terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Campinas e região, tô indo!

Dia 17 de fevereiro, estarei seguindo para São Paulo a convite da Associação de Parkinson de Campinas, através da sua presidente Dalva Molnar.
O convite muito me envaidece, pois representa, de certa forma, a continuação de um projeto que visa em primeiro lugar, o bem estar dos que sofrem da Doença de Parkinson.
Já mencionei várias vezes, mas é sempre oportuno lembrar que a minha convivência com a doença já está caminhando para 31 anos, o que na minha opinião, por si só, é um fato raro. Essa formula de vivenciar essa dura doença com leveza, foi alcançada por mim graças a um esforço enorme e muito, muito amor pela vida.
Essa maneira irreverente de brincar a vida, já me serviu e muito. Muito me alegro de ter conseguido atingir essa marca tão expressiva e além do mais poder ainda pedalar longas distâncias com minha bicicleta. Treino todos os finais de semana, distâncias sempre superiores a 50 km e estou intensificando os treinamentos que a partir dessa semana passaram a ser diários, para o grande desafio de abril, certamente a mais dura pedalada da minha vida até hoje, com meu amigo e irmão Paulo Pegorini. Uma viagem ao Rio Grande do Sul, por estradas vicinais, de saibro em sua maioria, terreno para mountain bikes, o que não é coisa para amadores e nem curiosos.
Essa alegria que sinto em viver, apesar dos percalços dos últimos anos, essa gana de não me deixar ser vencido, precisa ser passada a outros que sofrem dessa terrível doença degenerativa. Esse é o grande propósito desse projeto que embora não vise lucros financeiros, oferece lucratividade sob forma de melhoria de qualidade de vida, aos que assistem às conferências como as que irei apresentar em Campinas e região.
As conferências nada mais são do que o desenrolar da minha vida, contada sob uma ótica bem humorada, com alguns exemplos práticos do que fiz e que qualquer pessoa que tiver olhos e ouvidos para ver e ouvir a minha exposição, pode alcançar também.
Espero que esse exemplo de visualização do bem estar dos associados de Campinas, promovido pela Dalva Molnar, seja uma pequena semente no coração de cada um dos doentes que assistirem à conferência e se multipliquem pelas outras associações do Brasil.
Não sou dono da verdade, mas posso afirmar que para mim, essa maneira de ver a doença funciona perfeitamente bem. A prova disso é a minha história que pode ser encontrada facilmente na internet, se for digitado no Google "Roberto Coelho ciclista". Simples como isso mesmo!
Espero que seja uma visita bastante proveitosa para os que assistirem as conferências de Campinas, Piracicaba, Jundiai e Águas de São Pedro (a confirmar).
Um grande abraço a todos os meus irmãos de doença.
Lembro ainda para encerrar esse post, a frase que fecha o clip recente que montei para as conferências em São Paulo, "Podemos viver bem, enquanto a cura não vem!" 

2 comentários:

  1. Roberto, quando dizes que a pedalada não é para amadores, nem para curiosos, ouso dizer que a vida também não é para amadores e curiosos, ela é para os furiosos. Furiosos por não serem conformistas, furiosos por não aceitarem a mesmice que se apresenta todos os dias, furiosos por nâo desistirem diante das dificuldades. Parabéns Roberto, e terçamos para que existam outros furiosos, pois estamos cansados de tanta pasmaceira.

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  2. Esse é o meu irmão Paulo Pegorini! Obrigado Paulo!

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