tantos que como eu, sofrem da Doença de Parkinson e servir de divã para uma auto-análise e planos para meu futuro, foram atingidos
A sensação de missão cumprida, misturada com o sentimento de ter concluido esse desafio, é gratificante. Mas persiste ainda um gostinho de "quero mais" em meu coração.
As associações visitadas, as pessoas que conheci e compartilhei um pouco da minha vida, certamente estarão comigo em meus pensamentos e em meu coração para a vida toda. Indescritivel, a gama de sentimentos e emoções, vividas nesses  dias todos.
Impossível descrever tanta riqueza vivida e tão pouco tempo!
Agradeço a todos que visitaram o blog e me incentivaram seja com quotas de patrocínio, com contribuições espontâneas, ou com palavras de incentivo e apoio.
Pessoalmente gostaria de agradecer ao Erasto Fernando Farias, grande amigo e incentivador, pelo seu apoio que nunca me faltou. Ao pessoal da Zanatto & Schupp, ao Banavilis da Bana Bikers, Vandré da Bridge, ao pessoal da Associação Viking dos Funcionários da Volvo, aos grandes amigos de Camboriu Luis e Zoanir e ao Gilson Kassouke de Joinville.
Aos queridos amigos Ane Marie Rade,Jorge Aoki e Natalício Ferreira Leite e Ninki, muito obrigado. Ao Bagatini que saiu de Lajeado de bike para me encontrar e me companhou junto com os amigos de POA, Daniel e Elton pelo último trecho deaixo de chuva Ao pessoal das associações Hudo, Maria Célia e Marcilio, pela calorosa acolhida. À Dinha Gonçalves, capeta mocho e rabicó, mil beijos e muito obrigado! To lovely Linden Labs friends, my beloved Bianca del Biggio, Minny Mulberry, Dartagnan Montpark (keep praticing!) Psychedella Florio, and my dear Maria, wich replyed every sinlge post I did. Thank you guys, you are all one of a kind people!

Ao amigo, cúmplice, conselheiro, motorista e cineasta Júlio Roberto Gusso, sem o qual meu apoio não seria possivel. Gusso, Deus o abençoe e o conserve assim paciente e amigo.




Até a próxima!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sétima Etapa e meia VENCIDA!!!!

Como sobrou um pouquinho, decidi esticar mais 30 km e vir até Santo Antonio da Patrulha, terra de industrias de doces e segundo São Paulo Pegorini terra do melhor sonho do universo (hehe)

Rendi como nunca hoje. Foram 130 km de cana, como se diz na gíria ciclística. Cabeça para baixo, respiração compassada, concentração... A sensação física é muito boa... 

Tive a sensação nítida hoje de estar flutuando, a bike dentro de uma bolha invisível, com propriedades mágicas de proteção... Sabia que podia tudo em cima da minha bike.


Amanhã concluo essa belíssima aventura. Foi um magnífico hino de glória à esperança, um passeio inesquecível onde conheci gente que sofre e se emociona, quando lhes toco o coração, dizendo algo assim:


- Ei cara, olha pra mim, eu viajei por 3 estados com a minha bike e vim aqui para te dizer que você está vivo, que a vida vale a pena e que se eu posso modificar minha vida você também pode...



...

BAH!!! SÉTIMA ETAPA CONCLUIDA!!!!!!

São Pedro cumpriu direitinho o prometido!!! Vento nas costas o tempo todo hoje, voando baixo! Confira:
Distancia percorrida 98,75 km
Tempo de pedal 3h24
Média horária 29 km/h
Máxima 46,5 km/h (no pedal)

Estou em Osório! Como está sobrando um bocadinho, vou esticar  para Sto. Antonio da Patrulha. De lá mando mais noticias...


Té mais

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Torres cheguei! !!!! Sexta etapa VENCIDA!!!!

Buenas xiruzada! Mas bah, to mas facêro que guri de bombacha nova. O tiro de hoje foi mais curto que coice de porco. Só 63 km! 
A média horária foi mais baixa por causa do vento contra. Vim devagar como  enterro de viúva rica!
Mas to aqui! Sem  palavras para descrever a emoção de falar para os associados da associação de parkinsonianos de Araranguá! Incrível como certas pessoas têm o dom e a liderança de tirar "do nada" tanta dedicação e tanto amor! Parabéns Maria Célia! Continue sendo luz para os nossos irmãos! Obrigadíssimo pela acolhida!
Bueno, falando da viagem, como disse acima foi mais curto que estribo de anão, mas o vento contra me deixou mais sofrido que joelho de freira em novena de semana santa. Mas cheguei!
Os tacos da sapatilha estavam se esgualepando, de tanto trava e destrava no pedal. Mas bah!

Os acostamentos continuaram judiando, mas ao menos nenhum pneu furado. Consertamos 11 da dúzia de furados de ontem e uma camara se perdeu, rasgada na base do bico.
Amanhã, vou para Osório onde provavelmente vou encontrar o Bagatini que está vindo de Santa Cruz do Sul para me encontrar.
Boa noite amigos!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

QUARTA E QUINTA ETAPAS VENCIDAS!!!!!

Uhuuuuuu!!
O que parecia um dia entediante se transformou num dia de alta performance! 

Um erro de cálculo na distância entre Florianópolis e Laguna me deixou atiçado para fazer 2 etapas em um único dia. É verdade que o vento nas costas ajudou muito, a ponto de, no plano e no pé a minha velocidade máxima ficar em 55 km/h. 

