quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Terça foi dia de Boehringer

Viagem tranquila, com tratamento VIP e uma recepção muito boa, isso sem falar na troca de experiências entre eu e as outras duas convidadas.
A proposta era participar de um bate papo mediado pela competente Marta Cibeli,  jornalista e produtora do programa Domingo Espetacular, da Rede Record.
Estávamos todos muito à vontade pela calorosa recepção dos representantes do Laboratório Boehringer, que participavam de treinamento ministrado pela empresa.
O objetivo da nossa presença era dar a conhecer aos representantes do laboratório, apectos do dia-a-dia de quem convive com a Doença de Parkinson.
Tenho certeza, pela maneira que foi conduzida a entrevista, que todos saíram de lá bem satisfeitos, inclusive nós que fomos entrevistados, pela troca de experiências em conversas que tivemos fora do evento. Nessas conversas cheguei à conclusão que não sou o único que de vez em quando, esquece de tomar uma dose de remédio, geralmente a última do dia. Parece que uma boa parte dos parkinsonianos, tem esse problema, ao menos pelo que conversamos.
Chegando em casa recebi uma ligação da Dalva, de Campinas, me perguntando como tinha sido o encontro.
Enfim foi uma  grande oportunidade para nós todos, no sentido de expor aos representantes, a nossa convivência diária com a doença.
Parabéns à Boehringer-Ingleheim pela iniciativa e o nosso agradecimento especial, ao Tadeu Arcolini e Monique Mazzaron.
Até amanhã!

domingo, 8 de agosto de 2010

Evento dos Laboratórios Boehringer na terça feira

Salve!
Amanhã, segunda feira, embarco para São Paulo a convite do Laboratório Boehringer. Na terça participarei de um debate mediado por uma jornalista, com o tema - auto-superação.
Será uma belíssima oportunidade de poder falar da minha viagem a Porto Alegre.
Volto na terça à  noite.

Abraços e até

sábado, 7 de agosto de 2010

A subida da Estrada do Cerne

Acordei, para variar, meia hora antes do despertador... O programa combinado com o Paulo era subir a Estrada do Cerne, a antiga ligação entre a capital do estado e o norte do Paraná. Sabia que não seria fácil, mas como sabem, sou chegado em um desafio.
Muito bem, são 4 da manhã estou revisando tudo que preciso levar. Tudo pronto!
São 5 horas e estou no horário. O encontro será as 6 horas no posto de combustível na Rua Holanda com México. Visto luvas de borracha sobre as de ciclismo, numa tentativa insana de não sentir frio nas mãos.

Saio de casa e imediatamente sinto o frio da madrugada. Em meio à bruma do dia nascendo, parto em direção ao ponto de encontro.
O frio é cruel! Minhas mãos já não sentem os gatilhos do rapid fire para trocar as marchas! Doem como se estivessem espetando agulhas nelas.
Sigo pelo alto da XV, quando sinto algo cair de um dos bolsos. Paro e vejo um carro acabar de atropelar meu celular. Estarrecido, grito com o motorista, que passa por mim devagar, olhando para mim sem entender. Assassino, remôo com meus velcros! Vou até ele ... com um nó na garganta e por um momento passa por minha cabeça, quantas vezes ele me foi útil. Agora ele jaz alí, com a bateria totalmente carregada, mas ... Já não toca mais a alegre musiquinha ... Já não tem face, pois foi completamente desfigurado, seu LCD já não funciona mais. Recolho seus 3 pedaços e uma lágrima percorre minha face...
Prometo-lhe em pensamento providenciar um enterro digno! 
Seguindo adiante ainda chocado pela perda do meu leal celular. Chego ao posto entendendo perfeitamente os esquimós...
Espero o Paulo e ele não vem. Estranho pois já são 6h20 e o Paulo não costuma atrasar. O que pode ter acontecido? Como que por milagre, o falecido celular ressuscita! Olho para ele incrédulo! O ultimo sopro de vida se vai com o Paulo me falando que estou no posto errado.
Ele vem ao meu encontro e seguimos. O frio é insuportável, mas vamos lá, o dia já vem.
Na subida da pedreira já sinto que não estou bem para pedalar. O Paulo abre grande distância de mim e chego lá em cima, com os bofes de fora. Não consigo entender.
Descemos por uma rua com remendos de anti-pó na fila, esperando para entrar na rua, desde as 22 horas do dia anterior.
A seguir, viria o segundo sinal do meu anjo da guarda. Ouço um onibus chegando próximo de mim e ponho a bicicleta bem próximo do "degrauzão" do asfalto da rua, para o acostamento que  por alguma razão desconhecida, não estava ali naquela hora. Decerto tinha ido tomar um cafézinho para esquentar o frio. Acontece qeu cheguei próximo demais do degrauzão evamos ver se você acerta, marcando uma das opções:


a) (    ) Robertão "Pudim de Leite" Coelho no chão.
b) (    ) Robertão comeu um cheese salada no chão.
c) (    ) Não aconteceu nada.
d) (    ) Nenhuma das alternativas.


