Aquela incomoda sensação de "fechado para balanço", já está pegando. Costumo me fechar para um balanço do que foi meu ano nos finais de dezembro.
Fecho esse ano de 2010, com um saldo positivo em relação a 2009, esse sim definitivamente um ano para ser apagado, deletado e formatado umas 3 vezes.
Esse ano de 2010 para mim, foi marcado por uma grande conquista - a viagem de bicicleta para Porto Alegre e o projeto "A vida lhe dá limões? Faça uma limonada!" Um projeto ousado e irreverente em relação à Doença de Parkinson e aos meus quase 31 anos de diagnóstico.
Infelizmente o apoio necessário para a viabilização e continuidade das viagens não foi o esperado, o que considero lamentável.
Entretanto, continuo aqui, fermentando idéias, dentro do que me é possível fazer e pensar, com o firme propósito de levar minha experiência de convívio com a doença, a quantos me quiserem ouvir e saber como consegui, partindo do mesmo ponto inicial - o choque de ouvir o diagnóstico, fazer do parkinson uma espécie de companheiro para a vida toda.
Tenho o privilégio de não ter uma doença tão agressiva, no entanto, o tempo de relacionamento com Mr Parkinson, me põe em condições iguais, com aqueles que sofrem da doença de forma mais agressiva.
Se existe alguma coisa que posso dizer a respeito de conviver bem com a doença, ou seja, o início de tudo é - aceitar que a doença está instalada. Isso é um fato! Não tem como fugir. Lutar contra é impossível e desnecessário, levando em conta que não existem ainda meios para eliminar a doença de seu corpo.
Outra coisa que posso dizer é - não alimentar falsas ilusões, ou seja, não acreditar que um "pai de santo" ou uma religião nova vai curá-lo. Passei por isso muitas vezes e tudo o que fiz com isso, foi acumular um monte de frustrações e desilusões.
Falo dessa experiência acumulada em 30 anos nas minhas palestras motivacionais, que não têm o formato de palestra, mas sim um bate-papo, onde conto a minha experiência pessoal.
Como dizia no começo do texto, o projeto foi o grande saldo positivo desse ano para mim.
O resto... foi o resto...
Bom dia
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Receita de sopa de grão de bico!
Ingredientes:
1 pacote de grão de bico
1/2 tablete de manteiga
2 cebolas
2 folhas de louro
sal a gosto
1 maço de cheiro verde
Preparo
Ponha o grão de bico de molho numa vasilha com água. Espere pelo menos 3 horas para que fique bom para cozinhar. Antes de colocar na panela de pressão, retire a película que existe no grão de bico, uma espécie de casquinha. Um por um... Não reclame! Você pode aproveitar o tempo que está descascando o cereal e cantar "Hare Krishna, Hare Krishna, Hare Rama, Hare Hare..." Você estará ampliando sua capacidade espiritual, além de evitar uma diarréia homérica, que pode ser causada pelas casquinhas do grão de bico.
Ponha a bagaça na panela de pressão e esqueça por umas boas 2 horas. Calcule a quantidade de água 4 vezes maior do que a altura que o grão de bico ocupa na panela, ou seja (g x h)= 4g, onde "g" é o grão de bico e "h" é a altura do volume ocupado por "g", ou seja, entendeu? Não? Nem eu... Mas não importa.
Mande alguém que não chora faz tempo em sua casa, cuidar das cebolas. Depile-as, não com cera, naturalmente, e corte-as em círculos transversais ao epicentro cebolar. Isso feito, tome novamente os círculos transversais e agora corte-os no sentido longitudinal. Você deve obter figuras cebolares que formam um arco de circunferência e no outro lado, um ângulo de 90 graus. Se não conseguir essa figura geométrica, não faz a menor diferença.
À parte ponha a manteiga em uma frigideira para derreter. Não a frigideira, mas a manteiga. Pegue os arcos cebolares, após a manteiga ter derretido e pinche-os na frigideira até ficarem dourados.
Nesse meio tempo ponha as folhas de louro na panela de pressão. Aproveite para testar o coeficiente de dureza do GB (grão de bico). Se der para morder e cortar, já está quase. Se quebrar seu dente é porque precisa cozinhar um pouco mais.
Muito bem! Misture a massa cebolar proveniente da frigideira com o GB na panela de pressão. Se preferir uma sopa mais cremosa, amasse alguns exemplares de GB, o que vai causar o famoso "efeito maisena" na sopa, engrossando-a.
Tire da panela de pressão, salpique o cheiro verde na sopeira em cima e embaixo da sopa (não me pergunte como se salpica embaixo).
Sirva com queijo parmezão ralado.
Bom apetite!
Ps. Só acrescente o sal, depois que o GB não quebrar mais nenhum de seus dentes, caso contrário, você continuará quebrando seus dentes.
Ps. Só acrescente o sal, depois que o GB não quebrar mais nenhum de seus dentes, caso contrário, você continuará quebrando seus dentes.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Cicloviagem I
Saio ansiosissimo em vez das 22 horas programadas, às 19h45. A sensação de estar só na estrada, à noite, me fascina, por isso não consegui conter a ansiedade.
Movimento grande até por volta de meia noite e meia. Uma das primeiras surpresas foi a necessidade de mais luz, o velho farolete Cateye, embora eficiente, deixou a iluminação a desejar.
Depois da uma da manhã, o movimento de carros e caminhões praticamente acabou e a descida da serra, está poucos quilômetros à minha frente.
À noite todos os gatos são pardos, mas também o são gambás e raposas que vez por outra eram vistos à beira da rodovia.
Por volta das 2h30 começo a descer a serra, sózinho. Tão só, que invado a estrada e desço fazendo zigue-zague, como um moleque, ocupando as 3 pistas.
A sensação de estar só, é agradável e ao mesmo tempo assustadora, pois se alguma coisa acontece, não tenho a quem recorrer, mas sonho é sonho...
Por volta das 4 da madrugada, já adiante de Garuva, vejo uma cena insólita. Um caminhante com seus pertences nas costas, em passo firme e decidido, rumo a sabe-se lá onde.
Começo a refletir sobre aquela figura. O que o deve ter levado a caminhar na véspera de Natal daquela maneira? Não me parecia alguém indo trabalhar...
Por um momento me sinto como ele, também um caminhante da vida, a diferença é que, o que me conduz é a bicicleta.
A viagem rende bem, apesar dos alforges pesados. O cansaço ainda não bateu e sigo com o Mp3 Player estourando no volume. O menu musical é trance. Com a batida forte e ritmada, sigo golpeando os pedais, engolindo os quilômetros...
O movimento recomeça na estrada e decido parar para um café, quando furo o primeiro pneu. Escuro ainda, tombo a bicicleta de rodas para cima e começo a tarefa de substituir a câmara. Sinto alguns pingos de chuva e não ligo. Já estava com a roupa úmida com a cerração e a fina garôa da madrugada. Conserto feito, trato de achar um lugar para o café. O conserto durou pouco pois 50 metros à frente o pneu estava murcho novamente. Foi aí que a chuva engrossou mesmo. Busco abrigo mas não acho nada ao redor. Puxo a jaqueta de nylon por cima da cabeça e faço a substituição da câmara novamente. Encho bem o pneu com medo de novas surpresas. Agora sim!
Paro em um posto adiante um pouco de Joinvile e tomo um café expresso muito bom. Desperto a curiosidade de alguns que puxam conversa, querendo saber detalhes como, de onde venho e para onde estou indo...
Pé no clipe e vamos lá o último tiro com cerca de 100 km ainda por vencer, se continuar a boa média que tenho feito calculo que estarei em Bombinhas por volta de meio dia.
Tenho feito 22 km/h de média, mas o objetivo era 25 km/h. Um pouco pretencioso para minha condição física, mas acho que no geral, vou bem. Me hidrato com glico-dry misturado na água das garrafinhas e tomo um sache de glico-gel a cada uma hora, as cápsulas de BCAA, o aminoácido, fazem o resto do trabalho.
Concentradíssimo na batida da música e tentando "arredondar" a pedalada, tanto quanto possível no mesmo ritmo, sigo adiante. Já são mais de 12 horas na estrada e por volta de 9h30 passo por Camboriu.
O sol forte me pede uma parada para passar filtro solar. Penso em uma paradinha para descansar, mas desisto. Quero chegar logo. Estou cansado e surpreso com o desempenho que tive até aqui.
Entro em Porto Belo e o movimento é intenso. O frenesi natalino! Chego a Bombinhas por volta do meio dia, com sol a pino. Meio morto e meio vivo. Vou tomar um banho e dormir à tarde.
Boa tarde!
Movimento grande até por volta de meia noite e meia. Uma das primeiras surpresas foi a necessidade de mais luz, o velho farolete Cateye, embora eficiente, deixou a iluminação a desejar.
Depois da uma da manhã, o movimento de carros e caminhões praticamente acabou e a descida da serra, está poucos quilômetros à minha frente.
À noite todos os gatos são pardos, mas também o são gambás e raposas que vez por outra eram vistos à beira da rodovia.
Por volta das 2h30 começo a descer a serra, sózinho. Tão só, que invado a estrada e desço fazendo zigue-zague, como um moleque, ocupando as 3 pistas.
A sensação de estar só, é agradável e ao mesmo tempo assustadora, pois se alguma coisa acontece, não tenho a quem recorrer, mas sonho é sonho...
Por volta das 4 da madrugada, já adiante de Garuva, vejo uma cena insólita. Um caminhante com seus pertences nas costas, em passo firme e decidido, rumo a sabe-se lá onde.
Começo a refletir sobre aquela figura. O que o deve ter levado a caminhar na véspera de Natal daquela maneira? Não me parecia alguém indo trabalhar...
Por um momento me sinto como ele, também um caminhante da vida, a diferença é que, o que me conduz é a bicicleta.
A viagem rende bem, apesar dos alforges pesados. O cansaço ainda não bateu e sigo com o Mp3 Player estourando no volume. O menu musical é trance. Com a batida forte e ritmada, sigo golpeando os pedais, engolindo os quilômetros...
O movimento recomeça na estrada e decido parar para um café, quando furo o primeiro pneu. Escuro ainda, tombo a bicicleta de rodas para cima e começo a tarefa de substituir a câmara. Sinto alguns pingos de chuva e não ligo. Já estava com a roupa úmida com a cerração e a fina garôa da madrugada. Conserto feito, trato de achar um lugar para o café. O conserto durou pouco pois 50 metros à frente o pneu estava murcho novamente. Foi aí que a chuva engrossou mesmo. Busco abrigo mas não acho nada ao redor. Puxo a jaqueta de nylon por cima da cabeça e faço a substituição da câmara novamente. Encho bem o pneu com medo de novas surpresas. Agora sim!
Paro em um posto adiante um pouco de Joinvile e tomo um café expresso muito bom. Desperto a curiosidade de alguns que puxam conversa, querendo saber detalhes como, de onde venho e para onde estou indo...
Pé no clipe e vamos lá o último tiro com cerca de 100 km ainda por vencer, se continuar a boa média que tenho feito calculo que estarei em Bombinhas por volta de meio dia.
Tenho feito 22 km/h de média, mas o objetivo era 25 km/h. Um pouco pretencioso para minha condição física, mas acho que no geral, vou bem. Me hidrato com glico-dry misturado na água das garrafinhas e tomo um sache de glico-gel a cada uma hora, as cápsulas de BCAA, o aminoácido, fazem o resto do trabalho.
Concentradíssimo na batida da música e tentando "arredondar" a pedalada, tanto quanto possível no mesmo ritmo, sigo adiante. Já são mais de 12 horas na estrada e por volta de 9h30 passo por Camboriu.
O sol forte me pede uma parada para passar filtro solar. Penso em uma paradinha para descansar, mas desisto. Quero chegar logo. Estou cansado e surpreso com o desempenho que tive até aqui.
Entro em Porto Belo e o movimento é intenso. O frenesi natalino! Chego a Bombinhas por volta do meio dia, com sol a pino. Meio morto e meio vivo. Vou tomar um banho e dormir à tarde.
Boa tarde!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Eba! Cicloviagem!
Saio hoje por volta de 22 horas para realizar um sonho de viajar só com minha bike, à noite . O destino é Bombinhas SC.
São 264 km de uma velha conhecida minha, a BR 376/101.
Vou ver se consigo uma média em torno de 25 km/h, para chegar na manhã do dia 24 e poder descansar para logo à noite.
Devo voltar no máximo dia 26, com a possibilidade de fazer alguma quilometragem extra, se encontrar meu ex-vizinho Daniel, que deverá passar o Natal em uma pousada na região de Pirabeiraba, próximo de Joinvile.