Anotem os números do dia:
Distancia percorrida 131,41km
Tempo pedalado 4h44min
Média horária 27,7 km/h (yyyyyeeeeaaaahaaaaaa)
Velocidade máxima 55,4 km/h
Distância percorrida acumulada 486,3 km
Pneus furados 12 vezes (10 traseiros e 2 dianteiros)


Como foi:
A saída de Floripa, foi como a entrada, com escolta da Polícia Rodoviária Federal e Estadual de Santa Catarina. Doi sbatedores à frente e dois na retaguarda. Chique não? 
Saimos de Floripa, sob  intenso tráfego de veículos, hora do rush para trabalhar. Um susto aqui, outro ali e num instante estávamos em São José, onde um onibus urbano quase me faz visitar São Pedro antes da hora. 
A Brioi (Br 101), está absolutamente impraticável, intragável e impossivel de circular de bicicleta no trecho Floripa/Laguna. Portanto e você anda desgostoso da sua vida, o gerente do banco no seu pé, a sogra chamando você de inútil e até seu cachorro rosna para você e faz xixi na  roda do seu carro, tente algo novo. Que tal uma voltinha de bike no trecho acima mencionado? Você vai ver seus problemas mundanos acabarem num záz.
Como eu prezo demais minha vida, não encarei o trecho. NA NA NI NANÁ!
Embarquei e fiquei agarrado ao "segura jacú" do carro (também conhecido por  "puta que pariu") esperando o fim do meu estado de choque.
Exagero? Vai lá conferir, vai!
De repente faltavam só 20 km para Laguna! Como? Não me perguntem, ou como diria São Paulo Pegorini "não me faça perguntas difíceis" ...

Sei lá! Algum abalo sísmico, algo provocado pelos temíveis Incas Venusianos durante  essa madrugada, fez com que Laguna se aproximasse de Floripa... Ou não... Talvez, em uma hipótese muito remota, eu tenha calculado a distância errada...



E já que um pé estava enfiado na jaca, porque não atolar o outro também? E atolei! Atolei o pé no pedal da magrela e voei pela estrada.Agora já em condições mais seguras...


Acostamento relativamente liso, mas com muitos pedriscos. O vento nas costas, empurrando e empurrando forte... Tanto que ajudou e muito, meu desempenho.Muito bom! Ai achei que devia aproveitar a "lua" e vim parar em Araranguá, onde só deveria pisar amanhã!

Boa noite moçada!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Post extra de Floripa

A palestra na Associação Catarinense de Parkinson foi ótima! A participação do público foi muito grande, com os associados fazendo perguntas e dando sugestões.
É interessante observar como as pessoas, mesmo na estrada, ficam curiosas e surpresas ao tomarem conhecimento da viagem.
Foi realmente muito agradavel a estadia aqui em Floripa.
Agradecimentos especiais ao MArcilio, meu novo velho amigo!
Até a próxima!

Terceira etapa VENCIDA!!!!

Aeeeee Floripa, cheguei!
Saimos de Camboriu às 7h20min, com as bençãos do Zoanir e do Luis. Estrada movimentada, com caminhões e carros passando muito próximos de mim.
No entanto, os pneus furados, dos quais tinha escapado até então, passaram a me fazer companhia com uma frequência muito indesejável.
Foram 4 trocas de câmaras durante a viagem de 89,06 km até Floripa. Fiz uma boa média horária (23,6 km/h), com velocidade máxima de 50,4  km/h, tempo pedalado 3h46min.
Tenho já acumulados 354,7 km. Nem quero saber quanto falta para Porto Alegre. Isso não me preocupa em absoluto.
Amanhã o destino é Laguna a 134 km daqui. Punk? Talvez seja e faço questão de pagar para ver.
O cansaço acumulado esta aquem da expectativa, o que é um sinal de bom estado físico. Vamos ver mais adiante como ficará.
Um grande abraço a todos os que estão torcendo por mim e mandando  boas vibrações.
Boa tarde e até Laguna!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Segunda Etapa VENCIDA!!!!

Quilometragem percorrida - 103,km
Tempo de pedalada - 5h00m
Média horária - 20,6 km/h (uhuuuu)
Velocidade máxima - 46,1 km/h

Boa tarde!
Dia excepcional para pedalar de novo! Rendimento muito bom...
Saimos de Joinville as 7h30. Senti novamente aquela fome de estrada de ontem. Voei baixo sem forçar
Na verdade cada vez que começava a me empolgar e puxar um pouco mais forte, a voz do Paulo Pegorini era ouvida, vinda de um lugar que não conseguia identificar. Só ouvia ele dizendo "poupa, poupa...." (rs rs).
O vento contra judiou um pouco no trecho entre Piçarras e Camboriu, mas deu para levar na boa.
Na chegada a Camboriu, batizei o joelho e o braço ao atropelar um "tachão", mais conhecido como gelinho de baiano. Desgovernou a bike e... Chão! Nada sério...
A recepção em Camboriu, foi ótima! Fui direto para a Ciclo Sport, do amigo Luis, onde a bike ficou para revisão. Em seguida o Zoanir, nos hospedou no Marimar Hotel (ótimo por sinal), onde trabalha.
Hoje à noite, vou a uma reunião do pessoal de ciclismo aqui de Camboriu.
Amanhã o tiro é curto, são 80 km até Floripa, onde a Policia Militar vai me escoltar da rodovia ao hotel.
Pessoal, obrigado pela torcida!
Até amanhã!

domingo, 25 de julho de 2010

|Primeira etapa VENCIDA!!1

Quilometragem percorrida - 130,96 km
Tempo de pedalada - 5h10m
Média horária - 25,3 km/h (uhuuuu)
Velocidade máxima - 68,1 km/h
São 4 da manhã, a ansiedaded é tanta que já nãoposso dormir. Levanto faço meu café e começo a reconferir o que já foi conferido, pelo menos umas 4 vezes.
Muito bem, está tudo no lugar. Tudo pronto! Só falta o tempo pasar.
Amanheceu... Em pouco estarei na estrada.
O motorista chega com o carro, carregamos  e vamos para a associação de parkinsonismo. Tudo o que vou precisar está em 3 caixas plásticas, emprestadas do audax. Uma com roupas de ciclismo, uma com roupas de "não ciclismo" (hehe) e uma com suplementos alimentares. Além dessas existe uma de madeira que leva objetos de uso pessoal da bicicleta ( camaras  de ar, ferramentas etc ).
Saimos com õs votos de sucesso dos poucos amigos que decidiram acordar cedo no domingo.
Estrada, finalmente estrada!
Logo de cara o Pegorini, fura um pneu... e fura outro...  Depois disso nenhum outro pneu furado.
Eu estava no dia de pedalar, solto, leve, à vontade em cima da bike.
Descida da serra smpre emociona, principalmente com o belissimo dia que fez  hoje. Nos últimos quilometros antes de Joinville, recebi uma descarga de endorfina e outras "inas" e ane dei muito...
Hora de descanso agora!
Amanhã cedo ---> Camboriu!
Inté

Finalmente a hora esperada chegou!

