quarta-feira, 30 de março de 2011

Vaidade!

Não sou de repetir posts, mas esse de hoje no blog do Original Bike Night (http://originalbikenight.blogspot.com), vale a pena. Confiram:

Há alguns anos atrás assisti um filme muito bom, que fez um grande sucesso na época, "O advogado do diabo". O filme, muito bem dirigido e com grande elenco, provocou em mim algumas reflexões, a partir de uma das cenas finais, em que o diabo se confronta com o advogado.
Na cena mencionada o diabo pergunta ao advogado, se este sabia qual era o seu pecado preferido. O advogado diz não saber e o diabo arremata - "a vaidade".
Fazendo uma breve reflexão sobre o assunto, não é difícil reconhecer a potencial destrutivo da vaidade. É através da vaidade, que políticos se corrompem, é através da vaidade que muitas pessoas sofrem injustiças e é através da vaidade que temos essa vontade de "ter" ao invés de "ser".
O  que isso tem a ver com esse blog? Simples! Cabem aqui algumas perguntas: Porque precisamos ter 2 ou mais carros na garagem?
Porque não usamos a bicicleta para ir trabalhar, ou passear?
Porque temos sempre que criticar a inoperância da humanidade, com relação à nítida degradação da natureza, se não fazemos a nossa humilde parte?
O fato é que não existe até o momento em que escrevo este post, uma alternativa viável de transporte auto-sustentado, como a bicicleta. Só mesmo caminhar.
O trânsito de Curitiba e tantas outras cidades, é no mínimo caótico e as soluções encontradas, muito mais ainda. Para poder dar vazão aos milhares de carros que circulam por dia nas ruas, muitas vezes com um único passageiro, as alternativas são estreitar calçadas, alargar avenidas e cortar praças ao meio, a exemplo do que fizeram na pracinha do Batel, fazem alguns anos. Essas são soluções absolutamente analgésicas, pois não resolvem o problema, apenas aumentam ainda mais.
Sou a favor do alargamento das calçadas, sou a favor da extinção do trânsito no anel central. Acabem já com as ruas! Transformem já em calçadões!
Afinal a cidade é do cidadão, ou do carro do cidadão?
Quantos Tsunamis ainda veremos, quantos terremotos e "El Niños e La Niñas" teremos que presenciar?
Até quando poderemos tirar o espaço das pessoas para caminhar, em detrimento dos carros, que além de consumirem o petróleo, que é um recurso natural não renovável, poluem e causam os engarrafamentos nas grandes cidades?
Quando é que, finalmente vamos parar de reclamar contra a poluição e o caos no transito e fazer pelo menos a nossa parte?
Quando é que vamos entender que a vaidade, é uma coisa vazia, que não serve para nada, além de ser um pecado preferido?

Bom dia!

terça-feira, 29 de março de 2011

Curitiba - Orgulho

Parabéns Curitiba!

Nasci aqui e passei boa parte da minha vida aqui. Vi, nesses quase 56 anos de vida, muitas mudanças acontecendo na cidade, que não sei bem ao certo porque, era conhecida como "cidade sorriso".
Certamente não pela simpatia das pessoas que moram aqui. Aliás, na minha opinião, esse é o único reparo que eu faria a essa cidade tão agradável de viver.
Temos a fama de nos considerarmos acima da média brasileira em tudo, mas é só fama...
Curitiba tem sua personalidade própria inclusive no sotaque arrastado. A velha frase vale como exemplo: Lêitê quêntê, dói o dêntê. Temos também um vocabulário diferenciado em algumas palavras incomuns, por exemplo, piá, vina, raia e outras.
Uma cidade humana e humanizada, gentil e por incrível que pareça, acolhedora. Assim é a minha Curitiba, terra de muitas gentes.
Terra do Leminski, do Lápis, do Jaime Lerner, do Oil Man, da falecida Gilda, do Museu Itinerante dos Botões e do Bike Night... Terra do Largo da Ordem e seus bares, de Santa Felicidade e sua gastronomia italiana... Terra dos parques maravilhosos, como o Barigui, Tingui, Tanguá e tantos outros.
São tantas lembranças e tão ricas, que eu poderia passar o dia aqui escrevendo.
Entretanto a minha maior prova de amor a essa cidade, foi quando estava morando em Alberic, na Espanha. Eu sentia falta do cheiro da cidade!
Ainda gosto de caminhar no inverno, sentindo o ar frio entrando pelas narinas, à noite e pela manhã pisar a geada na grama e ouvir o gelo quebrando.
Lembro de uma frase deixada por alguém em um muro da cidade que exprime com precisão esse sentimento pela cidade e seu característico frio no inverno.
"Curitiba, nas tuas manhãs respiro a bruma das nuvens que dormiram com você!"
Parabéns minha querida!