Nesse caso, volto pedalando de Bombinhas até Pirabeiraba e pego o "bumba" da Catarinense em Garuva. Gostaria muito de fazer isso.
Caros amigos do parkinsolimonada, o ano se foi, marcado pela viagem para Porto Alegre, parte desse projeto, que ainda não parou.
Continuo aguardando a consciência de empresários e pessoas que possam compreender a importância do meu esforço em ir visitar associações de parkinsonianos, com minha bicicleta, cobrindo grandes distâncias, com uma finalidade única - levar uma mensagem de otimismo aos meus pares que sofrem da Doença de Parkinson.
Um grande abraço a todos.
Feliz Natal!
Roberto Coelho
São 264 km de uma velha conhecida minha, a BR 376/101.
Vou ver se consigo uma média em torno de 25 km/h, para chegar na manhã do dia 24 e poder descansar para logo à noite.
Devo voltar no máximo dia 26, com a possibilidade de fazer alguma quilometragem extra, se encontrar meu ex-vizinho Daniel, que deverá passar o Natal em uma pousada na região de Pirabeiraba, próximo de Joinvile.
Nesse caso, volto pedalando de Bombinhas até Pirabeiraba e pego o "bumba" da Catarinense em Garuva. Gostaria muito de fazer isso.
Caros amigos do parkinsolimonada, o ano se foi, marcado pela viagem para Porto Alegre, parte desse projeto, que ainda não parou.
Continuo aguardando a consciência de empresários e pessoas que possam compreender a importância do meu esforço em ir visitar associações de parkinsonianos, com minha bicicleta, cobrindo grandes distâncias, com uma finalidade única - levar uma mensagem de otimismo aos meus pares que sofrem da Doença de Parkinson.
Um grande abraço a todos.
Feliz Natal!
Roberto Coelho
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Bate o sino pequenino!
O cavaleiro da estranha figura devia ser Papai Noel, não Don Quixote! Concordo que Quixote era estranho, mas figura mesmo é o Papai Noel.
Primeiro, ele é gordo. Não quero dizer que os gordos são estranhos, mas gordo vestido de vermelho e detalhes brancos nas mangas e gola? Com desconto e tudo, no mínimo ridículo!
Ser gordo simboliza opulência, prosperidade, essa é uma realidade muito distante dos brasileiros.
Proponho uma reforma papainoélica! Já!
Como seria o Papai Noel no Brasil, o autêntico, o brazuca?
Acho que não se chamaria "papai", talvez "mano", mas não papai. Noel também não serviria. Teria que se chamar Mano Zé.
Já temos o nome!
Como seria o biotipo do nosso Mano Zé?
Magro, esquálido mesmo... Cor da pele? Pardo... Altura? 1,65m...
O que vestiria o nosso Mano Zé?
Havaianas, bermuda jeans, camiseta do Corinthians e um chapéuzinho daqueles pequenos, de motorista de caminhão...
Qual a função especial destinada ao Mano Zé todo ano em dezembro?
Ir ao Paraguai e trazer muamba para distribuir na favela.
Qual a principal vantagem do Mano Zé em relação ao seu "similar" Papai Noel?
Seu filho jamais choraria ao sentar no colo do Mano Zé. Com certeza ele já deve te-lo visto milhares de vezes. Há milhares de Manos Zés por ai.
Os Manos Zés são reais, não lenda.
Pela nacionalização do Natal no Brazil!!!!
Queremos Mano Zé!
Boas balada, truta!
Primeiro, ele é gordo. Não quero dizer que os gordos são estranhos, mas gordo vestido de vermelho e detalhes brancos nas mangas e gola? Com desconto e tudo, no mínimo ridículo!
Ser gordo simboliza opulência, prosperidade, essa é uma realidade muito distante dos brasileiros.
Proponho uma reforma papainoélica! Já!
Como seria o Papai Noel no Brasil, o autêntico, o brazuca?
Acho que não se chamaria "papai", talvez "mano", mas não papai. Noel também não serviria. Teria que se chamar Mano Zé.
Já temos o nome!
Como seria o biotipo do nosso Mano Zé?
Magro, esquálido mesmo... Cor da pele? Pardo... Altura? 1,65m...
O que vestiria o nosso Mano Zé?
Havaianas, bermuda jeans, camiseta do Corinthians e um chapéuzinho daqueles pequenos, de motorista de caminhão...
Qual a função especial destinada ao Mano Zé todo ano em dezembro?
Ir ao Paraguai e trazer muamba para distribuir na favela.
Qual a principal vantagem do Mano Zé em relação ao seu "similar" Papai Noel?
Seu filho jamais choraria ao sentar no colo do Mano Zé. Com certeza ele já deve te-lo visto milhares de vezes. Há milhares de Manos Zés por ai.
Os Manos Zés são reais, não lenda.
Pela nacionalização do Natal no Brazil!!!!
Queremos Mano Zé!
Boas balada, truta!
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Taj Mahal & The Hula Blues Band
Taj Mahal é o meu presente de natal para os meus leitores. A magnifica The Calypsonians, interpretada com a alma de Taj Mahal, iluminará seus corações neste este fim de ano.
http://www.youtube.com/watch?v=2VG_NjYlZ0U
http://www.youtube.com/watch?v=2VG_NjYlZ0U
Os frenéticos
O frenesi já começou!
Parece uma onda que varre o planeta, todo ano em dezembro. Tudo fica "em estado de catalepsia" até depois do carnaval, quando voltamos à realidade.
Nesse período, milhões de veranistas descerão a serra em direção às praias e enfrentarão engarrafamentos ainda piores do que os do ano anterior, visto que não se melhora as condições das estradas. Alguns deles morrerão afogados, e outros brigarão ao chegar em casa "tocados" além da conta.
Boa parte das esposas cujos maridos trabalham durante a semana e só aparecem nos finais de semana, estarão com a pulga atrás da orelha a respeito da conduta dos parceiros, na ausência delas. Por sua vez os maridos, os infiéis, tratarão de não deixar pistas, ou qualquer indício de sua conduta errada.
Os rodízios de pizza proliferarão esse ano no litoral, já que as vacas andam magras para rodízios de frutos do mar. Alguns casamentos serão desfeitos, mas em compensação, grandes amores irão florescer nos corações da molecada... Amores de verão... Alguns pais se decepcionarão ao encontrar uma ponta de baseado no bolso da calça do filho e o filho por sua vez terá de explicar o fato.
Alguns carros deverão ferver o motor ao subir a serra e destes uma minoria terá que ser guinchada, por causa do motor fundido. Uma parte da população flutuante do litoral, certamente fará empréstimos para saldar as dívidas de presentes exagerados de natal. Alguns motociclistas morrerão de acidente por imprudência e outros ficarão no gesso, agradecendo aos seus anjos da guarda por não terem permitido sua prematura ida desse mundo. Pescadores de final de semana ficarão à deriva no mar por não saberem nada de marinheiragem.
Alguns sirís escaparão de serem pisoteados e outros irão se divertir "beliscando" banhistas incautos. A densidade de urina no mar aumentará sensivelmente, bem como os casos de bicho de pé (no bom sentido é claro, falo aqui do parasita que vive na areia). As farmácias no litoral venderão filtros solares a preços ainda mais extorsivos e conseguir um "six-pack" de cerveja no supermercado, será uma aventura digna de Indiana Jones.... Você quer cerveja gelada? Diz o atendente com desdém... Esqueça! As madames com seus galgos anti-sépticos, continuarão circulando com eles pela orla, afinal o cocô deles é absolutamente composto por ração da melhor qualidade, portanto pode pisar! Aquele vizinho da barraca ao lado, com certeza chegará do mar respingando água em todos, e ao se recolher para casa, vai empanar a vizinhança com areia sacodida de sua toalha com a cara do Mickey. Crianças ranhentas virão chorando e perguntando onde estão suas mães.
Inesperadamente surgirá uma horda de Saveiros rebaixadas, com rodas enormes, tocando uma multiplicidade de músicas incompreeensíveis, simultaneamente e a todo volume. Elas, as Saveiros e outros veículos de motoristas de final de semana, entupirão todos os caminhos, estradas, vielas, becos e similares, tornando o deslocamento motorizado uma via crucis.
A quantidade de pessoas vermelhas, por causa da tentativa de "pegar um bronze" em um único dia, terá aumentado significativamente, acompanhando o crescimento da população mundial. Chepas de cigarros acesas abandonadas na areia farão pequenas bolhas na sola dos pés de algumas pessoas
Sim, o ambulante vai empurrar um monte de coisas, entre elas, óculos Mormai legítimos, redes, colchas, kangas, pipas, bikinis, baton, cigarros de cravo para defumar a praia toda e outras inutilidades úteis. O carro do churro passará tocando aquela música fúnebre e oferecendo o cheiro nauseabundo de óleo do ano passado que infesta a praia toda.
O peixe terá o mesmo sabor caro do ano passado, um pouquinho mais temperado. Alugueis pela hora da morte, nem pensar... O camping? Com aqueles pagodeiros bêbados? Na, na, na...
Pão de padaria? Tem que madrugar se quiser, porque os do supermercado em 2 horas são uma massa de latex.
Como vêm os leitores, o frenesi começou...
Boa temporada!
Parece uma onda que varre o planeta, todo ano em dezembro. Tudo fica "em estado de catalepsia" até depois do carnaval, quando voltamos à realidade.
Nesse período, milhões de veranistas descerão a serra em direção às praias e enfrentarão engarrafamentos ainda piores do que os do ano anterior, visto que não se melhora as condições das estradas. Alguns deles morrerão afogados, e outros brigarão ao chegar em casa "tocados" além da conta.
Boa parte das esposas cujos maridos trabalham durante a semana e só aparecem nos finais de semana, estarão com a pulga atrás da orelha a respeito da conduta dos parceiros, na ausência delas. Por sua vez os maridos, os infiéis, tratarão de não deixar pistas, ou qualquer indício de sua conduta errada.
Os rodízios de pizza proliferarão esse ano no litoral, já que as vacas andam magras para rodízios de frutos do mar. Alguns casamentos serão desfeitos, mas em compensação, grandes amores irão florescer nos corações da molecada... Amores de verão... Alguns pais se decepcionarão ao encontrar uma ponta de baseado no bolso da calça do filho e o filho por sua vez terá de explicar o fato.
Alguns carros deverão ferver o motor ao subir a serra e destes uma minoria terá que ser guinchada, por causa do motor fundido. Uma parte da população flutuante do litoral, certamente fará empréstimos para saldar as dívidas de presentes exagerados de natal. Alguns motociclistas morrerão de acidente por imprudência e outros ficarão no gesso, agradecendo aos seus anjos da guarda por não terem permitido sua prematura ida desse mundo. Pescadores de final de semana ficarão à deriva no mar por não saberem nada de marinheiragem.
Alguns sirís escaparão de serem pisoteados e outros irão se divertir "beliscando" banhistas incautos. A densidade de urina no mar aumentará sensivelmente, bem como os casos de bicho de pé (no bom sentido é claro, falo aqui do parasita que vive na areia). As farmácias no litoral venderão filtros solares a preços ainda mais extorsivos e conseguir um "six-pack" de cerveja no supermercado, será uma aventura digna de Indiana Jones.... Você quer cerveja gelada? Diz o atendente com desdém... Esqueça! As madames com seus galgos anti-sépticos, continuarão circulando com eles pela orla, afinal o cocô deles é absolutamente composto por ração da melhor qualidade, portanto pode pisar! Aquele vizinho da barraca ao lado, com certeza chegará do mar respingando água em todos, e ao se recolher para casa, vai empanar a vizinhança com areia sacodida de sua toalha com a cara do Mickey. Crianças ranhentas virão chorando e perguntando onde estão suas mães.
Inesperadamente surgirá uma horda de Saveiros rebaixadas, com rodas enormes, tocando uma multiplicidade de músicas incompreeensíveis, simultaneamente e a todo volume. Elas, as Saveiros e outros veículos de motoristas de final de semana, entupirão todos os caminhos, estradas, vielas, becos e similares, tornando o deslocamento motorizado uma via crucis.
A quantidade de pessoas vermelhas, por causa da tentativa de "pegar um bronze" em um único dia, terá aumentado significativamente, acompanhando o crescimento da população mundial. Chepas de cigarros acesas abandonadas na areia farão pequenas bolhas na sola dos pés de algumas pessoas
Sim, o ambulante vai empurrar um monte de coisas, entre elas, óculos Mormai legítimos, redes, colchas, kangas, pipas, bikinis, baton, cigarros de cravo para defumar a praia toda e outras inutilidades úteis. O carro do churro passará tocando aquela música fúnebre e oferecendo o cheiro nauseabundo de óleo do ano passado que infesta a praia toda.