Queridos amigos, a sorte está lançada! Sigo meu caminho para Porto Alegre tranqüilo, seguro e em paz...
Vou dar o meu melhor, me empenhar para vencer cada etapa da minha jornada. 
Quero agradecer aos companheiros, amigos e simpatizantes pelas 4.353 visitas ao blog até o momento.
Meu abraço sincero ao Paulo Pegorini, que nunca deixou de me apoiar e sabe, como poucos o quanto luto por minha vida.
Agradeço também à minha boa amiga Kristiane Rothsfxstein, proprietária da Expressa Comunicação, pelo trabalho impecável de assessoria de imprensa.
Aos empresários que se sensibilizaram e me auxiliaram financeiramente, possibilitando assim a concretização deste desafio que deverá causar um grande impacto aos parkinsonianos das cidades por onde passarei.
Ao amigo Erasto Fernandes Farias, pela sua autenticidade, pela sua amizade e pelo empenho particular em me ajudar, sempre que precisei.
Aos grandes companheiros do Linden Labs, Minny, Dartagnan, Celeste, Psychedela.
Agradeço também à Maria (miss Ragu), que não passou um dia sem comentar meus posts.
O próximo post será já da estrada, de Joinville. 
Bom dia a todos e boa jornada para mim!
Até...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Corre corre Robertão!

Buenas xiruzada! Me acordei hoje e o telefone não parou o dia todo. Gente querendo saber de mim, preocupada com a viagem...
Comecei a me sentir "despreocupado demais"... Mas também, me preocupar porque? Com que? Sei que posso vencer o desafio. É só uma questão de  tempo e paciência.
Vou manter o foco centrado em vencer etapa por etapa, sucessivamente... Poupar o que puder de energia, principalmente porque acho que o prestigio de São Pedro junto às "esferas superiores", tem que ser revisto. Afinal não foi bem isso o combinado com ele. Me refiro às previsões da meterologia para os próximos dias...
"Alea jacta est"


Boa noite!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

DEFINIDO O LOCAL DE INÍCIO DO DESAFIO


O início do desafio "Faça uma limonada" será na Associação Paranaense de Portadores de Parkinsonismo, que fica na Avenida Silva Jardim, 3180, na Água Verde. O horário previsto é 7h30 de domingo, dia 25 de julho.

Reta final!

Bom dia amigos! 
Devo ter hoje uma posição, favorável ou não da Associação Paranaense de Parkinsonismo, quanto à saída do desafio. Enviei um e-mail ao presidente da associação na semana passada e até agora não tive resposta.
Já tenho a melhor opção de chegada a Porto Alegre. Passarei por Santo Antonio da Patrulha e Glorinha para sair à frente, quase em Gravataí. Depois vem Alvorada, Cachoeirinha e estou em POA! Provavelmente exausto, mas satisfeito.
Hoje tenho consulta com o Dr Paulo Jacques Monteiro Leite, muito mais do que médico, muito mais que amigo ele é como um irmão que me conhece muito bem. Acompanha minha luta diária para me manter vivo e animado. Grande pessoa e grande médico!
Adesivagem do carro ficou para amanhã, bem como os uniformes somente deverão chegar amanhã (estou bem preocupado com isso).
No mais, ansiedade, expectativa e uma "fome de estrada" que quase não cabe dentro de mim!
Bom dia!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quatro dias!

Imagine como estou me sentindo... A coisa toda, o projeto, começou a tornar-se tangível agora. Tornou-se concreto, a partir da adesivagem do carro de apoio e recebimento dos uniformes o que deve acontecer hoje, no máximo amanhã!
Tudo isso a partir de um sonho, de uma idéia... A emoção toma conta de mim, após longo período de pouca atividade com a minha grande companheira, a bicicleta.
Tentei por várias vezes nos últimos tempos, escrever algo sobre as minhas bicicletas, mas apesar da facilidade em escrever e descrever as minhas viagens, passeios e situações vividas através delas, nunca achei que tivesse escrito algo que descrevesse com fidelidade a imensa gratidão que tenho.
Elas nunca foram top de linha, nunca achei necessidade de tê-las como top. Sempre busquei funcionalidade e boa relação de custo/benefício, mesmo tendo sido proprietário de oficina a tempos atrás.
Esse hiato, essa falta de tornar idéias a respeito das minhas bicicletas reais, através da materialização escrita dos meus sentimentos, me incomoda um pouco. Quem sabe consiga fazê-lo após a viagem.
Passei a tarde de ontem conversando com minha melhor amiga, a Patrícia... Veio da França onde está concluindo um doutorado. Grande amiga, com enorme capacidade de análise e percepção. Conversamos longamente. Foi muito bom sair um pouco do assunto viagem.
Às vezes o envolvimento com um projeto do porte desse que estou realizando, nos toma muito tempo e é preciso dar uma "limpada nas idéias", para conseguir clareza de iniciativas. É parte do processo.

Hoje tenho que ir na associação buscar remédios. 
Não me sinto 100% hoje. A musculatura está travada. Isso acontece com quem tem essa doença, de uma forma inesperada, a partir do emocional. Se o  nível de ansiedade está normal, a resposta dos medicamentos é uma, mas se ansiedade aumenta, tudo muda.
Essa é somente uma das coisas que incomodam quem sofre da doença. Nessas ocasiões, quem tem parkinson, costuma ficar irritado e fica difícil para os cuidadores lidar com determinadas situações. Portando um alerta aos cuidadores!
Nossas mudanças de humor, são absolutamente de origem química, não ligadas ao nosso desejo voluntário de mudança de humor.
Sejam pacientes e perseverantes... Pacientes e perseverantes...
Como disse o grande poeta Chico Buarque de Hollanda "A dor da gente não sai no jornal"...

Bom dia!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Buenas!

