segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Domingo tem pedal amistoso!

Domingão tem pedalada. Vamos dar a Volta na Represa do Passaúna. Saída as 06:00 hs e a segunda saída do Angeloni, as 7 horas (viu jops e adjacências...). Percurso amistoso, serão 71,62 km total, com 439 metros de aclive acumulado. Somente três subidas categorizadas, mas no nível 5, que é o mais baixo. Pra variar, sairemos da esquina da Theodoro Makiolka com a Av.Paraná, com um tempo estimado em no máximo de 6 hs. de pedalada ( não quero perder o sorteio do bife ).
(fonte: http://voudepeta.blogspot.com)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pedal legal com o JOPS

Eu não estava no dia, a gripe pegando forte, mesmo assim insisti e fui! Encontro com o JOPS no local combinado, a casa dele. Alguns minutos e estavamos a caminho da João Bettega, descendo em direção a Araucária.
Na subida do Portal Polonês comecei a sentir o efeito da gripe. Tinha pensado em suar um pouco para combatê-la, mas a história foi outra.
Fui enfraquecendo a força nos pedais e confesso que cheguei em casa de volta "de arrasto".
O que valeu foi a companhia do JOPS, já que o pastor Mário amarioelou (que horrivel essa), dizendo que tava calor, que não gosta de suar, que a base ia escorrer toda no rostinho. Ara rapá, tome tento!
Voltando ao JOPS, descobri que a paçoquinha entrou em sua vida, na mais tenra idade. Sua mãe já ministrava boas doses de Q-Big (essa era a marca da paçoquinha melhor que havia nos anos 70) na mamadeira do pequeno JOPZ. Vem daí a adição à paçoquinha. Para celebrar paramos na João Bettega na volta, para o ritual de degustação da raríssima paçoquinha com adição de açúcar mascavo. Manjar dos Deuses! A paçoquinha fica com sabor mais encorpado, principalmente se for produzida com amendoins da Indonésia, colhidos na lua certa, que é a cheia. Pois tomei uma aula de paçoquinha e como sei que o JOPZ nunca perde meus posts, proponho aqui a fundação do Clube de Degustação de Paçoquinhas Base UM, onde os paçoquinhófilos poderão trocar experiencias paçocais.
Isso aí, domingo de pedal xoxo para mim, mas cheio de  bons papos do grande amigo JOPZ!


Até amanhã

sábado, 29 de janeiro de 2011

Domingão tem pedal!!!

Uêba!!! Domingo especial amanhã! 
O amigo Jonatan Israel, comentarista oficial do parkinsonlimonada, o paçoquinha-man, mais conhecido como "Jops" estará envergando as cores da Igreja Mundial do Pedivela Quadrado, rumo à pujante cidade de Guajuvira, adiante de Araucária.
Há muito que eu e o Missionário J. Israel  não pedalamos juntos. Essa será uma excelente ocasião para trocarmos receitas de paçoquinhas e falarmos amenidades. O Reverendo Mário estará presente também, enriquecendo a pedalada, com suas maçãs, que diga-se de passagem, ninguém aceita. Fico aqui imaginando que ele coma torta de maçãs a semana inteira.
Como diria o Galvão:
- Bem amigos do parkinsonlimonada, depois eu conto o que rolou...