O peixe terá o mesmo sabor caro do ano passado, um pouquinho mais temperado. Alugueis pela hora da morte, nem pensar... O camping? Com aqueles pagodeiros bêbados? Na, na, na...
Pão de padaria? Tem que madrugar se quiser, porque os do supermercado em 2 horas são uma massa de latex.
Como vêm os leitores, o frenesi começou...
Boa temporada!
domingo, 19 de dezembro de 2010
A paixão
Alguns tubos de alumínio,molas, parafusos e porcas, borracha, alguma coisa de plástico e varetas de aço. Esse é basicamente o material empregado na construção de uma bicicleta. Uma incrível espécie de mágica acontece com essas peças todas organizadas e unidas umas às outras. Não estou me referindo à coisa física, ao objeto chamado "bicicleta". Posso ir além do objeto, tamanha é a minha gratidão por esse amontoado de peças.
Lembro-me ainda da primeira - uma Monark Centrum feminina, com freio contra-pedal, pesada e resistente, comprada da filha de um vizinho por meu pai, como prêmio por ter passado do segundo para o terceiro ano primário.
A velha Centrum me trouxe as primeiras pequenas alegrias e os primeiros ralados nos joelhos...
Depois veio a Caloi 66, belíssima, zero km... A Caloi Sprint de 5 marchas... Algum tempo afastado das bicicletas, até que os primeiros sintomas da doença, muitos anos mais tarde, me fizeram partir para uma Monark Barra Circular para ir trabalhar.
A grande paixão no entanto, foi inflamada por uma Fischer que fez a minha iniciação definitiva no cicloturismo. Daí em diante nunca mais parei.
GT, GTS, Pro Shock, Specialized, enfim foram tantas e tão coloridas, tão apaixonantes, me trouxeram tantas coisas boas e me levaram a tantos lugares com tantos amigos...
Viagens inesquecíveis, lugares secretos impossíveis de ir com outro meio de transporte...
Tudo isso junto, sou eu, o Roberto Coelho, um cara apaixonado por bicicletas, pelo muito que fizeram por mim.
Bom domingo
Lembro-me ainda da primeira - uma Monark Centrum feminina, com freio contra-pedal, pesada e resistente, comprada da filha de um vizinho por meu pai, como prêmio por ter passado do segundo para o terceiro ano primário.
A velha Centrum me trouxe as primeiras pequenas alegrias e os primeiros ralados nos joelhos...
Depois veio a Caloi 66, belíssima, zero km... A Caloi Sprint de 5 marchas... Algum tempo afastado das bicicletas, até que os primeiros sintomas da doença, muitos anos mais tarde, me fizeram partir para uma Monark Barra Circular para ir trabalhar.
A grande paixão no entanto, foi inflamada por uma Fischer que fez a minha iniciação definitiva no cicloturismo. Daí em diante nunca mais parei.
GT, GTS, Pro Shock, Specialized, enfim foram tantas e tão coloridas, tão apaixonantes, me trouxeram tantas coisas boas e me levaram a tantos lugares com tantos amigos...
Viagens inesquecíveis, lugares secretos impossíveis de ir com outro meio de transporte...
Tudo isso junto, sou eu, o Roberto Coelho, um cara apaixonado por bicicletas, pelo muito que fizeram por mim.
Bom domingo
sábado, 18 de dezembro de 2010
Cairam os butiá do bolso!
Nem sempre a vida é feita de vitórias, por exemplo hoje não deu para chegar. Saimos cedo, no horário combinado, seis da manhã.
O Paulo hoje estava impossível, furou 3 câmaras. Uma já na saída, perto do posto do Mercadorama no Jardim das Américas. Mas o mais incrível, o improvável, o absolutamente inacreditável, o jamais visto por esses meus olhos que já viram pneus furar nas mais diversas condições, foi o que vi. Hoje realmente fiquei pensando na possibilidade do Paulo ter recebido um Caboclo Furadô de Pneu, EH-EH. O cara furou um pneu parado. É sim! Podem em chamar de mentiroso, EU VÍ! O Mário é minha testemunha!
No meio da descida do Anhaia demos uma paradinha básica, para tirar água dos cotovelos, joelhos e afins e também, embora o IBAMA não admita, para alimentar os borrachudos, coitadinhos. Os borrachudos estão ali, não pediram para nascer, sabe como é, quase não passa ninguém, então durante a parada aproveitamos para alimentá-los. Eis que, não mais que de repente, aquele barulho já muito conhecido do Paulo, se ouve no ar. O tradicional pffffffffffffffffffff! Notem que até mesmo, a digamos assim, onomatopéia do pneu furado tem a ver com o fato. Observem só P de pneu e F de furado, PFFF. Curioso não acha?
Agora pensando melhor, talvez exista também alguma relação oculta entre borrachudos e pneus furados, entende? Borrachudo ---> borracha da câmara... Mas isso é outro papo...
O fato é que novas experiências foram acrescentadas hoje ao meu extenso currículo de bicicleteiro.
São Pedalino que nos defenda, mas alguma coisa havia. Depois que descemos o Anhaia, comecei a ficar com menos marchas na minha bike. Pensei que pudesse ser uma espécie de "inflação cambial", as marchas ficando cada vez mais escassas, devido a um cabo de aço extremamente liso, que embora eu tivesse apertado "até sair água", não aguentou e começou a escorregar no parafuso de ajuste de tensão do cambio. O resultado é que a tensão do cabo diminuiu e com ela as marchas também foram minguando, até que fiquei com míseros 22 X 11. Fato que aumentou a MINHA TENSÂO!
Noves fora zero parei minha viagem em Morretes, suando como se deve. Acabado, morto, pernas moles e tals...
Ai descobrí que os empresários das empresas de ônibus, realmente não se preocupam com seus clientes eventuais, nem com o meio ambiente e só querem extorquir. O que acabo de escrever vale para a Viação Graciosa, para a GOL Linhas Aéreas e para a ALL, América Latina Logística, que explora a ferrovia Curitiba/Paranaguá.
Imaginem vocês que como passageiro, tenho direito a bagagem, mas bicicleta para a Viação Graciosa, não é bagagem - é bicicleta. Por ser bicicleta, portanto coisa de pobre, tem que pagar mais caro do que a passagem do passageiro propriamente dito. Eu explico:
Você paga R$ 13,50, para vir de Morretes sem bicicleta. Mas se quiser trazer a malfadonha, paga R$ 28,00, isso mesmo, R$ 14,50 pela bike.
Seria mais simpático, colocar um reboque de bicicletas na bunda do ônibus para incentivar o cicloturismo local, pombas!
O resto da história está no blog de Sâo Pegorini voudepeta.blogspot.com.
Não posso falar do que não vi!
Beijundas
O Paulo hoje estava impossível, furou 3 câmaras. Uma já na saída, perto do posto do Mercadorama no Jardim das Américas. Mas o mais incrível, o improvável, o absolutamente inacreditável, o jamais visto por esses meus olhos que já viram pneus furar nas mais diversas condições, foi o que vi. Hoje realmente fiquei pensando na possibilidade do Paulo ter recebido um Caboclo Furadô de Pneu, EH-EH. O cara furou um pneu parado. É sim! Podem em chamar de mentiroso, EU VÍ! O Mário é minha testemunha!
No meio da descida do Anhaia demos uma paradinha básica, para tirar água dos cotovelos, joelhos e afins e também, embora o IBAMA não admita, para alimentar os borrachudos, coitadinhos. Os borrachudos estão ali, não pediram para nascer, sabe como é, quase não passa ninguém, então durante a parada aproveitamos para alimentá-los. Eis que, não mais que de repente, aquele barulho já muito conhecido do Paulo, se ouve no ar. O tradicional pffffffffffffffffffff! Notem que até mesmo, a digamos assim, onomatopéia do pneu furado tem a ver com o fato. Observem só P de pneu e F de furado, PFFF. Curioso não acha?
Agora pensando melhor, talvez exista também alguma relação oculta entre borrachudos e pneus furados, entende? Borrachudo ---> borracha da câmara... Mas isso é outro papo...
O fato é que novas experiências foram acrescentadas hoje ao meu extenso currículo de bicicleteiro.
São Pedalino que nos defenda, mas alguma coisa havia. Depois que descemos o Anhaia, comecei a ficar com menos marchas na minha bike. Pensei que pudesse ser uma espécie de "inflação cambial", as marchas ficando cada vez mais escassas, devido a um cabo de aço extremamente liso, que embora eu tivesse apertado "até sair água", não aguentou e começou a escorregar no parafuso de ajuste de tensão do cambio. O resultado é que a tensão do cabo diminuiu e com ela as marchas também foram minguando, até que fiquei com míseros 22 X 11. Fato que aumentou a MINHA TENSÂO!
Noves fora zero parei minha viagem em Morretes, suando como se deve. Acabado, morto, pernas moles e tals...
Ai descobrí que os empresários das empresas de ônibus, realmente não se preocupam com seus clientes eventuais, nem com o meio ambiente e só querem extorquir. O que acabo de escrever vale para a Viação Graciosa, para a GOL Linhas Aéreas e para a ALL, América Latina Logística, que explora a ferrovia Curitiba/Paranaguá.
Imaginem vocês que como passageiro, tenho direito a bagagem, mas bicicleta para a Viação Graciosa, não é bagagem - é bicicleta. Por ser bicicleta, portanto coisa de pobre, tem que pagar mais caro do que a passagem do passageiro propriamente dito. Eu explico:
Você paga R$ 13,50, para vir de Morretes sem bicicleta. Mas se quiser trazer a malfadonha, paga R$ 28,00, isso mesmo, R$ 14,50 pela bike.
Seria mais simpático, colocar um reboque de bicicletas na bunda do ônibus para incentivar o cicloturismo local, pombas!
O resto da história está no blog de Sâo Pegorini voudepeta.blogspot.com.
Não posso falar do que não vi!
Beijundas
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
De cair os butiá do bolso!!!
Amanhã, sábado, começo cedo na dureza! Eu, o missionário P. Pegorini e o Bispo M. Valério, da Igreja Universal do Pedivela Quadrado, estaremos nos deslocando para uma "bença" especial, para as comunidades de Anhaia e Morretes.
Sairemos as 6 horas da manhã em uma santa caravana, levando a unção do óleo shimano de corrente, para aquelas comunidades.
A chuva é a única certeza!
Após a descida parcial da BR 277 e o atalho da íngreme Estrada do Anhaia, onde descer sem as mãos nos freios é pedir para analisar o leito da estrada beeem de perto, estaremos fazendo uma pausa de 15 minutos na cidade de Morretes e a seguir começaremos a longa e torturante subida da Graciosa.
Tenho certeza que vai chover o dia todo!
Escalada a Graciosa, você deve estar pensando, ufa acabou! Na-na-ni-na-na! E a Trilha do Alemão?
Wie getz mit wundebar, auf rolmops! Capicce?
Vencida a germânica trilha, acabou? Na-na-ni-na-na! Tem mais!
A velha estrada do Imperador, ou a Graciosa antiga, com suas "maravilhosas" subidas está no cardápio!
Coisa pra macho! Eu hein?
Mas, é o seguinte: Tô achando que vamos pedalar na chuva, olha lá!
Previsão de chegada matemáticamente calculada pelo P. Pegorini - exatamente às 19:50, para o Missionário P. Pegorini, 19h52, para o Bispo M. Valério e 19h55, para o Missionário R. Coelho.
Estaremos com a alma, o corpo, o cabelo, as roupas, as bicicletas, além é claro dos documentos e celulares, lavados pelo prazer de completar o desafio e pela chuva.
Por falar nisso, ví a previsão do tempo para amanhã e parece que vai chover o dia todo ao longo dos longos 137 km da aventura.
Coisa pra macho (molhado).
Boa noite!
Sairemos as 6 horas da manhã em uma santa caravana, levando a unção do óleo shimano de corrente, para aquelas comunidades.
A chuva é a única certeza!
Após a descida parcial da BR 277 e o atalho da íngreme Estrada do Anhaia, onde descer sem as mãos nos freios é pedir para analisar o leito da estrada beeem de perto, estaremos fazendo uma pausa de 15 minutos na cidade de Morretes e a seguir começaremos a longa e torturante subida da Graciosa.
Tenho certeza que vai chover o dia todo!
Escalada a Graciosa, você deve estar pensando, ufa acabou! Na-na-ni-na-na! E a Trilha do Alemão?