Finalmente temos o apoiador master! 
A Roche Brasil, indústria farmacêutica mundialmente conhecida, é o nosso maior apoiador.
Particularmente faço uso a muitos anos de um dos medicamentos produzidos pela Roche para controle da minha doença.
Essa semana é decisiva, ou o desafio sai, ou sai! Vou começar a desmontagem da magra, lavar tudo, trocar e lubrificar cabos de aço e deixá-la afinadíssima.
Ontem à noite tive pouco antes de dormir, uma conversa muito séria com São Pedro. Expliquei a ele sobre as dificuldades de pedalar na chuva e ele, muito solícito, explicou que apenas cumpre ordens, mas bem relacionado como é certamente deverá ter "alguém conhecido nas instâncias superiores" e provavelmente teremos, se não sol, ao menos tempo nublado. Me garantiu ainda que o tempo será, tanto quanto possível, um grande aliado meu. Portanto boas novas!
A Iramaia, que está confeccionando os uniformes, foi muito legal hoje! Ira beijocas! Conseguimos inserir o logo da Roche nas camisas que estarei usando.
Boa Iraaaaaaaaaaaa!
Fui na Associação Viking buscar os recursos cedidos, obrigado ao Eduardo Giglio, pela confiança depositada no projeto!
Agora o sonho finalmente começa a tomar formas mais tocáveis. Os uniformes na quarta feira estarão aqui. Possivelmente o carro de apoio estará adesivado amanhã. Os suplementos já estão comigo...
Minha casa vai tomar de novo aquele jeitão de casamata, como fica na época de provas de Audax e como muitas vezes ficou, quando morei na Água Verde, em véspera de passeios de cicloturismo. Ainda sinto saudades!
Bom pessoal, por hoje está de bom tamanho!
Intés


Ps
Mas bah, já vô por aqui me acostumando com o palavreado dos pampas! Bah!

domingo, 18 de julho de 2010

Domingo de preguiça

Domingo preguiçoso. Arrumei a casa (morar sózinho tem disso), lavei a louça de ontem à noite. Mercado... casa...
Sinto falta de pedalar. Três dias já assim, a toa. Bem, ao menos parou de chover, o que de certa forma é um alento.
Lembrei-me do comentário do Zoanir. 
ZO SEGUNDA DE TARDE TÔ AI!!!! QUERO CAFÉ!!!!
Voltando ao comentário. Acho bastante pertinente seu comentário, com o qual concordo. A cabeça faz tudo acontecer, ou não!
Observem, esse "rapaz" atrás do computador escrevendo agora para  vocês, não é, sem nenhuma falsa modéstia, uma grande vitória chegar a 30 anos de Doença de Parkinson? Não é uma grande dádiva chegar aos 55  anos de idade, quando alguns dos meus amigos já se foram? E o que dizer dessa imensa disposição em começar e recomeçar na vida?
Sou pedra dura de quebrar... Sou apaixonado pela vida... Sou o que sou...

sábado, 17 de julho de 2010

Só oito dias!

Uma semana! Ontem trabalhei em um check-list minucioso.
Aprendi com os eventos de ciclismo que organizei, que os detalhes e as pequenas minúcias formam o todo.Vou começar pela bike, devo revisá-la inteira na próxima semana, possivelmente na sexta feira. Na verdade é preciosismo, pois ela é nova, mas nunca se sabe e não quero correr riscos desnecessários.  
Lembro-me de uma vez em uma viagem de 200 km, ter visto um cambio traseiro se desmontar com uma fila de dominós que caem e não se pode fazer nada. Felizmente, com a ajuda certa de São Longuinho, encontramos todas as peças e conseguimos remontá-lo, mas foi golpe de sorte. Não conto com a sorte, embora a tenha como companheira.
Esses dois últimos dias de chuva, não me deixaram nem ao menos sair de casa para um giro leve. O treino combinado com o Paulo amanhã, também parece ter ido literalmente por água abaixo.
Tenho pensado muito na minha vida, tenho tido muito tempo para isso.. Nas pessoas que conheci, nos lugares onde fui com minha bicicleta. Foram muitas viagens, muitas aventuras inesquecíveis, cada uma com suas particularidades... Todas, ou pelo menos boa parte delas em minhas memórias.
São memórias boas, de belos lugares e de bons momentos que a bicicleta me proporcionou...
Boa tarde

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os Inimigos maiores

De todas as dificuldades que vou ter na minha jornada, talvez a pior delas será o frio. Esse vilão combinado com garôa, produz uma mistura extremamente desconfortavel. Esse desconforto, velho conhecido meu, começa com a sensação de "ir perdendo os pés", como se pouco a pouco, os pés começassem a formigar e você a perder o cntato com eles. 
A seguir vem a sensação de dedos murchos dentro da luva molhada. E não tem conversa, não adianta torcer as luvas, pois elas já estão molhadas.
Pensa que é só isso? Não! Tem mais! A terceira sensação, que eu qualifico como a pior de todas, é justamente a perda do tato, esse sentido humano, para o qual não se dá tanta atenção. Só tem a real noção da importância do tato, quem já passou a madrugada pedalando na chuva e com frio de 9 graus, que é multiplicado pelo vento ao pedalarmos.
Aconteceu comigo. Nessas condições descritas acima, em um Audax 300 km em Porto Alegre. Chegou uma altura durante a prova, que eu já não sentia o trocador de marchas da speed que usava. Aí ficou ainda pior com a irritação que me causava a troca de marchas errada.
Vou testar uma nova tentativa de solução para o frio e garoa. Tenho para mim que luva molhada não dá mesmo! Então o que fazer? Luva cirúrgica por cima da luva de ciclismo! Ao menos posso garantir mãos secas, embora geladas.
O cansaço é outro inimigo terrivel. Para este, tenho uma estratégia -> "POUPAR", ser mesquinho mesmo! Poupar tudo o que puder de energia. Vou usar o reverso da técnica de pedalar um dia sem se preocupar com o de amanhã, ou seja, ter em mente que após concluir o primeiro trecho tenho ainda 6 outros para fazer. Deve funcionar!
O terceiro inimigo poderá ser quebras na bicicleta, pneus cortados e/ou muitos pneus furados. Quanto a este, não há muito a fazer, a não ser procurar manter os pneus sempre calibrados e ficar de olho no acostamento.
O resto é comigo!
Boa noite

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mudanças no Roteiro!