segunda-feira, 28 de março de 2011

VI Congresso das Associações de Parkinson

Acabo de receber a confirmação do convite feito pela APASC - Associação de Parkinson de Santa Catarina, para participar do VI Congresso das Associações de Parkinson, nos dias 4, 5 e 6 de maio próximo.
Será uma grande oportunidade de passar a minha experiência de convivência com a doença, tendo como ponto de apoio a bicicleta.
A atividade física para o parkinsoniano, é fundamental para manter a musculatura flexível. O resultado do exercício fisico, além da flexibilidade muscular é a liberação de várias substâncias a nível cerebral, inclusive da dopamina.
A dopamina é um neurotransmissor, que passa a ser liberado em quantidades cada vez menores no parkinsoniano, causando a rigidez muscular, os tremores e o estado depressivo. A complementação da quantidade necessária de dopamina no parkinsoniano é feita por medicamentos de uso contínuo.
Na minha opinião, quanto menor a quantidade de remédios que temos que tomar, tanto melhor para nós mesmos, portanto se meu organismo ainda pode produzir dopamina naturalmente, por que não aproveitar?
Minha receita para estar de bem com a vida e com a doença é sem dúvida, atividade física! 
Faça o que consegue, sem colocar desafios ou objetivos maiores do que pode atingir. Vá conquistando e saboreando suas pequenas vitórias diárias.
Com o tempo e a sua persistência, você verá os resultados!


Boa semana!

sexta-feira, 25 de março de 2011

O Bike NIght voltou!

Após um luto de 3 anos e pouco, pela suposta perda de um filho que sempre foi o Bike Night para mim, na próxima semana reassumo o passeio noturno das quintas feiras em Curitiba. É um capítulo à parte na minha vida, como não chorar a perda?
O Bike Night tornou-se um marco na história do ciclismo paranaense! Nunca houve um evento ciclístico que permanecesse por tanto tempo ativo. Já são 11 anos, com recordes de frequência sucessivos.
Não posso dizer que é um segredo, pois é muito evidente! A chave do Bike Night, o porque do sucesso, é apenas amor, é curtição, é a alegria que dá no coração ver aquele pelotão de amigos e colegas, confraternizando em torno da paixão comum a todos - a bicicleta.
Infelizmente não poderei mais contar com a Celsis, que foi uma grande companheira, e com certeza faz parte dessa história maravilhosa. Celsis a você o meu grande respeito e gratidão por tudo que fez pelo Bike Night!
Foram tantas histórias maravilhosas... Houve um Bike Night de carnaval, fomos todos fantasiados, foi muito bom.
Como não chorar a perda de algo tão divertido, tão simples como pedalar...
Diziam os antigos, "Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe". 
O filho voltou e está de braços abertos me esperando, vou ao seu encontro com muita saudade, de um tempo bom que já está voltando...


Bom final de semana!

terça-feira, 22 de março de 2011

Teimosia!