Cicloabraxos



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ainda o Cronomet

Quando comecei a tomar remédios para a Doença de Parkinson, o primeiro medicamento foi o Prolopa 100/25, depois passei para o Prolopa 200/50.
Usei o Prolopa, por pelo menos 20 anos, o que certamente foi acumulando resíduos do medicamento no meu corpo, imagino eu.
Chegou a um ponto de ter que reduzir a dose, fracionando o comprimido em 1/8, para que os indesejáveis movimentos involuntários, as discinesias, fossem menos intensas. Mesmo assim foi um período difícil.
O Dr Paulo Jacques, meu neurologista, prescreveu então o Cronomet 200/50, um medicamento novo na época, com a mesma formulação do Prolopa, mas com a diferença da dispersão, ou absorção lenta pelo organismo. Comecei tomando 1/2 comprimido 4 vezes ao dia, associado ao Sifrol 1mg.
O resultado foi surpreendente! Voltei a ter a vida de antes e as discinesias, tornaram-se coisa do passado.
Acontece que o Cronomet, foi retirado do mercado e substituído por um breve período, pelo Duodopa, que também acabou sumindo.
A solução, obviamente foi retornar ao Prolopa e às discinesias. Existe um medicamento da Roche, o Prolopa HBS, que, a exemplo do Cronomet, é de liberação ou absorção lenta pelo organismo. O problema é fracionar as doses, já que o Prolopa HBS é encapsulado, ou seja, uma única dose por cápsula, o que no meu caso de nada adianta. É tomar e as discinesias começam, principalmente na primeira hora ou hora e meia após a ingestão.
Pensando em como resolver o problema, já que o interesse econômico da MSD não me deixou alternativa, falei com a minha amiga e farmacêutica, Carla Matsue, da Humana Farmácias Integradas, e ela gentilmente fracionará as doses do Prolopa HBS 100/25 em cápsulas de forma que eu terei metade da dose a cada ingestão da medicação. Hipotéticamente deverá funcionar. Depois lhes conto o resultado.
Agora pergunto: 
- É possível ter-se que fazer uma manobra desse tamanho, para ter meu bem estar físico assegurado?
Francamente....


Boa noite!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cronomet

Recebi hoje da Merck, Sharp & Dohme o e-mail resposta a uma questão formulada por mim, sobre o desaparecimento do medicamento Cronomet, ao qual eu e certamente centenas de brasileiros estavamos muito bem adaptados. O medicamento é de uso continuo, portanto deveria não sofrer desabastecimento temporário.
Chamo a sua atenção para dois detalhes. O primeiro; o medicamento de uso continuo Cronomet, deveria voltar a ser distribuído pelo governo, como já foi anteriormente. Falo aqui de um direito já adquirido.
Estranhamente o e-mail diz que o remédio voltará a ser comercializado somente na Arpmed através de um telefone 0800.
Cabe a pergunta - Por que? Que privilégio é esse? Centenas de dependentes do Cronomet, estarão à mercê do capitalismo selvagem?
Fiz uma longa pesquisa a respeito da falta do Cronomet no mercado, que aliás, já falta nas farmácias e associações de parkinson há mais de ano. Reclamações feitas por várias associações de parkinsonianos para a indústria, como as do Paraná e a própria Associação Brasil Parkinson de São Paulo, resultaram em um doloroso vazio.
O segundo detalhe está destacado em letras vermelhas no rodapé do email...

Boa noite!


"Sr. Roberto

Agradecemos o seu interesse pelos produtos e serviços MSD.
Em atenção ao seu contato, informamos que CRONOMET® (CARBODOPA/LEVODOPA, MSD) está, no momento, com um desabastecimento temporário e voltará a ser comercializado somente na Arp Med, através do telefone gratuito 0800 7711 564, no final de fevereiro. 
Lembramos que medicamentos nunca devem ser utilizados sem prescrição médica. Toda a informação disponibilizada pela empresa tem referências científicas, porém aconselhamos que sempre procure um profissional de saúde. Sua experiência e contato direto com o paciente possibilitam uma melhor orientação sobre seu questionamento.
Caso precise de algum esclarecimento adicional, estamos à disposição pelo telefone gratuito 0800 012 22 32, pelo e-mail online@merck.com ou por nosso endereço na Internet: http://www.msdonline.com.br.
Atendente:  Andrea
MSD On Line

A Merck & Co., Inc e Schering-Plough Corporation uniram-se para formar uma nova empresa: a MSD, uma companhia presente em mais de 100 países, dedicada a melhorar a vida das pessoas por meio de uma linha diversificada de medicamentos, vacinas e produtos para a saúde humana, além de produtos para saúde animal."

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Campinas e região, tô indo!