Considerando o interesse das associações de Parkinson de Florianópolis e de Araranguá no desafio "Faça Uma Limonada",  estou revendo e alterando o roteiro da minha viagem. São alterações que podem modificar o meu desempenho, porque estive esse tempo todo com o roteiro original na cabeça.
No entanto, muito mais importante do que meu esforço físico, é cumprir o objetivo desse desafio - levar uma atitude positiva, um alento e um bom exemplo que pode ser seguido por quem quer que se atreva a continuar lutando por qualidade de vida, apesar da doença.
O roteiro modificado ficará assim:



Dia  27/07
Camboriu (SC) / Florianópolis (SC)
Distância aproximada de 80 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Paulo Lopes, por volta das 15 horas.
28/07
Florianópolis (SC) / Laguna (SC)
Distância aproximada de 134 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Criciuma, por volta das 16 horas.
29/07
Laguna (SC) / Araranguá (SC)
Distância aproximada de 107 km. A saída está prevista para as 7 horas da anhã e a previsão de chegada a Torres, por volta das 14 horas.
30/07
Araranguá (SC) / Osório (RS)
Distância aproximada de 156 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Santo Antonio da Patrulha, por volta das 15 horas.
31/07
Osório (RS) / Porto Alegre (RS)
Distância aproximada de 100 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Porto Alegre, por volta das 13 horas.

Agradecimentos ao Marcílio e à Angela da Associação de Parkinson de Santa Catarina e à Maria Célia da Associação de Parkinson de Araranguá pelo interesse.

Um abraço a todos!

O Samurai

Brilhante texto recebido por e-mail do Paulo Pegorini. Exatamente a postura correta, não só para o meu desafio, mas para a vida!

Das infinitas lendas que discorrem sobre o arquétipo do guerreiro, passagens sobre samurais são aquelas sobre as quais a humanidade conseguiu reunir mais registros. De alguma forma, quem treina deve ter um guerreiro muito desperto dentro de si. É o nosso lutador interno quem acorda na antemanhã para treinar ou resiste à dor de uma interminável série intervalada.

Mas o marcial não atua somente no campo de batalha, ou seja, nas valências físicas e práticas do cotidiano de um atleta. Ser um samurai é uma filosofia de vida complexa, impecável e rica. Invariavelmente essa postura está a serviço de algo: uma meta, um sonho, uma competição futura. Ninguém sofreu ou tem disciplina sem saber onde quer chegar.

Pois conta a lenda que um famoso samurai japonês teve seu senhor assassinado. Todos os samurais estão a serviço de um senhorio. Este honrável guerreiro oriental não luta ou treina sem razão, ele entrega sua vida pela proteção de seu feudo. É para defendê-lo e honrá-lo que o soldado japonês se abstém de prazeres mundanos e passa horas do dia na busca do equilíbrio, treinando com afinco. Desta vez, ele havia falhado e sabia qual era seu dever.

O samurai então sai pelo Japão em busca do assassino de seu senhor. Deveria caçá-lo e matá-lo em nome da honra de sua terra. Depois de dois anos de procura incansável, o temido lutador encontra o assassino de seu senhor e, com facilidade, encurrala-o na parede. Certo da morte iminente, o vagabundo surpreende o guerreiro e lhe desfere um cuspe na face. Que ódio! Que desrespeito! Mas o que faz o samurai? Imediatamente, olha nos olhos do assassino e guarda sua espada, poupando a vida de quem lhe sujou a fuça.

Mas como assim? Que se passou? Temos uma explicação. Quando o homicida escarrou  no rosto do samurai, despertou a raiva de seu algoz. O samurai sentiu que mataria sua presa não para honrar aquele a quem servia, mas sim porque sentiu um ódio pessoal a ele direcionado. Não é da prática de um samurai matar por raiva. Em sua filosofia, ele serve a algo bem maior.

Um atleta tem sempre um objetivo, um sonho pelo qual coloca seu esforço e dedicação a serviço. É preciso ter isso claro e limpo  dentro de si. Quando estamos treinando com  foco em alguma prova e um colega de equipe ou até mesmo um desconhecido que passa rente aperta o ritmo, colocando uma intensidade acima daquela que devemos manter para cumprir o programa, deveríamos sempre lembrar a que servimos. Seria natural que, em reação ao cuspe, o samurai cortasse a cabeça do sujeito, assim como é natural para atletas querer competir em treinos. Mas aonde isso nos leva?

Um samurai não reage, ele se reposiciona, pois sabe que todo revide é irracional. Um treino que termina muito mais forte do que o planejado, com o simples intuito de acompanhar ou vencer alguém ou algum grupo, pode ter  consequências drásticas para quem almejar estar em forma no dia de uma maratona ou um Ironman. Podemos sempre nos reposicionar em relação a algo, mas é aconselhável evitar a reação emocional a um estímulo externo.

Portanto caro guerreiro, da próxima vez em que algum pelotão passar em ritmo alucinante pela estrada ou aquela moça atrevida lhe deixar para trás no seu regenerativo de corrida, desperte seu samurai e guarde a espada para quando for realmente necessário.

Por Lucas Pretto
 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ceeeeeelllsssssoooooooooooooooooo!

Adivinhem o que fui fazer hoje? Fui fazer geometria e balanceamento! Onde? No Celso é claro!
Entre um monte de "ais" e "uis", estou melhor um pouco. Falta finalizar o tratamento com sal grosso quente nas costas.
Tomei algumas decisões de ontem para hoje, a saber:
1 - O que tinha que treinar já treinei, estou pronto!
2 - A partir de hoje, apenas giro leve, sem forçar e sem nenhuma característica de treino.
3 - A partir de quarta feira da próxima semana, só descanso.
5 - Faço mais uma sessão "estica e puxa" com o Celso e dai, o resto da conversa é comigo.
Realmente o Paulo em seu comentário de hoje, tem toda razão. Fizemos uma quilometragem relativamente boa (quase 100 km, no meu caso) no treino de ontem e acertamos em parar. O Celso me confirmou a fadiga da musculatura das pernas, principalmente nas coxas. Provavelmente, estive próximo de uma contusão, ontem.
Falo e falo do Celso  e não deixo nunca o telefone dele. Anotem ai:
9603-3592
Massoterapeuta, amigo e profundo conhecedor da minha natureza e da natureza humana, eu recomendo!
Um grande abraço a todos!