Wie getz mit wundebar, auf rolmops! Capicce?
Vencida a germânica trilha, acabou? Na-na-ni-na-na! Tem mais!
A velha estrada do Imperador, ou a Graciosa antiga, com suas "maravilhosas" subidas está no cardápio!
Coisa pra macho! Eu hein?
Mas, é o seguinte: Tô achando que vamos pedalar na chuva, olha lá!
Previsão de chegada matemáticamente calculada pelo P. Pegorini - exatamente às 19:50, para o Missionário P. Pegorini, 19h52, para o Bispo M. Valério e 19h55, para o Missionário R. Coelho.
Estaremos com a alma, o corpo, o cabelo, as roupas, as bicicletas, além é claro dos documentos e celulares, lavados pelo prazer de completar o desafio e pela chuva.
Por falar nisso, ví a previsão do tempo para amanhã e parece que vai chover o dia todo ao longo dos longos 137 km da aventura.
Coisa pra macho (molhado).
Boa noite!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Lembra?
Você se lembra?
De quando olhávamos as estrelas?
De que existiam vaga-lumes?
De como os sapos cantavam na lagoa?
Dos galos que cantavam de madrugada?
Da chuva fazendo barulho nos galhos de árvore?
Do silêncio na madrugada?
De como se fazia pipa?
De quando os meninos brincavam de empinar pipas?
De quando balões não provocavam incêndios?
De como era gostoso sentar com os pés no rio?
Do cheiro do mato depois da chuva?
Do sabiá cantando de madrugada?
De ouvir de madrugada alguém passando na rua com o rádio ligado?
Da marmita no bagageiro da bicicleta?
De brincar de cabra cega?
De tomar refrigerante só no domingo?
De procurar o ninho do coelhinho na Páscoa?
Do futebolzinho de calçada 5 vira 10 termina?
Do pão quentinho de manhã cedo na padaria?
De como era legal fazer carrinho de rolamento?
Do jeito que a manteiga derretia no pão quentinho?
Do cheiro gostoso do café na cozinha cedinho?
De estar desconfiado que Papai Noel não existia?
Da primeira bicicleta?
De espreguiçar na rede, enquanto a chuva cai?
De chorar de vez em quando e não ter vergonha disso?
De brincar de "31"?
De abraçar um amigo e emocionado dizer para ele "você é grande cara!"
De quando você saia da sua casa à noite para bater papo com seu vizinho?
De como era bom comer bolo de festa de igreja?
De quando ir ao cinema era um evento?
De como era que se jogava bolinha de gude?
De esperar o domingo para comer frango com macarronada?
De como era bom ir em aniversário de primo?
De brincar de lenço atrás?
De como ficar adulto logo era importante?
De ver meninas brincando de boneca?
Do barulhinho da bolinha de ping pong?
De ouvir musica caipira em rádio AM?
Da tremedeira nas pernas quando dançou junto a primeira vez?
Do churrasco gostoso feito pelo pai?
Da maionese deliciosa da mãe?
De como seu irmão lhe enchia o saco e você o amava igual?
O que você está fazendo da sua vida?
Boa noite!
(desculpe, eu tinha que te dizer isso...)
De quando olhávamos as estrelas?
De que existiam vaga-lumes?
De como os sapos cantavam na lagoa?
Dos galos que cantavam de madrugada?
Da chuva fazendo barulho nos galhos de árvore?
Do silêncio na madrugada?
De como se fazia pipa?
De quando os meninos brincavam de empinar pipas?
De quando balões não provocavam incêndios?
De como era gostoso sentar com os pés no rio?
Do cheiro do mato depois da chuva?
Do sabiá cantando de madrugada?
De ouvir de madrugada alguém passando na rua com o rádio ligado?
Da marmita no bagageiro da bicicleta?
De brincar de cabra cega?
De tomar refrigerante só no domingo?
De procurar o ninho do coelhinho na Páscoa?
Do futebolzinho de calçada 5 vira 10 termina?
Do pão quentinho de manhã cedo na padaria?
De como era legal fazer carrinho de rolamento?
Do jeito que a manteiga derretia no pão quentinho?
Do cheiro gostoso do café na cozinha cedinho?
De estar desconfiado que Papai Noel não existia?
Da primeira bicicleta?
De espreguiçar na rede, enquanto a chuva cai?
De chorar de vez em quando e não ter vergonha disso?
De brincar de "31"?
De abraçar um amigo e emocionado dizer para ele "você é grande cara!"
De quando você saia da sua casa à noite para bater papo com seu vizinho?
De como era bom comer bolo de festa de igreja?
De quando ir ao cinema era um evento?
De como era que se jogava bolinha de gude?
De esperar o domingo para comer frango com macarronada?
De como era bom ir em aniversário de primo?
De brincar de lenço atrás?
De como ficar adulto logo era importante?
De ver meninas brincando de boneca?
Do barulhinho da bolinha de ping pong?
De ouvir musica caipira em rádio AM?
Da tremedeira nas pernas quando dançou junto a primeira vez?
Do churrasco gostoso feito pelo pai?
Da maionese deliciosa da mãe?
De como seu irmão lhe enchia o saco e você o amava igual?
O que você está fazendo da sua vida?
Boa noite!
(desculpe, eu tinha que te dizer isso...)
sábado, 11 de dezembro de 2010
Um médico!
Existem pessoas de todos os tipos que cruzam nossos caminhos todos os dias. Desses que me passam pela vida, alguns poucos separo de lado e os coloco juntos, em uma classe especial de pessoas, que respeito e considero muito.
Ele está entre esses, certamente!
Apesar de sua grande capacidade, de sua profundidade e domínio em sua profissão, considerado e respeitado, não perde nunca sua simplicidade e carinho comigo.
Quando nos encontramos, vejo a sua preocupação comigo, estampada no seu rosto. Pergunta sempre como estou me alimentando e como vai a vida. E o faz com sinceridade, nunca pela obrigação de fazê-lo.
Um grande cara! Um cara que de certa forma, me devolveu a fé. Me fez acreditar, sempre.
Passamos por muitos momentos da minha vida juntos. Momentos de dor e momentos de alegria.
Quando ouço - Roberto você é um exemplo, pedalando tanto assim, é ele que me vem à cabeça, com seu sorriso brando e seu jeito calmo de me ouvir, olhando para mim e escrevendo no laptop, sem olhar para o teclado. Gostaria de ler um dia, o que tanto escreve, e se escreve certo (rsrs).
Uma ocasião, o encontrei com os filhos, de bermudão no Shopping Muller. Eu estava todo torto, com o braço quebrado, o rosto todo inchado e ainda com os hematomas de uma queda sofrida conduzindo o Bike Night. Tinha recebido alta do hospital, algumas horas antes.
Ele parou, olhou para mim e perguntou:
- O que houve?
Eu lhe contei sobre a queda sofrida e ele arrematou:
- Mas você não pretende parar de pedalar por isso, né?
Qualquer outro teria me censurado pela queda e pela teimosia de pedalar com parkinson.
De quem falo?
Falo de bem mais que um pai, falo de bem mais que um irmão, bem mais do que um anjo da guarda...
Falo do meu querido Paulo Jacques Monteiro Leite, uma grande pessoa em primeiro lugar, um grande neurologista, um grande amigo. Doutor de simplicidade, Doutor de humildade e Doutor de capacidade.
Simplesmente Paulo para mim...
Deus sempre o abençoe...
Bom fim de semana!
Ele está entre esses, certamente!
Apesar de sua grande capacidade, de sua profundidade e domínio em sua profissão, considerado e respeitado, não perde nunca sua simplicidade e carinho comigo.
Quando nos encontramos, vejo a sua preocupação comigo, estampada no seu rosto. Pergunta sempre como estou me alimentando e como vai a vida. E o faz com sinceridade, nunca pela obrigação de fazê-lo.
Um grande cara! Um cara que de certa forma, me devolveu a fé. Me fez acreditar, sempre.
Passamos por muitos momentos da minha vida juntos. Momentos de dor e momentos de alegria.
Quando ouço - Roberto você é um exemplo, pedalando tanto assim, é ele que me vem à cabeça, com seu sorriso brando e seu jeito calmo de me ouvir, olhando para mim e escrevendo no laptop, sem olhar para o teclado. Gostaria de ler um dia, o que tanto escreve, e se escreve certo (rsrs).
Uma ocasião, o encontrei com os filhos, de bermudão no Shopping Muller. Eu estava todo torto, com o braço quebrado, o rosto todo inchado e ainda com os hematomas de uma queda sofrida conduzindo o Bike Night. Tinha recebido alta do hospital, algumas horas antes.
Ele parou, olhou para mim e perguntou:
- O que houve?
Eu lhe contei sobre a queda sofrida e ele arrematou:
- Mas você não pretende parar de pedalar por isso, né?
Qualquer outro teria me censurado pela queda e pela teimosia de pedalar com parkinson.
De quem falo?
Falo de bem mais que um pai, falo de bem mais que um irmão, bem mais do que um anjo da guarda...
Falo do meu querido Paulo Jacques Monteiro Leite, uma grande pessoa em primeiro lugar, um grande neurologista, um grande amigo. Doutor de simplicidade, Doutor de humildade e Doutor de capacidade.
Simplesmente Paulo para mim...
Deus sempre o abençoe...
Bom fim de semana!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Viver
Algumas pessoas me dizem:
Roberto, você é um exemplo de determinação.
Tá. Me sinto lisonjeado, mas freqüentemente outra questão me vem à cabeça - E eu tenho outra escolha?
Aparentemente, eu disse a-p-a-r-e-n-t-e-m-e-n-t-e, não pedimos para nascer, mas uma vez nascidos, temos que dar conta do recado.
Qual é o sentido de acreditar que essa é uma existência unica? Nascemos, morremos e vamos para o "céu". Essa baboseira, faz muito tempo que eu não "engolo", como diria o saudoso cacique Juruna. Que Tupã guarde sua alma!
Acredito sim, numa longa e penosa jornada de aprendizado. Dura, desanimadora, injusta às vezes e "aparentemente" inglória.
Continuo assim mesmo, espanholamente teimoso como sou, acreditando que existe um único sentido nisso tudo - A Evolução!
Sou determinado, porque aprendi com certa facilidade a ser assim, porque determinação está em mim, quer eu queira ou não. Todos nós temos esses "quer queira ou não". São brindes, coisas gratuitas, cedidas generosamente pela Grande Força Organizadora de todos os universos, para tornar nossa jornada mais fácil, ou um pouquinho menos dolorosa, desde que saibamos usá-la.
Descubra qual é esse presentinho que o Universo lhe deu. Lógico que você deve ter algo assim, não que seja necessariamente determinação.
Tá, tá, tá... E dai?
Dai que quando você descobre isso, essa coisa fica tão grande que não dá para guardar dentro de você. Por exemplo, se eu fosse um cara como Hitler, em vez de ficar matando judeus, iria matar os carros, os ônibus os caminhões e OBRIGAR o uso da bicicleta. Sim senhor, iria obrigar. Radical mesmo. Utópico? Absolutamente! Que seria de nós se não sonhássemos? Pararíamos de evoluir...
O que aconteceria? A belíssima frase do grande ciclista Antonio Olinto, pelo qual tenho imenso respeito, seria matemáticamente comprovavel.
Qual é a frase?
"Só tem a real dimensão do tempo, aquele que segue a pé, no máximo de bicicleta. O resto, é pressa."
Não é profundamente utópico e poético?
Voltando ao ser um exemplo de determinação... Não sei se sou exemplo, mas certamente sou determinado.
A determinação me trouxe a quase 31 anos de diagnóstico de parkinson. A mesma determinação que me levou a pedalar de Curitiba a Porto Alegre, para mostrar às pessoas, que é possível sim.
Nâo sou um super herói, sou apenas um aprendiz da vida que não tem escolha. Ser determinado, ou morrer.
Sou muito covarde para morrer!
Boa noite e bom findi!
Roberto, você é um exemplo de determinação.
Tá. Me sinto lisonjeado, mas freqüentemente outra questão me vem à cabeça - E eu tenho outra escolha?
Aparentemente, eu disse a-p-a-r-e-n-t-e-m-e-n-t-e, não pedimos para nascer, mas uma vez nascidos, temos que dar conta do recado.
Qual é o sentido de acreditar que essa é uma existência unica? Nascemos, morremos e vamos para o "céu". Essa baboseira, faz muito tempo que eu não "engolo", como diria o saudoso cacique Juruna. Que Tupã guarde sua alma!
Acredito sim, numa longa e penosa jornada de aprendizado. Dura, desanimadora, injusta às vezes e "aparentemente" inglória.