Dia 17 de fevereiro, estarei seguindo para São Paulo a convite da Associação de Parkinson de Campinas, através da sua presidente Dalva Molnar.
O convite muito me envaidece, pois representa, de certa forma, a continuação de um projeto que visa em primeiro lugar, o bem estar dos que sofrem da Doença de Parkinson.
Já mencionei várias vezes, mas é sempre oportuno lembrar que a minha convivência com a doença já está caminhando para 31 anos, o que na minha opinião, por si só, é um fato raro. Essa formula de vivenciar essa dura doença com leveza, foi alcançada por mim graças a um esforço enorme e muito, muito amor pela vida.
Essa maneira irreverente de brincar a vida, já me serviu e muito. Muito me alegro de ter conseguido atingir essa marca tão expressiva e além do mais poder ainda pedalar longas distâncias com minha bicicleta. Treino todos os finais de semana, distâncias sempre superiores a 50 km e estou intensificando os treinamentos que a partir dessa semana passaram a ser diários, para o grande desafio de abril, certamente a mais dura pedalada da minha vida até hoje, com meu amigo e irmão Paulo Pegorini. Uma viagem ao Rio Grande do Sul, por estradas vicinais, de saibro em sua maioria, terreno para mountain bikes, o que não é coisa para amadores e nem curiosos.
Essa alegria que sinto em viver, apesar dos percalços dos últimos anos, essa gana de não me deixar ser vencido, precisa ser passada a outros que sofrem dessa terrível doença degenerativa. Esse é o grande propósito desse projeto que embora não vise lucros financeiros, oferece lucratividade sob forma de melhoria de qualidade de vida, aos que assistem às conferências como as que irei apresentar em Campinas e região.
As conferências nada mais são do que o desenrolar da minha vida, contada sob uma ótica bem humorada, com alguns exemplos práticos do que fiz e que qualquer pessoa que tiver olhos e ouvidos para ver e ouvir a minha exposição, pode alcançar também.
Espero que esse exemplo de visualização do bem estar dos associados de Campinas, promovido pela Dalva Molnar, seja uma pequena semente no coração de cada um dos doentes que assistirem à conferência e se multipliquem pelas outras associações do Brasil.
Não sou dono da verdade, mas posso afirmar que para mim, essa maneira de ver a doença funciona perfeitamente bem. A prova disso é a minha história que pode ser encontrada facilmente na internet, se for digitado no Google "Roberto Coelho ciclista". Simples como isso mesmo!
Espero que seja uma visita bastante proveitosa para os que assistirem as conferências de Campinas, Piracicaba, Jundiai e Águas de São Pedro (a confirmar).
Um grande abraço a todos os meus irmãos de doença.
Lembro ainda para encerrar esse post, a frase que fecha o clip recente que montei para as conferências em São Paulo, "Podemos viver bem, enquanto a cura não vem!" 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Andar de bicicleta ajuda no diagnóstico de DP

Pesquisa realizada por médicos do Centro de Parkinson de Nijmegen, na Holanda, indica que neurologistas que examinarem um paciente com sintomas iniciais de Mal de Parkinson deveriam fazê-lo andar de bicicleta antes de concluir seu diagnóstico. O estudo foi publicado na revista The Lancet desta sexta.
Distinguir entre pacientes com Parkinson e portadores de uma doença conhecida como Parkinsonismo Atípico é muito importante, porque as duas condições possuem diferentes causas e tratamentos.
As duas partilham de sintomas parecidos, incluindo o tremor dos membros, os movimentos lentos e a rigidez muscular. No entanto, às vezes até mesmo a avançada tecnologia médica é incapaz de distinguir uma doença da outra.
Mas, segundo os pesquisadores, fazer o paciente andar de bicicleta pode proporcionar um diagnótico mais eficiente - e barato. De acordo com os médicos, um portador de Parkinson comum geralmente tem uma incrível habilidade de andar de bicicleta, pois apresenta poucos problemas no equilíbrio e nos movimentos rítmicos exigidos pelo pedalar.
Esta tarefa, no entanto, exige mais esforço em pessoas portadoras do Parkinsonismo Atípico, termo que envolve uma série de síndromes como paralisia muscular supranuclear progressiva, atrofia sistêmica múltipla e degeneração córtico-basal.
O Mal de Parkinson tem origem na morte celular numa parte fundamental do cérebro chamada substância nigra, que é uma porção heterogênea do mesencéfalo responsável pela produção de um neurotransmissor, a dopamina.
O tratamento padrão neste caso é uma droga chamada levodopa, que o cérebro converte em dopamina. Mas o tratamento não é efetivo ou não funciona quando se trata de Parkinsonimo Atípico.
Os médicos holandeses testaram sua teoria em 111 pacientes com sintomas parkinsonianos e que eram capazes de andar de bicicleta no início da pesquisa. Ao fim do estudo, 45 dos pacientes foram confirmados com Mal de Parkinson e 64 com Parkinsonismo Atípico.
Durante os 30 meses que foram pesquisados, apenas dois dos 45 pacientes com Parkinson pararam de andar de bicicleta, mas do grupo de 64 pacientes diagnosticados com o Parkinsonismo Atípico apresentaram incapacidade de continuar pedalando.
"Sugerimos que a perda de capacidade de pedalar depois do estabelecimento da doença pode servir como um novo sinal de alerta, indicando a presença de Parkinsonismo Atípico", afirmam os pesquisadores em sua carta.
Fonte Folha de Londrina