domingo, 11 de julho de 2010

Um treino para ser esquecido

Que dia!
Sai cedo de casa em direção ao posto de gasolina próximo da rodoviária, local de encontro para pedal meu e do Pegorini. Sai bem agasalhado pois estamos em Curitiba, tudo é possível em termos de clima!
Cheguei no local já transpirando, fazia um calor abafado, típico de chuva... Chegou o parceiro e partimos, eu pedalando solto, tranquilo, com a musculatura já aquecida. Estava no dia!
Iríamos subir até o Purunã e depois descer de volta a Curitiba. Até aí normal,a subida exige um pouco, só um pouco... Mas o "pouco" foi muito para mim hoje. Não consegui subir a serra de São Luis do Purunã! Dores nas costas (a velha lombar de novo), na coxa esquerda. Estava terrível.
Passamos uns 200 metros da entrada para o Itambé e o Paulo sábiamente, aconselhou - "vamos voltar, a última coisa que nós queremos agora é uma contusão". Concordei e voltamos vagarosamente.
Eu simplesmente não tinha força para empurrar os pedais! Triste! De parada em parada, conseguimos chegar em Campo Largo.
Um pouco antes, em uma das paradas, me emocionei e chorei muito, alí na beira da estrada, pensando no desafio e em como me sentia impotente diante de músculos que não reagiam ao duro treinamento que tenho feito.
Honestamente, todo o peso desses pensamentos caiu sobre mim e me senti pequeno diante de tamanha distância. 

Tentei achar um significado para a situação e, imediatamente veio à minha cabeça a resposta.
"Vença uma etapa por dia...  Sem pensar no todo... Sem pensar que são 800 km.
Pense nos 120 quilômetros que o separam de Joinville, como se Joinville fosse a meta final..
Senti um alívio! Claro! É isso mesmo... exatamente a mesma lição de vida que recebi de um estranho, fazem quase 30 anos, quando estava muito depressivo e no começo do tratamento. A maior lição da minha vida!
"Viva um dia de cada vez, sem pensar no que poderá acontecer amanhã. Amanhã é outro dia, outra etapa...
Boa noite

sábado, 10 de julho de 2010

Quinze dias!

Cada dia mais próximo, só quinze dias!
Mal posso esperar para pôr a bicicleta na estrada! Fico aqui imaginando a emoção que vou sentir, realizando esse projeto. 
Ontem comecei a escrever sobre a minha vida com a doença. Quero transformar esses escritos em um livro. Quem sabe assim consiga fazer mais gente despertar para essa fascinante e imprevisível tarefa mínima de estar vivo, que é viver a vida em sua plenitude!
Vivendo alegrias e tristezas, tendo dificuldades e enfrentando toda sorte de adaptações que a vida exige, buscando sempre aprender e ser uma pessoa melhor para sí mesmo...
Viver e aprender com a vida, é a maior benção que podemos oferecer a nós mesmos! A gratidão pelo que somos e temos, é um princípio básico para essa plenitude.
Honestamente, a despeito de todas as dificuldades e adaptações que a vida me impôs, posso dizer que busquei sempre ser melhor a cada dia. Esse "ser melhor" não está relacionado a ser melhor que os outros, não se trata de vaidade, mas de ser melhor como alma e espírito, ser mais inteiro, mais completo, para cumprir o meu papel, como ser humano, diante dessa inestimável dádiva que recebemos gratuitamente - A VIDA! 
Sou grato à vida, por tudo que ganhei e por tudo que perdi!
Esses acontecimentos individuais na minha vida, foram e ainda são verdadeiramente os meus melhores professores!
Bom dia a todos e um excelente fim de semana!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Uuuuhuuuuuu!!!

Buenas happy people!
Deixa eu dar uma de metido - Fui tomar café em Garuva hoje! Hahahahaha...
Gostaram, né? Fui com o Shrek. Não sabem quem é o Shrek? Eu explico. Ganhei um novo velho amigo e o novo velho amigo, pelo seu jeito "animal" de pedalar ganhou o apelido de Shrek, sabem porque? Pô o cara parece um ogro  pedalando... kkkk... Sobe na bicicleta e gira mais que pomba gira em terreiro. O cara é muito forte.
Um grande coração, o Celerino achou o blog e comprou a briga junto comigo.
Saimos às 13 horas daqui e eu duvidando que chegássemos a Garuva ainda de dia. Fizemos 67 quilômetros, média de 28. Mas o frio impediu o Shrek de continuar além de Garuva. Mas não se preocupem, domingão tem Purunã, estrelando Paulo Pegorini, Shrek e este pequeno ser que vos escreve.
Agora, banho e cama! Té amanhã

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Fim da história!