Continuo assim mesmo, espanholamente teimoso como sou, acreditando que existe um único sentido nisso tudo - A Evolução!
Sou determinado, porque aprendi com certa facilidade a ser assim, porque determinação está em mim, quer eu queira ou não. Todos nós temos esses "quer queira ou não". São brindes, coisas gratuitas, cedidas generosamente pela Grande Força Organizadora de todos os universos, para tornar nossa jornada mais fácil, ou um pouquinho menos dolorosa, desde que saibamos usá-la.
Descubra qual é esse presentinho que o Universo lhe deu. Lógico que você deve ter algo assim, não que seja necessariamente determinação.
Tá, tá, tá... E dai?
Dai que quando você descobre isso, essa coisa fica tão grande que não dá para guardar dentro de você. Por exemplo, se eu fosse um cara como Hitler, em vez de ficar matando judeus, iria matar os carros, os ônibus os caminhões e OBRIGAR o uso da bicicleta. Sim senhor, iria obrigar. Radical mesmo. Utópico? Absolutamente! Que seria de nós se não sonhássemos? Pararíamos de evoluir...
O que aconteceria? A belíssima frase do grande ciclista Antonio Olinto, pelo qual tenho imenso respeito, seria matemáticamente comprovavel.
Qual é a frase?
"Só tem a real dimensão do tempo, aquele que segue a pé, no máximo de bicicleta. O resto, é pressa."
Não é profundamente utópico e poético?
Voltando ao ser um exemplo de determinação... Não sei se sou exemplo, mas certamente sou determinado.
A determinação me trouxe a quase 31 anos de diagnóstico de parkinson. A mesma determinação que me levou a pedalar de Curitiba a Porto Alegre, para mostrar às pessoas, que é possível sim.
Nâo sou um super herói, sou apenas um aprendiz da vida que não tem escolha. Ser determinado, ou morrer.
Sou muito covarde para morrer!
Boa noite e bom findi!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
"O Salomão" invade o blog
"O Salomão" é um outro blog meu, cuja particularidade é lembrar histórias e personagens do bairro onde vivi boa parte da minha vida - Água Verde.
Outro particular de "O Salomão" é que o blog tem apenas um post e apenas um seguidor, que inclusive não sou eu (rsrs).
Na tentativa de manter o recorde histórico de 1 post e 1 seguidor, invado o parkinsonlimonada, com "O Salomão", para contar coisas que me vieram à lembrança nos últimos dias. Então, com a sua licença...
Na rua onde morava no tempo de infância, não tinha asfalto nem supermercado, mas tinha duas "vendas" de secos e molhados. A do seo Albino e a do seo Lima.
O Albino, com sua venda mais modesta e o indefectível tamanco no pé e a boina azul na cabeça careca, era a minha preferida. Não pela modéstia, mas porque no Albino, eu podia... digamos assim... subtrair doces da cristaleira de vidro, providencialmente transformada em expositor de doces.
Quando o pedido era de arroz ou feijão então ficava ainda mais fácil, porque os sacos de arroz e feijão ficavam dentro da casa dele. Imagino que a casa foi adaptada, para transformar a sala de estar em armazém.
Ele saía da sala adaptada, com os tamancos fazendo plect, plect e quando o plect, plect parava, era a hora do crime. Crime do qual falo com tranquilidade, pois todos os que cometi lá no seo Albino, foram devidamente confessados ao padre Chico, nas confissões aos sábados à tarde e mediante a oração de alguns Pais-Nossos e algumas Aves-Marias, prontamente perdoados. Era algo assim como "zerar o saldo devedor". Uma maravilha!
O Lima por sua vez, era uma espécie de sub-super mercado, muito mais difícil de acessar. Além do mais, o Lima tinha uma verruga preta no nariz, o que o tornava repugnante.
Essa explicação foi necessária para contar sobre o dia de fúria do seo Albino, quando eu, no pleno exercício de minhas funções subtraentes, com meu saldo devedor zerado pela confissão do sábado anterior, fui flagrado pelo seo Albino, tentando subtrair um doce de abóbora, daqueles de coração.
O safado fez o plect plect, mas parou atrás da porta e ficou me "frestando"...
Quando eu estava com o doce, a meio caminho do meu bolso, ele gritou:
- Ladrãozinho!
Meu Deus! Eu estava com saldo zero! E o velho continuou:
- Vou falar para o seu pai. Vou chamar ele aqui e fazer ele pagar o doce!
Caraca! Pedi desculpas na hora e disse que foi o diabo que me tentou e me fez pegar o doce!
O velho deve ter dado boas risadas daquilo.
Epílogo:
Paguei aquele doce com jornais velhos, muito úteis para embrulhar as alpargatas roda, ou algum fumo de corda que ele vendia.
Dai para a frente ele se tornou meu melhor "freguês" de jornal velho e eu o seu melhor "freguês" de doces.
Seo Albinoooo! Onde quer que o senhor esteja, muito obrigado por aquele dia e muito obrigado por ter passado pela minha vida!
Boa tarde
Outro particular de "O Salomão" é que o blog tem apenas um post e apenas um seguidor, que inclusive não sou eu (rsrs).
Na tentativa de manter o recorde histórico de 1 post e 1 seguidor, invado o parkinsonlimonada, com "O Salomão", para contar coisas que me vieram à lembrança nos últimos dias. Então, com a sua licença...
Na rua onde morava no tempo de infância, não tinha asfalto nem supermercado, mas tinha duas "vendas" de secos e molhados. A do seo Albino e a do seo Lima.
O Albino, com sua venda mais modesta e o indefectível tamanco no pé e a boina azul na cabeça careca, era a minha preferida. Não pela modéstia, mas porque no Albino, eu podia... digamos assim... subtrair doces da cristaleira de vidro, providencialmente transformada em expositor de doces.
Quando o pedido era de arroz ou feijão então ficava ainda mais fácil, porque os sacos de arroz e feijão ficavam dentro da casa dele. Imagino que a casa foi adaptada, para transformar a sala de estar em armazém.
Ele saía da sala adaptada, com os tamancos fazendo plect, plect e quando o plect, plect parava, era a hora do crime. Crime do qual falo com tranquilidade, pois todos os que cometi lá no seo Albino, foram devidamente confessados ao padre Chico, nas confissões aos sábados à tarde e mediante a oração de alguns Pais-Nossos e algumas Aves-Marias, prontamente perdoados. Era algo assim como "zerar o saldo devedor". Uma maravilha!
O Lima por sua vez, era uma espécie de sub-super mercado, muito mais difícil de acessar. Além do mais, o Lima tinha uma verruga preta no nariz, o que o tornava repugnante.
Essa explicação foi necessária para contar sobre o dia de fúria do seo Albino, quando eu, no pleno exercício de minhas funções subtraentes, com meu saldo devedor zerado pela confissão do sábado anterior, fui flagrado pelo seo Albino, tentando subtrair um doce de abóbora, daqueles de coração.
O safado fez o plect plect, mas parou atrás da porta e ficou me "frestando"...
Quando eu estava com o doce, a meio caminho do meu bolso, ele gritou:
- Ladrãozinho!
Meu Deus! Eu estava com saldo zero! E o velho continuou:
- Vou falar para o seu pai. Vou chamar ele aqui e fazer ele pagar o doce!
Caraca! Pedi desculpas na hora e disse que foi o diabo que me tentou e me fez pegar o doce!
O velho deve ter dado boas risadas daquilo.
Epílogo:
Paguei aquele doce com jornais velhos, muito úteis para embrulhar as alpargatas roda, ou algum fumo de corda que ele vendia.
Dai para a frente ele se tornou meu melhor "freguês" de jornal velho e eu o seu melhor "freguês" de doces.
Seo Albinoooo! Onde quer que o senhor esteja, muito obrigado por aquele dia e muito obrigado por ter passado pela minha vida!
Boa tarde
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Zen e a melhor maneira de ter uma boa bicicleta
Estou reescrevendo nesse post um artigo meu publicado há alguns anos atrás no site da Rotaventura. Esse artigo trata do conhecimento "vivenciado" de cada peça que compõe a bicicleta e a melhor forma de comprá-la sem endividar-se.
Você está tentado a comprar uma bicicleta, mas não sabe o que fazer exatamente. Afinal as marcas são muitas e bonitas todas são quando novas.
Muito bem. Primeiramente visite lojas de bicicletas, sem pressa... Sem atropelos. Procure usar um tempo disponível, para que você não tenha que se apressar com outros compromissos.
1º passo:
Procure falar com o proprietário da loja, ou com o gerente. Essa é uma prova de confiança no lojista.
Peça a ele uma lista de peças que compõe uma bicicleta. Todas as peças! Se ele não quiser fornecer a lista, ou se você sentir que ele está lhe enrolando, siga para a próxima loja. Um verdadeiro amante do ciclismo, mesmo sendo capitalista, certamente lhe fornecerá a lista.
2º passo:
Conheça as peças que vai comprar. Eu explico. Com a lista, você irá conhecer a intimidade da sua bike. Por exemplo, existe um item chamado "cubo", do qual você nunca ouviu falar. Pois vá até a loja e peça um cubo, ou um par de cubos. De cara você vai descobrir que cubos de bicicleta, são cilíndricos! Sim senhor, cilíndricos! Conhecer as peças e onde são colocadas, por incrível que pareça, é um bom exercício para você "entender melhor" como funciona a sua nova bike.
3º passo:
Reserve em seu orçamento mensal, uma parte do que sobra para ir comprando as peças, de acordo com sua disponibilidade. Desta forma, você sai fora de financiamentos que acabam aumentando o preço final de sua bike.
4º passo:
A montagem final de todas as peças, poderá ser assistida por você, se o lojista for paciente e realmente interessado. Reserve um tempo para isso. Um sábado ou em um dia qualquer de suas férias. Você poderá testemunhar como essa maravilhosa combinação de peças frias irá lhe proporcionar tanta saúde e prazer, uma vez juntas.
5º passo:
Desfrute ao máximo sua nova aquisição. Pedale como eu e faça novos amigos. Mesmo que você receba um diagnóstico de Doença de Parkinson, poderá tentar bater meu recorde de distância percorrida após 30 anos de diagnóstico da doença... Tá desafiado! rsrs
Seguindo essas instruções você, além do mais, estará exercitando sua paciência, o que é uma virtude indispensável nos nossos dias.
Namastê!
Você está tentado a comprar uma bicicleta, mas não sabe o que fazer exatamente. Afinal as marcas são muitas e bonitas todas são quando novas.
Muito bem. Primeiramente visite lojas de bicicletas, sem pressa... Sem atropelos. Procure usar um tempo disponível, para que você não tenha que se apressar com outros compromissos.
1º passo:
Procure falar com o proprietário da loja, ou com o gerente. Essa é uma prova de confiança no lojista.
Peça a ele uma lista de peças que compõe uma bicicleta. Todas as peças! Se ele não quiser fornecer a lista, ou se você sentir que ele está lhe enrolando, siga para a próxima loja. Um verdadeiro amante do ciclismo, mesmo sendo capitalista, certamente lhe fornecerá a lista.
2º passo:
Conheça as peças que vai comprar. Eu explico. Com a lista, você irá conhecer a intimidade da sua bike. Por exemplo, existe um item chamado "cubo", do qual você nunca ouviu falar. Pois vá até a loja e peça um cubo, ou um par de cubos. De cara você vai descobrir que cubos de bicicleta, são cilíndricos! Sim senhor, cilíndricos! Conhecer as peças e onde são colocadas, por incrível que pareça, é um bom exercício para você "entender melhor" como funciona a sua nova bike.
3º passo:
Reserve em seu orçamento mensal, uma parte do que sobra para ir comprando as peças, de acordo com sua disponibilidade. Desta forma, você sai fora de financiamentos que acabam aumentando o preço final de sua bike.
4º passo:
A montagem final de todas as peças, poderá ser assistida por você, se o lojista for paciente e realmente interessado. Reserve um tempo para isso. Um sábado ou em um dia qualquer de suas férias. Você poderá testemunhar como essa maravilhosa combinação de peças frias irá lhe proporcionar tanta saúde e prazer, uma vez juntas.
5º passo:
Desfrute ao máximo sua nova aquisição. Pedale como eu e faça novos amigos. Mesmo que você receba um diagnóstico de Doença de Parkinson, poderá tentar bater meu recorde de distância percorrida após 30 anos de diagnóstico da doença... Tá desafiado! rsrs
Seguindo essas instruções você, além do mais, estará exercitando sua paciência, o que é uma virtude indispensável nos nossos dias.
Namastê!
domingo, 5 de dezembro de 2010
Parkinson e pressa...