O rádio de pilha

Poucas coisas são mais bucólicas que o som de um rádio de pilhas passando ao longe. Aquele ruído de rádio AM, tão distante de nossos dias onde os mp3 imperam.
Ontem à noitinha alguém passou em frente à casa onde moro com um rádio desses.
Ouvi o som e imaginei em uma velha barra circular da Monark, um rádio "transistorizado" amarrado no bagageiro. Cena pouco comum de se ver e ouvir nas cidades grandes e relativamente comum aqui em Colombo.
Aliás Colombo é uma espécie de memória viva de coisas que já não acontecem no dia-a-dia de Curitiba.
Crianças empinando pipas, donas de casa molhando o jardim com mangueira no final do dia e os cavalos que passam às vezes em frente de casa com o "clop-clop" das ferraduras tocando o asfalto, sem falar no boi sendo recolhido pelo dono, britanicamente no mesmo horário, quando volto de Piraquara trazendo a Lenice para casa.
Tudo, ou quase tudo aqui, acontece em um ritmo mais lento e menos neurótico.
Lembrei da belíssima frase de Antonio Olinto, um grande batalhador do uso da bicicleta, que diz sábiamente:
"Só tem a real dimensão do tempo, aquele que segue a pé, no máximo de bicicleta, o resto é pressa".
O mundo nos tira, nos dias atuais, a real dimensão do tempo. Os processadores nos computadores, a cada novo lançamento, prometem uma velocidade cada vez maior de acesso à informação. 
Essa pressa institucionalizada, nos rouba do nosso centro. Já não temos noção do que pode causar um impacto do nosso carro quando estamos a 140km/h, e assim arriscamos andar a 150 ou 160 km/h...
Recordo que quando roubaram o meu carro, fazem alguns anos, imaginei minha vida transformada num caos. Entretanto, graças à nossa capacidade de adaptação, a bicicleta preencheu perfeitamente, apenas com algumas readaptações, o lugar do carro.
Fiquei muitos meses sem andar de carro e sendo assim, a maior velocidade que vivenciava, eram os 45 a 50 km/h, conseguidos com algum esforço em descidas, na minha bicicleta. 
Um dia precisei pegar uma carona de carro e a sensação de andar a 80 km/h, dentro da cidade, foi terrivel, angustiante, apavorante...
Me dei conta do embotamento causado pela velocidade naquele dia.
Seria interessante, bastante utópico, mas absolutamente saudável propor uma inversão global de tecnologia. Por exemplo, os carros usarem motores cada vez menos potentes e os processadores cada vez mais lentos.
Talvez essa proposta absolutamente insana para os padrões atuais, nos trouxesse de volta ao contato com nossos corpos e nos fizesse novamente ouvir rádios transitorizados calmamente no final do dia, observando as nuances de cor nas folhas das árvores, provocadas pela luz do sol se pondo, criando milhares de tons diferentes de verde, que se transformam a cada segundo, num desafio invencível para qualquer placa de video.
Bom dia!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mr Parkinson