Você está rindo.é? Foi assim - "Estou em cima da bike... Estou no chão". O segundo prejuízo foi um pernito com apenas 800 km rodados, furado no joelho esquerdo. Por falar nisso, não sei se vocês sabem, mas tenho essa tendênica esquerdista. Sempre caio sobre o lado esquerdo. Tanto que meu joelho esquerdo tem, digamos assim, um calo de tanto cair para esse lado. 
O meu rendimento? Bom após pedalar o que pedalei na semana anterior, poderia classificá-lo como, deixa eu ver a palavra certa... Isso! MEDÍOCRE!
Medíocre mesmo! Cada vez que ameaçava subir, eu não aguentava e lá ia eu para o pratinho e o coroão. Que nojo!
Bem ao menos tinha o descidão da Manoel Ribas, onde ela passa perto dos motéis.
O que? Como assim que motéis? Você sabe sim...
Bem voltando ao tema - a descida. Nessa descida tem curvas e as curvas fecham de repente. Minha bike começou a escapar de frente. Imagine a cena em slow motion. A minha cara de pânico sentindo a bicicleta seguir em direção a... espere um pouco, deixa eu achar a imagem certa para descrever isso... Hum deixa eu ver... Camelo!  Isso mesmo, o morrinho de 1 metro e pouco de altura parecia com corcovas de um camelo. A coisa era mais ou menos assim, se  eu passasse pelo primeiro morrinho, o segundo já estava colocado estratégicamente para o "tombaço" maravilhoso do Robertão, digno de Guiness Book! Pois acreditem! Fechei os olhos e naquela fração de segundo que antecede a cara no chão, rezei para todos os santos que conhecia. Alguns deles mesmo, ainda não conhecia, mas tive a satisfação de ter sido ajudado até por santos desconhecidos. Sinceramente ia ser de F*. Abri os olhos e ví meu anjo da guarda p* da cara comigo, fazendo sinais para eu voltar para casa. Fiz um "positivo" com o polegar e continuei... me arrastando...
Chegou a um ponto que falei para o Paulo que não ia dar mesmo! Decidi voltar por Campo Largo. Eu me sentia desconfortável sobre a minha própria bicicleta. Não estava seguro. Sentia-me fraco.
Foi então que decidi parar, já na BR 277 em Campo Largo, no posto da Rodonorte. Pedi que me tirassem a pressão arterial. Bingo! 10 x 5! 
Explicado! 
Até amanhã!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Desculpem a ausência!

Pela primeira vez fiquei um dia sem postar! Senti muita falta de estar na estrada. As experiências que vivi foram muito intensas e inesquecíveis.
Quero agradecer ao Hugo e ao Milton de Porto Alegre, pela sua presença na minha chegada a Porto Alegre. Felizmente tive os dois para me receber. Eles foram os únicos representantes da associação local. Obrigado pelo post Hugo, continue firme e pedalando!
Amanhã pego uma pedreira para não perder a forma. O Paulo me convidou para subir a estrada do Cerne até Ponta Grossa, aproveitei e liguei para o Rogenio para articularmos o Audax 200 de PGO.




Boa noite e até amanhã

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

O maior muito obrigado ficou para o final!

Paulo Eugenio Pegorini, muito mais que amigo, muito mais que irmão, Deus o abençoe e o conserve meu amigo!


Muito obrigado

Esperei chegar a Curitiba para dizer isso!

Tudo o que fiz foi um grande ato de amor pelos que como eu, sofrem da Doença de Parkinson. Em Joinville, em Florianópolis, em Araranguá e em Porto Alegre, encontrei parkinsonianos em variados estágios da doença. Sei que minhas palavras contando minha trajetória de convivência com a doença, tocou-lhes fundo o coração, assim como muitos deles tocaram o meu coração.
No post de ontem,  o título tinha um erro. Escrevi ACABOU! Eu estava enganado, porque refletindo sobre a minha viagem, percebi que o "acabou" significa na verdade COMEÇOU!
Minha vida tomou, a partir dessa viagem uma nova direção. Farei o possível daqui para frente, para fazer mais dessas viagens, com a finalidade única de levar amor e esperança aos que sofrem dessa doença.