Boa noite!
Estive refletindo sobre um assunto que me chamou a atenção - "parkinson x ansiedade x hiperatividade".
Partindo do princípio que o corpo envia mensagens ao cérebro e essas mensagens são interpretadas ou não, de acordo com a nossa "conveniência", podemos pensar que quando o corpo nos fala que estamos hiperativos, ou em estado de grande ansiedade e não ouvimos, ou não queremos ouvir, ou perceber, existe uma grande possibilidade de desenvolvermos sintomas de parkinson.
Um dos sintomas da doença é a lentidão de movimentos - uma resposta óbvia dada pelo corpo, quando não queremos, ou não podemos ouvir esses recados.
Essas reflexões me vieram à mente hoje, um domingo chuvoso, com absolutamente nada para fazer e muito para pensar.
Foi nesse clima de "dolce far niente" que estendi a rede na varanda e me dei conta do quanto é bom ficar relaxado e não fazer nada a não ser dormir ouvindo o barulho gostoso da chuva. Uma delícia... Durante o dia todo repeti a dose umas 3 vezes.
Conversando com a Lenice, minha querida companheira, ontem, falávamos sobre isso. Ela me falava da minha falta de contato com a natureza. Santa Lenice!
Essas coisas do dia-a-dia ficam fermentando minha idéias... De repente a coisa toda vem em uma enxurrada de idéias. Aí não dá para não escrever.
Deitado naquela rede, dormindo e acordando, balançando e pensando, me dei conta de que há muitos anos já não me permitia fazer isso. Santa Lenice!
Deixo a você essas impressões para refletir sobre a importância de parar, ou diminuir seu ritmo, se permitir e perceber a delicada linguagem do corpo, antes que ele, rouco de tanto gritar, pare você.
Bom resto de domingo e ótima semana.
Estive refletindo sobre um assunto que me chamou a atenção - "parkinson x ansiedade x hiperatividade".
Partindo do princípio que o corpo envia mensagens ao cérebro e essas mensagens são interpretadas ou não, de acordo com a nossa "conveniência", podemos pensar que quando o corpo nos fala que estamos hiperativos, ou em estado de grande ansiedade e não ouvimos, ou não queremos ouvir, ou perceber, existe uma grande possibilidade de desenvolvermos sintomas de parkinson.
Um dos sintomas da doença é a lentidão de movimentos - uma resposta óbvia dada pelo corpo, quando não queremos, ou não podemos ouvir esses recados.
Essas reflexões me vieram à mente hoje, um domingo chuvoso, com absolutamente nada para fazer e muito para pensar.
Foi nesse clima de "dolce far niente" que estendi a rede na varanda e me dei conta do quanto é bom ficar relaxado e não fazer nada a não ser dormir ouvindo o barulho gostoso da chuva. Uma delícia... Durante o dia todo repeti a dose umas 3 vezes.
Conversando com a Lenice, minha querida companheira, ontem, falávamos sobre isso. Ela me falava da minha falta de contato com a natureza. Santa Lenice!
Essas coisas do dia-a-dia ficam fermentando minha idéias... De repente a coisa toda vem em uma enxurrada de idéias. Aí não dá para não escrever.
Deitado naquela rede, dormindo e acordando, balançando e pensando, me dei conta de que há muitos anos já não me permitia fazer isso. Santa Lenice!
Deixo a você essas impressões para refletir sobre a importância de parar, ou diminuir seu ritmo, se permitir e perceber a delicada linguagem do corpo, antes que ele, rouco de tanto gritar, pare você.
Bom resto de domingo e ótima semana.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Quilometragem
Quantos limões são necessários para se fazer uma limonada? Existem várias respostas:
- Depende de quantos vão beber. Quantos vão repetir...
- Depende do gosto por mais azedo ou mais doce, de quem vai beber...
O número suficiente de limões para que a limonada fique boa, eu diria...
Quantos quilômetros uma pessoa precisa pedalar para aprender a andar com domínio sobre uma bicicleta? Muitos certamente. Aprender a pedalar é como aprender a viver, eu lhe afirmo.
É uma atividade que nunca termina, no entanto, viver e aprender a pedalar, são coisas às quais se acrescenta um pouco mais todo dia.
É uma soma diária de experiências, com uma diferença entre as duas atividades. Aprender a viver, depende de se ficar mais velho. Ao contrário, aprender a pedalar fica mais difícil com a idade.
A vida nos oferece todos os dias novas oportunidades de aprender a viver, algumas delas nos servem, outras nem tanto. O importante é saber que a recompensa dos cabelos brancos, da pele flacida e menos elástica, é a sabedoria de encarar a vida com outros olhos. Olhos mansos, que já viram e testemunharam muitas coisas.
Não só os olhos, mas todos os sentidos...
Aprender a brincar de viver!
Eu sinceramente, gostaria de ter aprendido a brincar de viver. Gostaria de ter tido essa capacidade de ser mais leve, menos sério, um pouquinho mais atrevido.
Gostaria, embora me considere uma pessoa excessivamente séria (quando não escrevo), de ter sido mais tolerante comigo mesmo e com as pessoas, mais brincalhão, menos emburrado.
Gostaria de ter sorrido muito mais, gargalhado até a exastão, até faltar fôlego!
Por isso, de cima dos quase 56 anos, com o aprendizado que a vida tem me oferecido (que não tem sido pouco), lhe ofereço de coração, não um conselho, quem sou eu! Ofereço-lhe uma sugestão - seja condescendente, seja complacente consigo mesmo, seja seu melhor amigo. Sorria mais, dê gargalhadas até perder o seu fôlego. Viva mais...
Não espere pela Doença de Parkinson, um Acidente Vascular, ou um Infarto para se arrepender do que deixou de fazer, enquanto podia...
Seja um cara bacana com você mesmo, faça dos limões que a vida lhe dá, uma limonada no ponto certo, do jeito que você gosta, geladinha, fresca, deliciosa!
Boa noite!
- Depende de quantos vão beber. Quantos vão repetir...
- Depende do gosto por mais azedo ou mais doce, de quem vai beber...
O número suficiente de limões para que a limonada fique boa, eu diria...
Quantos quilômetros uma pessoa precisa pedalar para aprender a andar com domínio sobre uma bicicleta? Muitos certamente. Aprender a pedalar é como aprender a viver, eu lhe afirmo.
É uma atividade que nunca termina, no entanto, viver e aprender a pedalar, são coisas às quais se acrescenta um pouco mais todo dia.
É uma soma diária de experiências, com uma diferença entre as duas atividades. Aprender a viver, depende de se ficar mais velho. Ao contrário, aprender a pedalar fica mais difícil com a idade.
A vida nos oferece todos os dias novas oportunidades de aprender a viver, algumas delas nos servem, outras nem tanto. O importante é saber que a recompensa dos cabelos brancos, da pele flacida e menos elástica, é a sabedoria de encarar a vida com outros olhos. Olhos mansos, que já viram e testemunharam muitas coisas.
Não só os olhos, mas todos os sentidos...
Aprender a brincar de viver!
Eu sinceramente, gostaria de ter aprendido a brincar de viver. Gostaria de ter tido essa capacidade de ser mais leve, menos sério, um pouquinho mais atrevido.
Gostaria, embora me considere uma pessoa excessivamente séria (quando não escrevo), de ter sido mais tolerante comigo mesmo e com as pessoas, mais brincalhão, menos emburrado.
Gostaria de ter sorrido muito mais, gargalhado até a exastão, até faltar fôlego!
Por isso, de cima dos quase 56 anos, com o aprendizado que a vida tem me oferecido (que não tem sido pouco), lhe ofereço de coração, não um conselho, quem sou eu! Ofereço-lhe uma sugestão - seja condescendente, seja complacente consigo mesmo, seja seu melhor amigo. Sorria mais, dê gargalhadas até perder o seu fôlego. Viva mais...
Não espere pela Doença de Parkinson, um Acidente Vascular, ou um Infarto para se arrepender do que deixou de fazer, enquanto podia...
Seja um cara bacana com você mesmo, faça dos limões que a vida lhe dá, uma limonada no ponto certo, do jeito que você gosta, geladinha, fresca, deliciosa!
Boa noite!
domingo, 28 de novembro de 2010
São Paulo também fura pneu!
Mardição malígrina como dizia o personagem de Chico Anísio, Bento Carneiro "o vampiro brasileiro".
Pinchei a mardição na saída da minha domingueira pedalística com o Paulo Pegorini e advinhem? Pneu furado, ou melhor, remendo furado.
Vocês já ouviram falar de remendo furado? Particularmente eu que pedalo faz alguns anos, nunca tinha visto tamanha precisão em furar pneu.
Aconteceu em Piraquara. E querem mais? Existe um protetor interno que se coloca entre a câmara de ar e a face interna do pneu, conhecido como Mister Tuff. Advinha quem estava usando Mr. Tufff? Vou dizer só as 2 primeiras letras de cada nome deste grande amigo meu "PP". Não adianta! Não vou mais dar dica nenhuma...
Se estivéssemos na antiga Roma, no tempo dos Césares, ele muito provavelmente seria conhecido como "Paulus Precisus"...
Sacanagens à parte, uma belíssima pedalada, cujo roteiro foi mudado de última hora por mim.
Era para irmos para Campina Grande do Sul de speed, mas acontece que resolvemos dar uma parada estratégica em Quatro Barras para um café e um queijo quente e conversa vai, conversa vem, sugeri voltarmos por Piraquara. Até porque se voltássemos por Campina Grande minha "mardição" não teria pegado.
Descobrimos uma particularidade de Piraquara, que além de abrigar a Penitenciária Central do Estado, além de ser área de preservação ambiental e ser o município onde se situam os mananciais de água da serra do mar, nossa pujante cidadezinha abriga também, nada menos do que 8 igrejas em sua avenida principal. Igrejas de vários credos, naturalmente, mas aparentemente, todas com o mesmo objetivo - arrecadar para os cofres de Deus. As coisas não devem andar bem no céu e a inflação e a crise monetária internacional deve ter chegado lá também.
Inspirados por essa realidade piraquarense, eu passo agora a me chamar Missionário R C Coelho e meu dileto amigo Missionário P Pegorini, da Igreja Mundial do Pedivela Quadrangular.
No próximo sábado faremos a corrente dos dois missionários, onde estaremos ungindo, com óleo santo da shimano, a sua bicicleta, meu amigo e minha amiga. Essa poderosa corrente é feita para afastar os encostos que furam remendos de pneu.
Venha com sua bike e não esqueça de trazer a carteira. Visa e Master também são aceitos. Cheques infelizmente, por ordem de Deus, não!
Deus os abençoe!
Pinchei a mardição na saída da minha domingueira pedalística com o Paulo Pegorini e advinhem? Pneu furado, ou melhor, remendo furado.
Vocês já ouviram falar de remendo furado? Particularmente eu que pedalo faz alguns anos, nunca tinha visto tamanha precisão em furar pneu.
Aconteceu em Piraquara. E querem mais? Existe um protetor interno que se coloca entre a câmara de ar e a face interna do pneu, conhecido como Mister Tuff. Advinha quem estava usando Mr. Tufff? Vou dizer só as 2 primeiras letras de cada nome deste grande amigo meu "PP". Não adianta! Não vou mais dar dica nenhuma...
Se estivéssemos na antiga Roma, no tempo dos Césares, ele muito provavelmente seria conhecido como "Paulus Precisus"...
Sacanagens à parte, uma belíssima pedalada, cujo roteiro foi mudado de última hora por mim.
Era para irmos para Campina Grande do Sul de speed, mas acontece que resolvemos dar uma parada estratégica em Quatro Barras para um café e um queijo quente e conversa vai, conversa vem, sugeri voltarmos por Piraquara. Até porque se voltássemos por Campina Grande minha "mardição" não teria pegado.
Descobrimos uma particularidade de Piraquara, que além de abrigar a Penitenciária Central do Estado, além de ser área de preservação ambiental e ser o município onde se situam os mananciais de água da serra do mar, nossa pujante cidadezinha abriga também, nada menos do que 8 igrejas em sua avenida principal. Igrejas de vários credos, naturalmente, mas aparentemente, todas com o mesmo objetivo - arrecadar para os cofres de Deus. As coisas não devem andar bem no céu e a inflação e a crise monetária internacional deve ter chegado lá também.
Inspirados por essa realidade piraquarense, eu passo agora a me chamar Missionário R C Coelho e meu dileto amigo Missionário P Pegorini, da Igreja Mundial do Pedivela Quadrangular.