Mr Parkinson é uma mala sem alça, sem rodinhas, de papelão e é para ser carregado em dia de chuva. Dá para ter uma idéia?
Mr Parkinson, limita, anula sua vontade de reagir, baixa sua auto-estima, faz você sentir-se um estranho no ninho.
Mr Parkinson é uma merda!
No entanto, como em tudo nessa vida é dual, Mr Parkinson ensina a buscar viver melhor. Buscar qualidade de vida apesar dele, é uma constante, ao menos em minha vida. 
Luto com as armas que tenho e conheço para não me deixar levar pelo "comum". Minha vida foi sempre marcada pelo não aceitar "que as coisas sejam assim", porque "sempre foram assim"...
Quero experimentar, quero viver tudo o que puder enquanto puder. O único risco que faço questão de não correr na vida, é o risco de não ter vivido algo que tenha tido vontade de viver.
Se eu fosse escolher uma palavra para me definir hoje, essa palavra seria "intensidade". Mergulho fundo em tudo o que faço e confesso que tudo tem seu preço. Às vezes me dou mal... Mas também ninguém nasce com manual de instruções, não é verdade?
A vida está ai, radiante, cheia de possibilidades, para ser vivida e desfrutada, com ou sem Mr Parkinson.
Descobri faz algum tempo em minhas observações sobre a vida que a Doença de Parkinson é muito desleal, pois à medida que perdemos nossa vitalidade pelo avanço da idade, a progressão da doença, age inversamente, aumentando suas caracteristicas e sintomas. O que me remete a ser firme, tentar me disciplinar e ser mais forte a cada dia que passa. Buscar conforto nos amigos é uma boa alternativa. Socializar e estar com gente que você ama é muito importante.
Sei que um dia, provavelmente serei vencido pela doença, mas enquanto esse dia não chega, estou aqui, vivo e vivendo, cada minuto, cada precioso minuto, porque com parkinson, ou sem parkinson, minha sina é ser intenso em tudo o que faço. Infinitamente intenso, vivo!

Mr Parkinson é uma merda, mas eu não sou uma merda!

Boa noite

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pedalada pela Doença de Parkinson

Isso mesmo! Parkinson x bicicleta, ou Parkinson's X Bike, digitei isso no Google hoje e adivinhe - descobri o Larry e muitos outros.
O mundo se mobiliza em movimentos das Fundações Fox, Muhammad Ali e porque nós brazukas, espertos e cheios de "levar a melhor", não fazemos nada nesse sentido?
A resposta parece óbvia - porque não acreditamos! Não acreditamos em nada que se possa fazer, ou vir a fazer de bom. Sempre estaremos pensando em "quem está levando a grana" e coisas do gênero. 
Sabe porque? 
Porque não somos sérios!
Uma constatação do ex-presidente da França, Charles Degaulle, que ganhou fama há muitos anos atrás, pela sua acidez e verdade.
Não temos essa capacidade de acreditar nos outros, porque nossa idéia do outro é que o "outro" que levar vantagem sobre nós e nós é que temos que levar vantagem sobre o outro. 
Confuso?
Sim! Muito mais do que você possa imaginar...
É cultural e até mesmo genético. É o que eu chamaria de o "gene de Gérson"...
Como resolver isso? Com consciência de que nada se atinge sem seriedade. Praticando ser sério o bastante para não nos importarmos se perdemos ou ganhamos. Na verdade sendo sério, você já ganhou!
Até quando vamos ficar bancando os descolados, os espertos, aqueles que nunca se dão mal?
Talvez um dia eu consiga mostrar para os brasileiros, o quanto é importante estudar e pesquisar sobre a cura do parkinson. Pode parecer piegas, mas eu lhe digo que até o dia em que ouvi o diagnóstico do médico há 30 anos atrás, eu não tinha Parkinson e nem nunca tinha ouvido falar dessa doença.
Agora olha aqui no meu olho e responde:
-Quem garante que você não terá Parkinson um dia? Ou seu filho, ou seu neto?
Nesse caso seria interessante a cura, não é verdade? Então meu amigo, se não houver mobilização e movimento em busca da cura, ela não vai acontecer nunca e o seu filho, ou seu neto, ou você mesmo estarão a mercê da doença.
Será que um dia consigo encabeçar um movimento de levantamento de fundos para pesquisa? Ou você continua achando que isso não é problema seu?


Boa noite!

domingo, 16 de janeiro de 2011

... e o bicho pegou mesmo...