Saimos cedinho quebrando o frio da manhã com capuccino solúvel quentinho... Arrumamos a bagagem nos alforges e adeus Otávio, boa sorte!
Pé na estradinha,  sinto que estou no dia de pedalar!
Descidas, cotovelos, rápidos em sucessão, desciiiiiida, valeu o esforço da subida! Sensação maravilhosa de liberdade, até que um filtro solar rebelde, decide se suicidar, saltando da pochete de guidão da minha bike. 
Freio, e como sempre aperto mais o da frente, que é o que realmente diminui a velocidade, só que aperto muito forte, o que faz a bicicleta se desgovernar pelo peso dos alforges, e chão!
Nada preocupante, de tanto cair, virei assim uma espécie de Mac Gyver, sempre procurando um lugar, no mínimo fofinho para cair. Isso me valeria uma descoberta em Santa Cecília, o próximo povoado.
Paramos, para lanchar em um armazém e notei que tinha um ralado no pulso, consequencia da queda, e a bike estava com a roda dianteira torta. Fiz o que pude com a chave de raios para  minimizar o problema e voltamos a pedalar em boa velocidade. Logo estávamos em Jaraguá do Sul. Nos informamos como chegar em Pomerode e fomos pela estrada quase sem acostamento, por sorte com poucos caminhões. 
Paramos na saída para Pomerode, lanchinho, etc e tals. Estrada de novo... Olho para todos os lados e começo a me preocupar. Só vejo morros para todos os lados... E olha lá, pra onde o asfalto está nos levando... Morrão! Não! Morraço! Parecia a estrada pintada e um paredão! Hahahaaahahaa!!!! Que mêda!! 
Paro a bicicleta, olho para a subida com cara de mau, dou uma cuspida no chão, limpo a boca com a manga da camisa e ataco a bichona!!! Marcha levíssima, paciência, gira-gira, paciência... Se eu disser uns 35 graus de inclinação, não estarei mentindo. Uns 5 quilômetros, também não! Foram 3 paradas, 2 curtas para relaxar e uma um pouco mais longa. Mas chegamos lá em cima!
Mal consigo me conter, tamanha a euforia pela vitória. Entramos finalmente na européia Pomerode, um pedaço alemão no Brasil. Procuramos uma boa confeitaria para um café e achamos. Entramos e para nossa surpresa, não parecemos seres de outro planeta, como é comum acontecer em pequenas cidades, devido ao colorido das roupas de ciclismo. Combino com a Chica andar mais forte um pouco e tentar chegar a Blumenau e como premio pelo esforço, nos hospedarmos em um hotel, em vez de posarmos na barraca.
Óbviamente conseguimos...
Três dias de dureza em cima das bikes, um excelente treino, maravilhosas paisagens, grande companhia... Valeu, mas a próxima, que começa dia 25 é que vai valer de verdade! Mal posso esperar...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Terceiro dia da viagem

Estamos em Campo Alegre, lanchados, escrevi o post no blog e estamos prontos pra enfrentar os 6 km de subida da Estrada do Rio Manso. A Chica está ansiosa para pegar a estrada. Lá vamos nós... Mas algo está fazendo a bike da Chica pular de traseira. Um calombo no pneu cortado pela combinação de pedras + excesso de calibragem, foi a responsável. Subimos uma longa ladeira até a oficina de motos que também atende bicicletas, que felizmente está aberta.
Campo Alegre é uma cidade festiva graças à enfiada de 4 gols pela Alemanha na Argentina... Adios hermanos!!!
Finalmente estamos prontos de verdade!
Vamos vencendo pouco a pouco a dura subida de acesso aà estrada do Rio Manso, com a certeza que uma vez terminada, despencaremos deliciosamente por quase 900 metros de altitude até quase o nível do mar em Jaraguá do Sul.
Essa estrada é uma velha conhecida de várias outras jornadas com grupos de   cicloturismo. Perigosa para quem cruza pela primeira vez e maravilhosa para quem já a conhece, como eu.
No início da descida, um alegre grupo de bugios, nos saúda. Chica pára a bicicleta e observa maravilhada o grupo.
Em frente temos rápidas descidas e curvas fechadas, curvas abertas, pequenos topes e pontes estreitas por onde passamos com habilidade, já completamente familiarizados com o comportamento diferente da bicicleta, pelo peso dos alforges. Chegamos ao ponto que sugeri para pernoite, visto que não atingiremos Jaraguá enquanto é dia. O local é velho conhecido meu. Muitas vezes parei com grupos de cicloturismo ali para lancharmos. 
Agora transformada em pousada, a propriedade é realmente um sonho no meio da serra. Falamos no portão com a simpática esposa do proprietário, Otávio. Entramos com as bikes e achamos o Otávio, que nos atende com muita cortesia. Negociamos o preço para pernoitarmos na barraca e adivinhe o melhor? Banho quente!!!! Uhuuuuuuuuuuu! Lindo lugar! Banhados, vamos ver o por do sol, por sugestão do Otávio, em um mirante... De tirar o fôlego... Lindo lugar... Um dos mais bonitos crepúsculos que meus olhos já viram.
Vamos dormir cedo, com o sono atrasado pela noite anterior mal dormida...
Não perca amanhã, o próximo capitulo!
Bom dia amigos! 

terça-feira, 6 de julho de 2010

TREINAÇO!!! Baixei o tempo do pedágioooooooo!

Buenas! Baixei mesmo! 1h55! Uhuuuuuuuuuuuu!!


Bom, mas... Parei ontem no pernoite em Bateias. Paramos para pedir um canto de quintal para pernoitar na barraca, mas a senhorinha, com uma cara meio de riso, disse que não. Adiante paramos em uma casa onde um simpático moreno trabalhava com uma colher de pedreiro na mão. Veio até nós meio ressabiado e a Chica soltou o verbo. Entre outras qualidades a Chica tem uma conversa que convence qualquer um. O simpático José chamou a esposa, Rosa (ela  descendente de poloneses e ele de origem africana). Explicamos que só queriamos dormir e sairíamos cedinho. Concordaram todos que o paiol seria o local adequado ao descanso da dupla "Cansei & Tomoído". 
Tinha minhas dúvidas sobre um monte de milho no meio do paiol. Por um momento passou pela minha cabeça, que aquele monte de milho se transformava, assim numa espécie de Mac Donald's de ratos, na madrugada Bateiense ... Pasmem! Eu tinha razão!
Mas antes disso, antevendo o que seria a "noite dos horrores", um singelo convite para jantar, gentilmente comunicado pelo simpático José. O cardápio típico polonês, sopa. Mas sopa de quê? Sopa oras... 
Servidos todos, começa a degustação. Espicho o olho para o prato da polonesa Rosa, e o que vejo? A cabeça da galinha, oferecida em sacrifício, a São Mieceslaw, para o nosso bem estomacal. Putz! Na hora me veio a vontade de sair correndo e gritando, NÃO COMO!!! 
Mantive a minha fleuma britânica, nem sequer dei na vista. Arrematei - que sopa deliciosa!
O cão, ou melhor, a cadela do casal, não podia nem pensar na nossa sombra, que urrava de ódio... Aliás, odiou-nos a noite inteira, deixou bem claro em cachorrês, que não éramos bem vindos! Mas afinal éramos... E provavelmente fomos o assunto do dia seguinte na pequena Bateias de Baixo.
Noite mal dormida... dia mal pedalado... Não rende, não vai, desço e empurro a pesada GT. Meu Deus, não me lembrava que a estrada era tão dura. Chegamos a Campo Alegre, após passarmos pelo bucólico Salto do Engenho, onde aconteceu nosso "brunch" finalmente!