Com sangue espanhol correndo nas veias e do signo de Leão? Como posso dizer que não sou persistente, para não dizer teimoso...
Continuo aqui do meu cantinho sempre rosnando e defendendo o que tenho por princípios e o que considero correto. Não sou de sair fazendo estardalhaço e nem de gritar pela consciência global. Tenho meu estilo próprio.
Uma das coisas que acredito com convicção é o uso da bicicleta como forma de ganhar saúde e economizar a natureza. E vocês sabem que eu sou a prova cabal de que bicicleta é saúde.
Li há pouco um belíssimo post no blog "voudepeta.blogspot.com", escrito pelo amigo Paulo Pegorini, sobre a estigmatização da figura do ciclista. Paulo observa com precisão essa questão de "rotulagem" na sociedade. Por exemplo, o cara anda de bike porque é pobre e não consegue, nem ao menos comprar uma moto.
Isso segue muito além do rótulo...
Para os motoristas, de um modo geral, o ciclista é aquele cara que devia andar de bicicleta em outro lugar, não na rua. Na rua ele atrapalha o trânsito!
Acontece que ciclistas como eu, que usam a bicicleta como meio de transporte, precisam usar as ruas também. Vou além... De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, as prioridades de preferência no trânsito, são pela ordem, os pedestres, os ciclistas, os motociclistas, automóveis e finalmente caminhões e ônibus. Portanto, temos que fazer valer nosso direito de não levar "fininhas" dos motoristas. Raramente perco a razão, sou daqueles que gostam de resolver suas pendengas pacificamente, tanto quanto possível.
Tenho para mim, que uma boa chamada à consciência funciona melhor que uns bofetões e até mesmo tiros.
Quando levo um fechada mais séria, procuro manter a calma e se puder alcançar o infrator, alcanço e lhe pergunto se ele(a) faria o mesmo se fosse seu filho que estivesse sobre a bicicleta. Costuma funcionar comigo!
Outro problema quanto ao uso da bicicleta, é que o governo não incentiva o uso. Sabe porque? Porque bicicleta só gera imposto no ato da aquisição, ou seja míseros IPI e ICMS. Não tem seguro obrigatório, não tem IPVA, nadica de nada!
Isso talvez seja a pior condição para que a bicicleta ganhe seu espaço merecido de meio de transporte auto-sustentado.
Enquanto o sonho de ver as pessoas ganhando mais saúde e socializando-se melhor, não acontece, continuo aqui no meu cantinho rosnando...


Boa tarde!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ausência

Uma vez mais estive ausente por alguns dias. Os motivos poderiam ser vários, sou criativo e poderia alegar uma série de razões, mas quando resolvi escrever esse blog, a proposta foi de ser transparente ao máximo. Parafraseando o ex-presidente Collor "doela a quien doela".
A razão do meu afastamento, foi uma duríssima crise de depressão. Estive por esse período, bastante deprimido. Entretanto, parece que quando estamos assim meio sem perspectivas, sempre surge um anjo da guarda para nos orientar. Quem assistiu a alguma das minhas conferências, sabe do que estou falando.
Na sexta feira da semana passada, recebi um telefonema do amigo Sérgio Riekes, me convidando para junto com ele, reassumir o Bike Night, passeio ciclistico, criado por mim há 11 anos atrás e que por causa da minha viagem para a Espanha, tive que deixar sob os cuidados da Prefeitura de Curitiba. Acontece que quando retornei e tentei reassumir o passeio que criei, não quiseram mais me devolver, obviamente.
O Bike Night, que teve seu nome mudado para Pedala Curitiba por questões de utilização do nome, vai mudar da quinta para a terça feira. Assim a quinta feira, que sempre foi o dia de sair o passeio, fica livre para recomeçarmos a atividade que nos deu muita satisfação de coordenar por 317 edições, cerca de 7 anos ininterruptos.
Para mim é algo assim como "a volta do filho pródigo"!

Vamos refazer o sucesso que sempre foi o Bike Night, sem a burocracia criada pelo Pedala Curitiba.
Nos próximos dias estaremos tentando conseguir um carro, para levar equipamento de som e servir de apoio durante a atividade.
Dia 31 de março recomeçamos firmes com o Original Bike Night, encontro às 20 horas e saída às 20h30.
Bom pedal!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Parabéns ao 12° Tabelionato de Notas!

Quem se serve da bicicleta como meio de transporte sabe a tralha que tem que levar junto.
Canivete alley, espatulas, câmara reserva, sacador de pino de corrente (nunca se sabe), bomba e para garantir mesmo, remendo e cola. Aí sim! Fechou! Fechou uma pinóia! Como diria minha mãe. Fechou uma pinóia! Não há pochete que feche com essa tralha dentro! E se fechou mesmo assim, não dou 2 dias para o ziper estourar. Sei do que estou falando!
Um pequeno, mas pesado ítem deixou de ser mencionado, a corrente e o cadeado.
Bom taí a tralha! Na rua você não fica! Mas e os carros... De cima pra baixo, de baixo pra cima, olha o pedestre! Uiii! Passou perto! Olha o ligeirinho!!!! (Ai já bate o desespero) Ficar na frente do onibus da  Linha Ligeirinho em Curitiba é insano, írracional, estúpido é suicídio!
Digamos que você sobreviveu a essa catarse e tem por missão levar um documento para reconhecer firma, ou qualquer outro serviço que o cartório presta.
Achou o cartório, procurou um poste livre e começou a tirar a corrente da pochete, e você já percebe o ziper da pochete começando a emperrar, começa a soltar a blocagem da roda dianteira.
Esse tópico merece um certo aprofundamento.
Porque tirar a roda da frente? Por que nunca vi ladrão de bicicleta andando por ai com meia bicicleta. Comigo não, que não dou mole pra bandido. Tiro sim! A roda da frente, o ciclocomputador e o selim.
Eu sou o homem tralha! Se você não está enxergando bem e pensou ter me visto no centro de Curitiba, a pé, tente se lembrar o que eu tinha na mão. Era uma roda de bicicleta? Se era, era eu mesmo!