Ontem foi o dia do bicho pegar. Tudo ia perfeitamente bem, com a dureza já prevista na Estrada da Limeira. 
O calor de sauna do litoral em dia de sol, as subidas duras como sempre, as milhares de pedras de rio, redondas, jogadas no leito para tirar os atoleiros e dar a ela uma cara de estrada, fizeram parte das dificuldades já esperadas.
O que estava fora do roteiro foi a sapatilha presa ao pedal, pela perda de um dos parafusos de fixação do taco, o que me fez ter que "calçar" a bicicleta, cada vez que parava.
Após a pausa para o almoço no Rio da Limeira, senti que minha energia baixou consideravelmente. Atribui à dosagem de remédios para o Parkinson, dos quais nunca mais consegui acertar a dosagem efetiva, depois que o medicamento Cronomet deixou de ser entregue aos pacientes da doença pela associação. Não consigo acertar a dose com o Prolopa, por mais que tenha tentado.
Enfim, após um longo período de descanso, saímos pela estrada. Sol muito forte e a sensação de sauna constante, com um calor sufocante.
Após alguns quilômetros, comecei a sentir-me realmente mal. O peito parecia não conter o coração. Me preocupei... Uma desagradável sensação de angústia misturada ao cansaço e ao calor me fizeram parar e sentar à beira da estrada numa sombra.
O Mário, que estava um pouco para trás de mim, me alcançou e percebeu que eu não estava bem e o Paulo que estava mais adiante, voltou. Eu estava me sentindo péssimo e por um instante pensei estar sendo vítima de um infarto.
Paramos um motociclista que passava e pedimos auxílio e este prontamente foi em busca de um carro para me remover. Minutos depois, apareceu o carro com o motorista bastante disposto a ajudar.
Decidimos, eu e o motorista voltar a Morretes, que estava mais perto, embora não parecesse. Meus dois companheiros seguiram o plano original até Garuva.
Duas horas sacolejando no Gol, que parecia que ia desmontar inteiro a cada  buraco e pedra solta que passava, me conduziram ao Hospital Municipal de Morretes.
Chegando lá, fui atendido já em seguida por uma simpática médica que ficou surpresa ao saber que "ainda" sou um atleta após meus quase 31 anos de doença.
Antes de qualquer outra providência, fui encaminhado para um eletrocardiograma, que não apresentou nenhuma alteração, a não ser uma pequena deficiência de impulso elétrico no lado direito, nada preocupante.
Quero agradecer publicamente ao Hospital Municipal de Morretes, pelo pronto atendimento e pela simpatia e presteza de seus funcionários.
Passado o susto, a Lenice veio me buscar de carro e voltamos para Curitiba.
Vou comprar um frequencimetro cardíaco tão logo possa e este foi um bom sinal para começar a treinar mais sériamente.


Bom domingo!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Abril

É amanhã! O bicho vai pegar!

Calor de quase trinta graus hoje, aqui em cima da serra. Imagine Morretes e a sua região! 
Pois amanhã, nem que o capeta abra uma filial na Serra do Mar, deixamos de fazer a pregação da Estrada da Limeira.
A Igreja Internacional do Pedivela Quadrado estará, representada pelo Missionário R. Coelho, pelo Bispo P. Pegorini e pelo Pastor M. Valério, levando a "bença" àquelas comunidades da Estrada da Limeira.
Grande concentração popular, a partir das 6 horas da manhã, no pedágio da Br 277 sentido praias, para receber a maravilhosa unção com o óleo bento da Shimano. Venha e traga a família.
Agora sério gente! Amanhã a cobra vai fumar... A serrinha de 5 km, dura como ela só, é um aviso do que vem pela frente. Pauleira e bananais à direita e à esquerda. Um mosquito aqui, outro ali e o sol - ah o sol, amanhã vai estar fornicatório? Não! Fornalhoso? Não! Vai estar... F.... Isso mesmo! Rimou com soda? Acertou!
O filme* da aventura de abril, onde iremos pedalar eu e o Pegorini, quase 750 km até Xangrilá no RS, quase só por estradas de chão, já está no blog - Confira!
No mais é rezar para garoar um pouquinho amanhã e focar em Garuva!


