domingo, 16 de janeiro de 2011

... e o bicho pegou mesmo...

Ontem foi o dia do bicho pegar. Tudo ia perfeitamente bem, com a dureza já prevista na Estrada da Limeira. 
O calor de sauna do litoral em dia de sol, as subidas duras como sempre, as milhares de pedras de rio, redondas, jogadas no leito para tirar os atoleiros e dar a ela uma cara de estrada, fizeram parte das dificuldades já esperadas.
O que estava fora do roteiro foi a sapatilha presa ao pedal, pela perda de um dos parafusos de fixação do taco, o que me fez ter que "calçar" a bicicleta, cada vez que parava.
Após a pausa para o almoço no Rio da Limeira, senti que minha energia baixou consideravelmente. Atribui à dosagem de remédios para o Parkinson, dos quais nunca mais consegui acertar a dosagem efetiva, depois que o medicamento Cronomet deixou de ser entregue aos pacientes da doença pela associação. Não consigo acertar a dose com o Prolopa, por mais que tenha tentado.
Enfim, após um longo período de descanso, saímos pela estrada. Sol muito forte e a sensação de sauna constante, com um calor sufocante.
Após alguns quilômetros, comecei a sentir-me realmente mal. O peito parecia não conter o coração. Me preocupei... Uma desagradável sensação de angústia misturada ao cansaço e ao calor me fizeram parar e sentar à beira da estrada numa sombra.
O Mário, que estava um pouco para trás de mim, me alcançou e percebeu que eu não estava bem e o Paulo que estava mais adiante, voltou. Eu estava me sentindo péssimo e por um instante pensei estar sendo vítima de um infarto.
Paramos um motociclista que passava e pedimos auxílio e este prontamente foi em busca de um carro para me remover. Minutos depois, apareceu o carro com o motorista bastante disposto a ajudar.
Decidimos, eu e o motorista voltar a Morretes, que estava mais perto, embora não parecesse. Meus dois companheiros seguiram o plano original até Garuva.
Duas horas sacolejando no Gol, que parecia que ia desmontar inteiro a cada  buraco e pedra solta que passava, me conduziram ao Hospital Municipal de Morretes.
Chegando lá, fui atendido já em seguida por uma simpática médica que ficou surpresa ao saber que "ainda" sou um atleta após meus quase 31 anos de doença.
Antes de qualquer outra providência, fui encaminhado para um eletrocardiograma, que não apresentou nenhuma alteração, a não ser uma pequena deficiência de impulso elétrico no lado direito, nada preocupante.
Quero agradecer publicamente ao Hospital Municipal de Morretes, pelo pronto atendimento e pela simpatia e presteza de seus funcionários.
Passado o susto, a Lenice veio me buscar de carro e voltamos para Curitiba.
Vou comprar um frequencimetro cardíaco tão logo possa e este foi um bom sinal para começar a treinar mais sériamente.


Bom domingo!

2 comentários:

  1. OPAZ, todo cuidado é pouco... essa LIMEIRA parece meio "amaldiçoada"... o Leandro foi, caiu e quase KAPUTT... depois de muito adiar eu fui e o pedal acabou sendo abortado por motivos de DILUVIO ali mesmo na BR das praias antes de entrar na bandida... e agora o Robertão sofre um mal subito... acho que na proxima vamos todos pra la carregando uma imagem do SÃO PEDALINO. QUE TALZ?

    JOPZ

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