Quando você chegou e começou a prender a bike no poste, você olha para dentro do cartório, e a visão celestial se descortina, ali diante dos seus olhos. Um para-ciclo (estacionamento de bicicletas) dentro do cartório.
Isso tudo se passou comigo hoje, e o cartório é o 12° Tabelionato de Notas, alí Rua XV, adiante um pouco do Guairinha. Em nome de todos os ciclistas que como eu, usamos a bicicleta como meio de transporte, agradeço pela comodidade oferecida aos ciclistas. É absolutamente louvável essa atitude, que deveria ser seguida por outros estabelecimentos. Precisamos acabar com essa pecha de que bicicleta é condução de pobre, e colocar na cabeça das pessoas, que é o mais efetivo meio de transporte auto-sustentado.
Parabéns ao 12° Tabelionato de Notas!

terça-feira, 8 de março de 2011

Carnaval acabou (para mim nem começou)

Ziriguidum, balacobaco e sambinnha no pé, eu peço licença e passo batido. Mas a histeria coletiva momesca, já estava ativada, há muito tempo. 
Pelo menos 3 meses antes do reinado de Momo, começa a busca por casa na praia... mais caro... mais barato... Tem de tudo! Mas nada garantido. Para garantir, só mesmo deixando um sinal de negócio, o que significa, contatar os interessados e ir providenciando a vaquinha para o sinal.
Isso implica em ligar para o cunhado, aquele boa vida, desempregado já fazem alguns anos. Implica também em um desgaste, que está apenas começando, pois a seguir tem que pôr o carro na revisão.
Certamente mais desgaste ainda, pois no carnaval passado o carro "ferveu" na serra e esqueceram de mandar arrumar. Muito bem, a conta da oficina sempre dá pra jogar no cartão. Então, manda lá e faz o que tem que fazer, depois se vê o que se faz. 
Chegou o grande dia! 
Com o carro já empacotado de quitutes diversos, cerveja, bóia de cavalinho, roupas de cama e o rancho feito graças ao vale-alimentação no supermercado, a estratégia seria infalível, sair de madrugadinha, lá pelas 6 da manhã. Certeza de estrada vazia, que é pra não se aborrecer!
Cinco e meia da manhã o representante absoluto da família, entra no carro, dá a partida no motor e começa uma torturante (ao menos para a rainha do lar) saraivada de aceleradas no motor. Essa frenética seqüencia de acelerações que é assim semelhante ao que os felinos fazem quando estão em busca de uma fêmea no cio, mijando por toda parte, para marcar seu território. E serve também para mostrar quem é que manda.
Saida conforme programado, até que próximo da marginal, a quantidade de luzes de freio acendendo adiante, é duas vezes maior do que o número de pessoas que tiveram a mesma idéia do "cabeça do casal". Ai, mo fio, é só rezar ppppra praga do carro não ferver de novo.
Duas horas depois, já estão a poucos metros do pedágio. Numa tentativa desesperada de tentar contrapor a sua realidade,que é o engarrafamento de cinco horas, o "patrão" pergunta à atendente - Quantas horas de engarrafamento? E a resposta ferina da moça, soando quase como um escárnio:
- Minimo de cinco horas...
Enquanto isso passa por ali um alegre grupo de ciclistas, a caminho da serra, para acampar. Não é uma alternativa?
Bem, resta ainda a alternativa de infartar na fila interminável do pedágio.

sábado, 5 de março de 2011

O mundo em que vivemos!