Depois conto!


Abreijos


* Roteiro, fotografia, pesquisa, e diálogos de Paulo Pegorini e produção de Roberto Coelho.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Jantar Pegorínico

Ontem à noite fui jantar com o Paulo Pegorini. Saudades do meu querido amigo que passou uns dias fora, por conta dos feriados de final de ano.
Prosa boa em torno da maravilhosa massa preparada por ele, tão carinhosamente.
Planos novos para 2012. Um desafio ciclístico de "cair os butiá do bolso", como diz ele. 
Me senti muito honrado pelo convite e pela confiança na minha tenacidade. Disse a ele que quando aceito um desafio, levo até as últimas conseqüências, ou em outras palavras, se tiver que arrastar a bicicleta até o fim, arrasto! Ele sabe disso e por essa característica e pela nossa amizade, me convidou.
Paulo é um desses amigos raros - o meu melhor e maior...
Combinamos detalhes para a pedalada de sábado - na Estrada da Limeira, entre Morretes e Garuva, dura como deve ser, feita para gente como nós que não se encolhe diante das dificuldades. O Mário apareceu e pudemos combinar tudo da melhor maneira, inclusive testando a capacidade de transportar 3 mountain bikes no Corsa do Mário.
Saimos do pedágio da BR 277 por volta das 6 da manhã e o resto é com as pernas e a cabeça. Foco no objetivo. O resto conto depois...
Vamos ver se o Paulo bate dessa vez seu próprio recorde de furos de pneu (rsrsrs). Desculpa ai Paulo, não podia deixar passar em branco!


Bom dia a todos!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ano novo começa embalado!

Começou de vento em popa!
Madame Molnar, from Paris, me convidando para alguns bate-papos sobre a minha trajetória com Mr Parkinson, em Campinas e região. Data a ser confirmada ainda, mas com certeza no mes de fevereiro ainda.
Em março a prova de fogo, antes do grande desafio de pedalar de mountain bike, por estrada de chão de Curitiba a Ipanema no litoral do Rio Grande do Sul. A prova é encarar a Estrada do Cerne de "révéztréis", ou seja de trás para frente. Se passar, ganho o carimbo de apto, para em abril, seguir para o maior desafio ciclístico da minha vida - Pedalar com meu irmão Paulo Pegorini até o RGS por estradas de chão, em sua maioria. Subiremos de bike em quilometragem acumulada, o equivalente à altura do Aconcágua.
Maio é o mes do Congresso de Parkinson, em Floripa, nos dias 4,5 e 6 de maio. Estarei fazendo uma exposição das minhas viagens de bike. Como não poderia deixar de ser, vou pedalando até Floripa.
Bom começar assim espantando fantasmas que nada trouxeram de positivo.
Para o segundo semestre ainda tenho agenda livre. Alguma sugestão?


Boa tarde

domingo, 2 de janeiro de 2011

Samba de Orly

Vai meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão
De correr assim
Desse frio
Mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão
Pede perdão
Pela duração 
Dessa temporada 
Mas nao diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que eu vou levando

Ve com é que anda
Aquela vida a toa

E se puder me manda
Uma noticia boa 

sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz 2011!

Foi dada a largada à meia-noite. Começou! Agora sim! Agora vai! Muita esperança em 2011 e a palavra de ordem é acreditar.
Acreditar que a vida vai ser melhor, mais leve e sensata. Acreditar nos amigos que são poucos, mas muito verdadeiros. 
Acreditar! Ter fé, que além de não costumar "faiar" como canta Gilberto Gil, remove montanhas!
O milagre se renova todos os anos e milhares de pessoas renovam ao mesmo momento, cada qual no seu fuso horário, os desejos de saúde, paz e bem estar geral. Fico matutando sobre isso e concluindo obviamente o tamanho dessa  energia gerada. Energia que vai segurar as pontas de cada gerador em particular, durante o ano todo.
O pensamento é energia e é gerador de energia criativa. Isso é indiscutivel!
Portanto capriche nos seus pensamentos...
Crie e sonhe com sua vida melhor em 2011. É um bom começo e além do mais, você merece!


Bom ano novo!