To be continued.... rsrs

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O resumo da ópera!!!

Foram 4 dias de pauleira, com a mountain bike pesando mais de 30 kg, enfrentando estradas de chão, asfalto, duras subidas e o calor da região de Pomerode SC, mas valeu cada gota de suor, cada gemido de dor, cada troca de marcha...
Sexta feira 2 de julho
Minha bike está pronta desde a noite anterior. A Chica, uma grande companheira de pedal, chega, monta seus alforges na velha GT de cromo molibdênio e partimos. Optamos por sair pela BR 277, até o viaduto de São José dos Pinhais, para então sair pela "BRIOI" (BR 101). No viaduto, uma parada para atender o celular. Giselle, minha querida amiga, campeonissima do Audax, me desejando bom treino.
Partimos pela 101, rumo a Tijucas do Sul e já na subida da Providência, após o Contorno Sul, sinto que a Chica pedala muito mais do que eu. Tenho uma breve visão do que serão os 4 dias, olhando-a pedalar com vigor morro acima e ir pouco a pouco se distanciando de mim. Faço o que posso para andar próximo dela, mas a baixinha é "encardida". Desço muito rápido pelo acostamento a longa descida antes da subida da Artex e ao chegar na ponte, que não tem acostamento, quase levo um "totó" no braço de uma carreta que passa rente ao meu braço. Sustão de dar tremedeira nas pernas.
Na subida da Artex, lá vai a Chica de novo, subindo e subindo, rápida e constante, e eu ficando, ficando... Respeito meus limites, porque a dor na lombar me lembra, que está ali junto nos acompanhando.
Após uma parada no supermercado local, para comprar comida para a viagem, passar filtro solar e tirar os agasalhos, seguimos para o trevo de Tijucas do Sul.
Os primeiros 50 km, já se foram...
Achamos uma sombra e paramos para comer. Saímos e minha bike que está pesando mais de 30 kg, parece pesar 90 kg. Sobe, desce, sobe, desce, morros sem fim...
Já em Lagoinha, adiante de Tijucas, paramos num posto de gasolina. Quero conferir a calibragem dos pneus. Os 90 kg estão explicados! Tenho 22 libras no pneu dianteiro e 25 no pneu traseiro. Calibro 50 em cada pneu.
Finalmente, o terreno de mountain bike se apresenta em descidas maravilhosas, mas perigosas com cascalho solto. E após descidas maravilhosas, o que vem? Exatamente! Subidas maravilhosas! Assim passamos a tarde, subindo e descendo...
Pedalo ao lado da Chica e ouço um "ssssssssssssssss" característico, hehe...
Paramos no alto de uma serra deslumbrante, de verdes inacreditáveis em pleno inverno. Pneu consertado e vamos em frente...
Eu sabia que deveriamos passar por Bateias de Cima e depois Bateias de Baixo para depois pegar o acesso para Campo Alegre, onde pernoitaríamos. O sobe e desce não dá trégua, nem minhas costas... Não estou rendendo nada!
Começo a me preocupar com o tempo que estamos levando para fazer o trecho! Finalmente chegamos a Bateias de Baixo e decidimos procurar um lugar  para pernoite. A proposta era gastar o mínimo possivel, por isso "engordamos" as bikes com barraca, toldo, etc...
Pessoal, amanhã continuo tá?
Boa noite

sábado, 3 de julho de 2010

Campo Alegre (ufa!)

O que é a falta de hábito, não é mesmo? Estamos em Campo Alegre, sábado, 12h38 agora. Acabamos de fazer um lanche em uma panificadora.
Acho que me acostumei muito rápido com a speed, pois o desempenho com a mountain bike, foi digamos assim NOJENTO. Rsrsrsrsrs.
Tinha me esquecido da quantidade de subidas e descidas que estão entre Tijucas do Sul e Campo Alegre.
Estou com 119,5 km rodados, destes 50 por asfalto. Os planos de ontem eram arranjar um lugar para dormir em Campo Alegre, entretanto o meu baixo rendimento, aliado às dores fortes na lombar, não permitiram média superiores a 17,4 km/h. Ontem à noite, ficamos em uma casa um pouco antes de Bateias de Baixo.
Tenho sentido muito as costas. O esforço para levar a bicicleta que com alforges e toda a carga, deve estar pesando cerca de 30 kg, é muito grande para mim que estou relativamente desacostumado com mountain bike.
Ok pessoal, parto em alguns minutos para Jaraguá do Sul, pela estrada do ribeirão manso. De lá mando novidades.

Intés!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A promoção continua 2 posts pelo preço de um!!!

Ontem não treinei mas a justificativa é válida! Fiquei revisando a mountain bike e preparando-a para o treino desse fimdi. Vou com a amiga Chica para Blumenau, pedalando a mtb, praticamente por estradas de chão, aproximadamente 300 km em 3 dias. Conheço o trajeto, pois operava cicloturismo em  4 dos trechos que iremos pedalar. São 50 km de asfalto  até Tijucas do Sul, de lá para a frente começa a dureza.  São mais 48 km até Campo Alegre, por estradas de saibro com boas subidas, dificultadas um pouco mais pelo peso dos alforges.  Dormimos em Campo Alegre e no dia seguinte, chão de novo até Jaraguá do Sul, depois Massaranduba por asfalto, Luiz Alves e no ultimo dia (segunda-feira) "Plúmenau". Busungão da Catarinense de volta a Curitiba. Não se preocupem com a saudade! Estarei enviando posts ao final de cada etapa contando como foi.
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Hoje 01.07, faltam 24 dias!   Ultimando preparativos para a viagem. Chica chegou por volta das 9h30, tomamos um café gostoso e conversamos sobre a viagem. Ansiedade a 1000!
Amanhã sairemos cedinho. Lá pelas 7 da manhã rumo a Campo Alegre. Quando chegar lá, procuro uma lan-house e atualizo o blog.
Boa viagem para nós e bom final de semana para vocês!