No próximo sábado faremos a corrente dos dois missionários, onde estaremos ungindo, com óleo santo da shimano, a sua bicicleta, meu amigo e minha amiga. Essa poderosa corrente é feita para afastar os encostos que furam remendos de pneu.
Venha com sua bike e não esqueça de trazer a carteira. Visa e Master também são aceitos. Cheques infelizmente, por ordem de Deus, não!
Deus os abençoe!
sábado, 27 de novembro de 2010
Aquele mundo já não existe!
Falava de música. Ouvia música. Vivia música. Era um mundo de inocência e pureza. De sonhos bonitos e irrealizáveis...
Música, a combinação matemática de sons e tons. Pura mágica. Uma espécie de máquina do tempo que nos transporta em espírito e mente, longe, muito longe... Nos traz à realidade atual tudo que foi possível viver na época que ouvimos.
Ouvir "What a wonderful world", na voz de Louis Armstrong é uma experiência rara, tocante, comovente... Dependendo de como a ouvimos.
Fico pensando aqui no meu canto em quanta gente já se amou, beijou, brigou, jurou amor eterno e chorou as dores da separação ouvindo Stylistics, Nathalie Cole, Stevie Wonder, Smokey Robinson. Quanta gente!
Que turbilhão de emoções rolou através dessas vozes. Quantas lágrimas de alegria ou tristeza a Motown provocou em nós, com as suas maravilhosas "mellow tunes".
Falo de música. Ouço música. Vivo música. O mundo já não é mais aquele de anos atrás. No entanto estou aqui, musicalmente vivo, ativo e atento.
Vou lhes contar um segredo (embora alguns seguidores do blog já o saibam). Sou dj em um mundo virtual, um jogo chamado Second Life. É isso mesmo! A música para mim é muito, mas muito, muito importante. Posso dizer assim, que a música me alimenta, me diverte, me conduz, me alegra e alivia.
No próximo sábado vou trazer o Jahman Blessed, que é meu nome no jogo Second Life, para o mundo real.
Será meu debut como DJ, na festa do Gabriel, meu simpático e doce "neto torto". Gabriel completa seus 15 anos, filho da Camile em cuja festa de 15 anos toquei também, sem pretensões, mas com muito carinho.
Música, encanto, necessidade...
Um beijo em seus corações!
Bom domingo!
Música, a combinação matemática de sons e tons. Pura mágica. Uma espécie de máquina do tempo que nos transporta em espírito e mente, longe, muito longe... Nos traz à realidade atual tudo que foi possível viver na época que ouvimos.
Ouvir "What a wonderful world", na voz de Louis Armstrong é uma experiência rara, tocante, comovente... Dependendo de como a ouvimos.
Fico pensando aqui no meu canto em quanta gente já se amou, beijou, brigou, jurou amor eterno e chorou as dores da separação ouvindo Stylistics, Nathalie Cole, Stevie Wonder, Smokey Robinson. Quanta gente!
Que turbilhão de emoções rolou através dessas vozes. Quantas lágrimas de alegria ou tristeza a Motown provocou em nós, com as suas maravilhosas "mellow tunes".
Falo de música. Ouço música. Vivo música. O mundo já não é mais aquele de anos atrás. No entanto estou aqui, musicalmente vivo, ativo e atento.
Vou lhes contar um segredo (embora alguns seguidores do blog já o saibam). Sou dj em um mundo virtual, um jogo chamado Second Life. É isso mesmo! A música para mim é muito, mas muito, muito importante. Posso dizer assim, que a música me alimenta, me diverte, me conduz, me alegra e alivia.
No próximo sábado vou trazer o Jahman Blessed, que é meu nome no jogo Second Life, para o mundo real.
Será meu debut como DJ, na festa do Gabriel, meu simpático e doce "neto torto". Gabriel completa seus 15 anos, filho da Camile em cuja festa de 15 anos toquei também, sem pretensões, mas com muito carinho.
Música, encanto, necessidade...
Um beijo em seus corações!
Bom domingo!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Bike night ontem
Para os que não o conhecem, é meu filho. O Bike Night é um passeio ciclístico noturno que acontece há mais de 10 anos em Curitiba, cria minha sim senhor!
A idéia surgiu numa fria tarde de sexta feira em junho de 2.000. Eu trabalhava e, com frio comecei a pensar o que seria bom para esquentar. Logicamente bicicleta!
Convidei 3 ou 4 amigos e saímos do Jardim Botânico com direção incerta e decidida conforme o desejo, ou não de subidas. Direção incerta mas final certo - pizzaria!
O pedal foi ótimo e a pizza também. Decidimos repetir a dose na sexta seguinte.
Assim foi por alguns meses. Com o tempo começaram a surgir novos "passeadores" vindos de outros bairros e por questão democraticamente decidida, passamos a sair da frente do Shoping Müller.
Um ano passou e fomos descobertos pela imprensa, que fez uma matéria divulgada na TVE. Dai a coisa cresceu mesmo. Ganhou parcerias do SESC e depois da Prefeitura Municipal que coordena até hoje o passeio.
Do Bike Night tenho o orgulho de ser criador e condutor por 7 anos consecutivos. Foram 317 edições sob meu comando, movimentando ciclistas suficientes para encher cerca de 630 ônibus de 50 lugares. Percorremos nas 317 edições uma distância equivalente a uma viagem de Curitiba a Salvador, ida e volta e ainda de quebra uma esticada até Porto Alegre. É o meu filho e é o evento mais importante no ciclismo paranaense em numero de participantes, em regularidade e em segurança. Ao menos em segurança era na minha gestão. Tínhamos o índice de 0,01% de acidentes com fraturas em 317 edições, ou seja, era muito seguro.
Ontem fui lá conferir como a Prefeitura está tratando meu filho. Fiquei feliz de vê-lo crescendo saudável. Dos antigos, os dinossauros, muito poucos. Não preciso dizer que poucos me reconheceram. Não importa, afinal os filhos são assim, criados para o mundo!
Apareça por lá! O horário é 20h15min, saída do Largo da Ordem em frente à Sociedade Garibaldi, toda quinta.
Só mais uma coisa - não esqueça seu capacete!
Boa noite!
A idéia surgiu numa fria tarde de sexta feira em junho de 2.000. Eu trabalhava e, com frio comecei a pensar o que seria bom para esquentar. Logicamente bicicleta!
Convidei 3 ou 4 amigos e saímos do Jardim Botânico com direção incerta e decidida conforme o desejo, ou não de subidas. Direção incerta mas final certo - pizzaria!
O pedal foi ótimo e a pizza também. Decidimos repetir a dose na sexta seguinte.
Assim foi por alguns meses. Com o tempo começaram a surgir novos "passeadores" vindos de outros bairros e por questão democraticamente decidida, passamos a sair da frente do Shoping Müller.
Um ano passou e fomos descobertos pela imprensa, que fez uma matéria divulgada na TVE. Dai a coisa cresceu mesmo. Ganhou parcerias do SESC e depois da Prefeitura Municipal que coordena até hoje o passeio.
Do Bike Night tenho o orgulho de ser criador e condutor por 7 anos consecutivos. Foram 317 edições sob meu comando, movimentando ciclistas suficientes para encher cerca de 630 ônibus de 50 lugares. Percorremos nas 317 edições uma distância equivalente a uma viagem de Curitiba a Salvador, ida e volta e ainda de quebra uma esticada até Porto Alegre. É o meu filho e é o evento mais importante no ciclismo paranaense em numero de participantes, em regularidade e em segurança. Ao menos em segurança era na minha gestão. Tínhamos o índice de 0,01% de acidentes com fraturas em 317 edições, ou seja, era muito seguro.
Ontem fui lá conferir como a Prefeitura está tratando meu filho. Fiquei feliz de vê-lo crescendo saudável. Dos antigos, os dinossauros, muito poucos. Não preciso dizer que poucos me reconheceram. Não importa, afinal os filhos são assim, criados para o mundo!
Apareça por lá! O horário é 20h15min, saída do Largo da Ordem em frente à Sociedade Garibaldi, toda quinta.
Só mais uma coisa - não esqueça seu capacete!
Boa noite!
domingo, 21 de novembro de 2010
Dia dos amigos do Robertão
Hoje não tem post! Tem gratidão!
Boa noite
sábado, 20 de novembro de 2010
Quem são eles?
Existe no mundo materialista a crença de que quantidade significa riqueza, opulência ou mesmo um bom sinal de prosperidade. Pois estou para lhe dizer algumas verdades que tenho vivenciado, ao longo desses 55 anos, já dobrando a caminho dos 56. Ilusão é o que nos cerca...
Ilusão é uma arma poderosa. Os norte-americanos são mestres em ilusionismo. Me recordo que há muitos anos passados, eu estava quase embarcando para ir viver um período em Nova Iorque e, por curiosidade assisti na extinta TV Manchete, um belíssimo documentário chamado "América". O documentário, muito bem produzido, aparentemente sem tendências, enfim jornalismo sério, trazia uma América dos Estados Unidos, nua e crua.
Um dos assuntos que me chamou mais a atenção foi justamente esse - a ilusão norte americana, ou seja a forma toda própria que eles têm de criar uma porção, um quadrado de 4x4 metros, extremamente verde, um gramado sintético, de plástico, no meio da aridez do deserto de Nevada. Prático, não precisa molhar, não cresce mato e nem precisa cortar - ilusão.
Uma outra coisa passou a me incomodar, já vivendo lá, eram coisas que se encontrava no supermercado, como por exemplo bandejas de "crab meat" (carne de caranguejo). Uma ao lado da outra, com marcas diferentes e preços incrivelmente diferentes. Um dia parei para ler os rótulos de uma e de outra. Logo percebi mais um truque dos americanos. De cara vi em uma das embalagens "made with real crab meat" (carne de caranguejo de verdade) enquanto a outra, mais barata levava na composição farinha de peixe, farinha de trigo e alguns outros acidulantes, aromatizantes e outros pequenos "tricks" - ilusão.
A ilusão nos cerca a todo momento e é preciso estar atento. Não paranóico, mas atento.
Por algum tempo me iludi acerca de meus amigos, achava que tinha muitos, e tinha muitos "amigos". Mas isso era no tempo do Bike Night bombando, dos passeios de cicloturismo bem sucedidos e da popularidade que eu tinha na época.
Com as mudanças na minha vida, duras e irrevogáveis, passei a contrariar a crença de que quantidade é igual a riqueza - ilusão!
Amigos como os que tenho, verdadeiros, raros, poucos graças a Deus, são preciosidades de que não abro mão. Vou até o inferno chutar a bunda do capeta pelos meus amigos, os que ficaram. Eles sabem quem são, sem dúvida. Não é preciso citar nomes.
Declaro de hoje em diante, mais uma data festiva no meu calendário particular. Dia 21 de novembro, domingo - Dia dos amigos do Robertão!
Saúde a todos!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
De volta às musicas
Curioso refletir sobre as músicas ditas infantis, as inocentes cantigas de roda, ou pior, as de ninar.
Sambalelê tá doente,
Tá com a cabeça quebrada,
Sambalelê precisava,
é de umas boas lambadas...
Argh! O que é isso? Essa é só a primeira estrofe!
Primeiramente, o que, ou quem é Sambalelê. Convenhamos, o pai ou a mãe que dá um nome desses ao(à) filho(a), não pode ser normal. O pior é que Sambalelê nem ao menos pode justificar o mau gosto de seu nome na escola, por exemplo, dizendo que foi um engano do cartorário ao escrever no livro de registros. Sambalelê, não parece com nada aceitável como nome de pessoa.
"Ah meu nome era para ser Sambacanção, mas o cartorário..." Não dá não é mesmo?
Vamos adiante. Tá com a cabeça quebrada? Corre chama o SIAT, o SAMDU, manda fazer uma tomografia, pombas! E ainda vai precisar de umas boas lambadas? Socorro! Chamem a delegacia de proteção ao menor! Hm... Pensando bem, melhor não chamar não. Vai que recolhem Sambalê, "aos costumes", para uma FEBEM da vida? Ai sim complica!
Atirei o pau no gato-to,
mas o gato-to,
não morreu-reu-reu,
dona Chica-ca,
dimirou-se-se
do berrô do berrô,
que o gato deu...
JOPS! JOPS! O que é isso! Por favor, chama a Sociedade Protetora dos Animais e a 7ª DP... Interna o gato porque, coitadinho, levou a paulada. Põe no interrogatório a dona Chica de Tal. Pressiona a velha até ela dar "o serviço". E já que ela sabe, e nós sabemos que ela sabe, põe no pau de arara, dá choque, afogamento... Não me volte aqui sem essa velha fdp ter falado...