Essa semana eu o Jops e o Leandro participamos da manifestação pacífica de protesto contra os atropelamentos de ciclistas em Porto Alegre.
A saída do protesto organizado pela Massa Crítica - Bicicletada de Curitiba, foi organizada e bastante ordeira, pelos padrões da bicicletada.
Acabo de assistir no Youtube a revoltante cena de terror, que estou postando junto com este texto no blog. Algumas questões me vêm à cabeça após passado o choque das cenas fortíssimas, piores do que um filme de terror qualquer.
A primeira pergunta é bastante óbvia - O que leva um ser humano a agir dessa maneira estúpida? Os animais ditos irracionais, jamais agem com uma fúria como a demonstrada por esse sub-humano assassino. Os animais ditos irracionais, matam sim, mas para saciar sua fome, um fato bastante corriqueiro e que faz parte de um equilíbrio natural das espécies.
Tenho uma estratégia que uso toda vez que sou ameaçado por um motorista maluco tentando me fechar no trânsito, quando estou pedalando. Sempre que é possível pergunto a ele (a), se faria o mesmo se quem estivesse na bicicleta, fosse seu filho, filha ou irmão. Geralmente isso funciona muito bem, porque remete o motorista a uma reflexão, tirando-o (a) do embotamento causado pelo trânsito cada vez mais congestionado das cidades grandes.
Outro dia ouvi alguém dizendo, que a unica maneira eficaz de salvar o planeta da destruição, é extinguir a raça humana de uma vez só. Como foram extintos os dinossauros. Parece maluquice, mas é real. Quer salvar o planeta? Acabe como que o está destruindo - o homem.
Por que razão falamos tanto e fazemos tão pouco? Estamos pensando que enganamos a nós mesmos? Porque razão? O fim do mundo realmente deve estar muito próximo... Perdemos a noção da verdade e vivemos num mundo onde prevalece a ilusão criada por nós mesmos. E o pior é que acreditamos na ilusão criada, que para nós, a estúpida raça humana, é a mais pura expressão da verdade.
Quando vejo cenas como essa do atropelamento, sinto pena, sinto asco, e me envergonho de pertencer à raça criada com tanto desvelo pelo universo, a criatura mais perfeita de todas da face da terra, o homem.
Provavelmente esse assassino serial irá se beneficiar de algum dispositivo legal astutamente descoberto pelo não menos assassino, o seu advogado de defesa, e ficará impune, como tantos outros ja ficaram e ficarão.
Esse é o mundo em que vivemos!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Retorno às postagens

Retorno ao blog com meus pedidos de desculpas pela ausência compulsória, causada pela absoluta perda de tesão pela vida. Algo pegou valendo e não consegui mais escrever..
Quando pensei em escrever esse blog, a idéia foi de comentar aspectos interessantes da viagem para Porto Alegre e pouco a pouco, o blog foi se tornando uma espécie de diário pessoal meu, coisa de adolescente que eu nunca tinha feito antes, na época certa.
Quando percebi que o blog estava se transformando em diário, me propus a escrevê-lo da maneira mais transparente possível, relatando minhas idéias e meus pensamentos de forma clara, sem medo de expor minhas vísceras.
Quem sabe o que é isso poderá compreender melhor o que escrevo.
Não quero ser o exemplo do parkinsoniano que nunca se abate. Não quero ser o herói nem o anti-herói. Sou o que sou... Aprendiz da vida... Que aliás tem sido meio madrasta comigo. Mas isso é outro assunto...
O que desejo dizer na verdade, é que mesmo quem se supera vivendo intensamente e pedalando as distâncias que pedalo, apesar da doença, tem seus momentos de baixa, quando a depressão bate forte, como bateu nos últimos dias.
Tenho dado alguns testemunhos sobre a minha vida para muitas pessoas e, algumas me consideram uma espécie de herói da resistência ao parkinson. Pois vocês podem ver que sou igual a qualquer outro parkinsoniano, que se deprime e sofre com os efeitos da doença. O que me faz um pouquinho diferente é essa vontade inabalável de me pôr de pé, de continuar lutando e, dentro do possível, não me entregar nunca, experimentando viver o que meu corpo me permite, dentro dos seus limites.
Buscar meios de sair da depressão, que na minha opinião é o nosso maior inimigo, é muito importante, eu diria até, uma questão de sobrevivência...


Bom dia!