Se precisar pega umas "testemunhas" e faz uma "acareação".
Boi, boi, boi,
boi da cara preta,
pega essa criança,
que tem medo de careta...
Ora, vá pro inferno!
Boa noite!
Sambalelê tá doente,
Tá com a cabeça quebrada,
Sambalelê precisava,
é de umas boas lambadas...
Argh! O que é isso? Essa é só a primeira estrofe!
Primeiramente, o que, ou quem é Sambalelê. Convenhamos, o pai ou a mãe que dá um nome desses ao(à) filho(a), não pode ser normal. O pior é que Sambalelê nem ao menos pode justificar o mau gosto de seu nome na escola, por exemplo, dizendo que foi um engano do cartorário ao escrever no livro de registros. Sambalelê, não parece com nada aceitável como nome de pessoa.
"Ah meu nome era para ser Sambacanção, mas o cartorário..." Não dá não é mesmo?
Vamos adiante. Tá com a cabeça quebrada? Corre chama o SIAT, o SAMDU, manda fazer uma tomografia, pombas! E ainda vai precisar de umas boas lambadas? Socorro! Chamem a delegacia de proteção ao menor! Hm... Pensando bem, melhor não chamar não. Vai que recolhem Sambalê, "aos costumes", para uma FEBEM da vida? Ai sim complica!
Atirei o pau no gato-to,
mas o gato-to,
não morreu-reu-reu,
dona Chica-ca,
dimirou-se-se
do berrô do berrô,
que o gato deu...
JOPS! JOPS! O que é isso! Por favor, chama a Sociedade Protetora dos Animais e a 7ª DP... Interna o gato porque, coitadinho, levou a paulada. Põe no interrogatório a dona Chica de Tal. Pressiona a velha até ela dar "o serviço". E já que ela sabe, e nós sabemos que ela sabe, põe no pau de arara, dá choque, afogamento... Não me volte aqui sem essa velha fdp ter falado...
Se precisar pega umas "testemunhas" e faz uma "acareação".
Boi, boi, boi,
boi da cara preta,
pega essa criança,
que tem medo de careta...
Ora, vá pro inferno!
Boa noite!
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Atingimos as 10.000 visitas!
Atingimos 10.000 visitas nesse pasquim cibernético! Agradeço a todos que entram no meu dia-a-dia, que conhecem minhas insanidades através do blog. Por aqui dou vazão à máxima da amiga Yeda Feio - "Só é louco, quem não é!". Usando essa sabedoria "yediana" ponho todas as minhas angústias, meus medos, minhas alegrias, vitórias e conquistas para fora. Enfim faço uma tomografia da minha alma e a exponho para vocês, sem medo e sem recatos, apesar das porradas que tenho levado da vida, apesar de Mr Parkinson (essa mala sem alças).
Não tenho rabo preso com ninguém e não fui desmamado com garapa (frase do falecido delegado Braddock, que não faço idéia do que significa), portanto meto bronca nas minhas insanidades. Quer saber de mim? Quem sou? O que sou? A que vim? Leia-me! Já que estamos em clima de citações, cito a frase inscrita na Esfinge - Decifra-me, ou devoro-te! Trágico? Pode ser.
O que me leva a escrever? Uma unica coisa - Tesão pela vida... Gosto de viver, apesar de todos os apesares. Gosto de tudo o que faço porque procuro fazer tudo o que gosto e vou fazer enquanto o Mr. Parkinson permitir. Quando não permitir mais... Bem aí amizade com ele acaba e então vai começar uma briga das boas!
Gosto mesmo é de por a bunda no selim da minha bicicleta e sair por ai pedalando até ouvir a voz silente dentro da minha cabeça, dos músculos das minhas pernas gritando "PARA PORRA!!!! TÁ LOUCO???? Nesse momento, respondo com a mesma voz silente para eles "PARAR PORQUE? SÓ É LOUCO, QUEM NÃO É!!!
Boa noite!
ESTAMOS ATINGINDO 10.000 VISITANTES NO BLOG
FALTAM SÓ 9 VISITAS!!!
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
OBRIGADOOOOOO!
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
OBRIGADOOOOOO!
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Refletindo sobre musicas
Alguns de você que me aturam diariamente sabem que eu sou maluco por música. Os que não sabiam, agora já sabem.
Estive fazendo uma longa reflexão a respeito de algumas letras de música e, além de me perguntar, lhes pergunto:
Que merda significa o que cantamos ou cantávamos nessas músicas a seguir?
"Escravos de Jó,
jogavam caxangá,
tira, bota,
deixa ficar,
guerreiros com guerreiros,
fazem zig zig zá"
Vamos começar a análise dessas pérolas.
Jó deve ser alguém, no mínimo, contraventor da lei. Ora, todos nós sabemos que a princesa Isabel (a redentora) proclamou a Lei Aurea (seja o que isso for). Escravos são ilegais (ao menos é o que diz a lei). Duplamente contraventor, por ser incentivador do jogo de caxangá entre os seus, digamos assim "colaboradores". Cadê a polícia?
Aliás, alguém sabe me dizer como se joga caxangá? Ou o que é caxangá afinal?
Suponho que sejam os escravos de Jó, pertencentes a uma casta especial (GLS?), porque essa história de tira, bota, deixa ficar, nos dá margem a esse tipo de ilação, não acham? Ainda mais, considerando que são "guerreiros com guerreiros", quando poderiam ser "guerreiros com guerreiras".
Notem que essa última reflexão não tem conotação preconceituosa ou homofóbica. Trata-se apenas de uma mera reflexão.
E o tal do "zig, zig,zá"... Como é feito esse movimento?
Alguém poderia explicar?
....
Vou mais além.
"Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Uma vez tindolelê,
Outra vez tindolalá"
Tá! Depois dizem que o Manu Chao é maluco quando canta:
"O minha maconha
minha torcida
minha querida
minha galera
o minha cachoeira
minha menina
minha flamenga
minha capoeira"
minha querida
minha galera
o minha cachoeira
minha menina
minha flamenga
minha capoeira"
Ou será que nós é que somos malucos e ficamos cantando tudo isso sem entender, ou talvez, entender faz parte de outras partes de músicas, entenderam?
Eu não!
Boa noite
domingo, 14 de novembro de 2010
Sob os auspícios de São Pedalino matamos a velha Chica e detonamos o Seu Julio
Oito e meia da manhã, Pirabeiraba, Santa e Bela Catarina, aos pés da Estrada Princesa Francisca, mais conhecida como Estrada Dona Francisca. Eu, Paulo Pegorini e o Mário prontos para o desafio - subir a íngreme Dona Chica, depois descer a Estrada do Rio do Julio e finalizar em Pirabeiraba.
Partimos animados para o desafio. Começo light, ritmo bastante tranquilo por cerca de 40 minutos. Fomos seguindo.
Quando começou a subir, não houve mais trégua. Relação praticamente invertida, na frente 22 e atrás 32, como diriam os portugueses, BESTIAL!
Aprendi já há algum tempo que não existe subida intransponível. Tudo se resume a duas qualidades que o ciclista deve ter, paciência e determinação, o resto é força.
Após cerca de 1 hora subindo, a minha lombar fez um acordo com o nervo ciático para me desestimular. Geralmente essa é uma combinação que funciona muito bem contra mim. Mas não desta vez!
Percebi que se mudasse a posição sobre a bicicleta, a dor diminuía e começo a fazer variações de relação para poder pedalar em pé. Inacreditável como meu rendimento aumenta. Quando se pensa que se sabe tudo de ciclismo, vem alguma coisa nova para se aprender, fato que me remete à humildade, afinal nunca se sabe tudo.
Rompo lentamente a subida com energia, deixando meus companheiros alguns metros para trás. Um pequena parada no mirante para fotos e sandubas regados a glicodry e glicogel. Impressionante o resultado dos aditivos tipo BCAA (aminoácidos) e as glicoses.
Duríssima subida, mas nem nos passa pela cabeça desistir. O gosto da vitória ao chegar ao topo da Velha Chica é indescritível e comemorado com alegria por todos nós.
No entanto o Julio estava ainda por ser vencido. Entramos pelas duras subidas do começo da estrada. O desgaste da Chica começa a cobrar seu preço, somado a sol a pino de meio dia, fazem uma mistura nada gostosa.
Começam as descidas. São aproximadamente 11 quilômetros descendo em curvas rápidas e cotovelos com boa inclinação. Em uma dessas curvas com um bom declive a seguir, perco a frente da bike e ganho a seguir algumas escoriações no joelho esquerdo. Chão! Nada sério.
Infelizmente a Estrada do Rio do Julio, já não é a mesma de alguns anos atrás, rude, severa e técnica como a conheci. Penso na importância da ligação dessa estrada para os moradores locais e assim perdôo as máquinas que a tornaram "carroçável" de novo. Fizeram uma reforma na velha estrada! Mas estão perdoados.
O resto da aventura virá sob forma de fotos e um filme feito pelo Paulo com uma câmera presa ao capacete.
Parabéns ao Mário pela enorme conquista de subir a Chica pela primeira vez com a relação 48X38X28 na frente, coisa que abri mão no sábado, substituindo a da minha bike, que era igual, por uma 22X32X42. Parabéns ao Paulo, que mesmo podendo andar muito mais que eu e o Mário, soube ter a paciência e o companheirismo de nos esperar.
Obrigado à Lenice também, paciente companheira, que nos auxiliou o tempo todo no carro de apoio. Beijão!
Falei que íamos separar os homens dos meninos nessa subida da Velha Chica, no entanto percebi que acabamos juntando os homens que somos, ao meninos que ainda existem dentro de nós.
Bom dia!
Partimos animados para o desafio. Começo light, ritmo bastante tranquilo por cerca de 40 minutos. Fomos seguindo.
Quando começou a subir, não houve mais trégua. Relação praticamente invertida, na frente 22 e atrás 32, como diriam os portugueses, BESTIAL!
Aprendi já há algum tempo que não existe subida intransponível. Tudo se resume a duas qualidades que o ciclista deve ter, paciência e determinação, o resto é força.
Após cerca de 1 hora subindo, a minha lombar fez um acordo com o nervo ciático para me desestimular. Geralmente essa é uma combinação que funciona muito bem contra mim. Mas não desta vez!
Percebi que se mudasse a posição sobre a bicicleta, a dor diminuía e começo a fazer variações de relação para poder pedalar em pé. Inacreditável como meu rendimento aumenta. Quando se pensa que se sabe tudo de ciclismo, vem alguma coisa nova para se aprender, fato que me remete à humildade, afinal nunca se sabe tudo.
Rompo lentamente a subida com energia, deixando meus companheiros alguns metros para trás. Um pequena parada no mirante para fotos e sandubas regados a glicodry e glicogel. Impressionante o resultado dos aditivos tipo BCAA (aminoácidos) e as glicoses.
Duríssima subida, mas nem nos passa pela cabeça desistir. O gosto da vitória ao chegar ao topo da Velha Chica é indescritível e comemorado com alegria por todos nós.
No entanto o Julio estava ainda por ser vencido. Entramos pelas duras subidas do começo da estrada. O desgaste da Chica começa a cobrar seu preço, somado a sol a pino de meio dia, fazem uma mistura nada gostosa.
Começam as descidas. São aproximadamente 11 quilômetros descendo em curvas rápidas e cotovelos com boa inclinação. Em uma dessas curvas com um bom declive a seguir, perco a frente da bike e ganho a seguir algumas escoriações no joelho esquerdo. Chão! Nada sério.
Infelizmente a Estrada do Rio do Julio, já não é a mesma de alguns anos atrás, rude, severa e técnica como a conheci. Penso na importância da ligação dessa estrada para os moradores locais e assim perdôo as máquinas que a tornaram "carroçável" de novo. Fizeram uma reforma na velha estrada! Mas estão perdoados.
O resto da aventura virá sob forma de fotos e um filme feito pelo Paulo com uma câmera presa ao capacete.
Parabéns ao Mário pela enorme conquista de subir a Chica pela primeira vez com a relação 48X38X28 na frente, coisa que abri mão no sábado, substituindo a da minha bike, que era igual, por uma 22X32X42. Parabéns ao Paulo, que mesmo podendo andar muito mais que eu e o Mário, soube ter a paciência e o companheirismo de nos esperar.
Obrigado à Lenice também, paciente companheira, que nos auxiliou o tempo todo no carro de apoio. Beijão!
Falei que íamos separar os homens dos meninos nessa subida da Velha Chica, no entanto percebi que acabamos juntando os homens que somos, ao meninos que ainda existem dentro de nós.
Bom dia!
Assinar:
Postagens (Atom)