quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Maconha

Quando ouvia falar de maconha na minha adolescência e infância, o tom da conversa soava grave, criando a imagem de que os usuários de maconha, os maconheiros, eram bandidos, estupradores, que faziam uso da maconha para fazer arruaças. Enfim era coisa de gente de baixo nível.

O tempo passou e essa imagem ficou na minha cabeça, assim como deve ter ficado na cabeça de quem me lê nesse momento.

Vamos fazer um exercício de imaginação e criar na nossa tela mental uma cena na Jamaica, onde a cultura predominante é Rastafari. Os rastafari acreditam em um Deus redentor de suas almas. O nome desse Deus é "Jah", provavelmente derivado de Javé. O que diferencia o rastafari do resto do mundo visualmente é o uso de "dreadlocks" uma espécie de amarração que se faz nos cabelos enrolados. O que diferencia os rastafari do resto do mundo também, é sua música, o reggae. O reggae é uma música com fortes mensagens de paz e fraternidade. Outra diferença básica dos rastafari e boa parte do mundo é a alimentação natural, sem química. A meditação para um contato mais íntimo com Jah, é uma  prática diária. A  meditação é sempre atingida em seu estado pleno pelo uso da maconha. Por isso a associação entre reggae e  maconha é forte. 

Voltando ao nosso exercício de imaginação, vamos provocar nossa mente a imaginar uma criança filha de uma família rastafari, que vê seus pais meditarem diariamente usando a maconha, essa criança testemunha no dia a dia uma convivência pacífica dentro dos preceitos rastafari de paz e fraternidade. Qual será a imagem que essa criança terá por toda sua vida, da maconha?

É fácil deduzir que tudo passa pelos olhos de quem observa.

Assunto polêmico mas importante, que deve ser tratado isento de preconceitos é o uso da maconha como coadjuvante no tratamento da Doença de Parkinson.

Vou falar da minha experiência pessoal, o que não representa absolutamente nenhuma apologia ao uso de maconha ou qualquer outra droga. Acho delicado falar disso, mas ainda assim necessário.

Fiz algumas experiências com uso da maconha em diversas situações durante a minha convivência com a doença, Sem dúvidas a pior delas foi quando após ter fumado precisei tomar remédios. Em alguns minutos tive uma sensação terrível de medo e enjoo, um mal estar que durou algumas horas. Aprendi que não se deve associar com os remédios!

Todas as outras experiências foram positivas. Posso citar a redução de discinesias, relaxamento do corpo, aumento da libido e também outras sensações clássicas provocadas pela maconha como o aumento da capacidade de percepção dos sentidos físicos e também dos psíquicos.

Eu reservo essas experiências para momentos de quietude, de recolhimento e para momentos que não precise dirigir ou que precise de concentração.

Está aberta a discussão! Aguardo os comentários.

Bom dia

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Concordancia

Contra a dor,
alivio...

Contra o calor,
frio...

Contra um sorriso,
outro...

Contra o medo,
coragem...

Contra a mala,
viagem...

Contra mim,
ninguem...

Concordo...

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Nunca tive medo de me arriscar a viver... Viver é uma aventura no mínimo interessante, dependendo dos olhos que vêem a vida...

Eu poderia ter tido uma vida estável, tinha um emprego que me mantinha vivo com algum conforto. Era um emprego estável e já fazia um bom tempo que trabalhava naquele lugar. Tinha estabilidade, décimo terceiro, participação anual nos lucros, férias remuneradas, assistência médica, odontológica e outras facilidades.

Mas era aquilo mesmo, de segunda a segunda, mês após mês, ano após ano...  Um dia pensei:

"A vida é isso mesmo? Se for isso é pouco!"

Sempre quis ouvir os dois lados do disco. Sou do tempo do long-play de vinil, dos compactos simples e dos duplos...

Curioso de alma inquieta.

Buscador por excelência!

Decidi jogar fervura na água fria. E fui viver!

Fora do país, com uma mala de roupas e outra de remédios, já diagnosticado com parkinson, fui conhecer os Estados Unidos, morar em Nova Iorque. Não pelo charme, nem pelo status, nem para juntar grana, mas por ousadia.

Sempre ousei. Confesso que nem sempre foi divino e maravilhoso, mas faz parte do jogo. Perder e ganhar, é apenas uma questão de polaridade, o jogo é o mesmo. Sorte? Azar? Não existem.... Não para mim!

Repetindo um post antigo, quando o Tonio Luna, grande presença e voz do rádio e tv  paranaenses, me ensinou uma  grande verdade sobre a vida:

"Roberto, viver é semelhante a sair de casa em um dia de chuva, com uma  roupa branca. Você sabe que corre o risco de sujá-la com a  lama da chuva, mas sabe também que quando chegar em casa, bastará lavá-las e em pouco tempo estarão limpas novamente".

Simples dito assim e óbvio de  uma certa forma.

Fazer isso acontecer...

Ouse... Mude tudo se não está bom!

Se você reconhece que não está bom e ainda assim não consegue sair disso, só lhe resta uma  opção, se conforme... Ainda que não mude nada...

Coragem e bom fim de semana

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Quase um ano fora do blog!

Tempo, tempo... Tempo mestre... Tempo rei!

Águas passaram sob a minha ponte... Algumas  turvas, outras (felizmente a  maioria) cristalinas. Sou feliz e estou feliz! 

Novo neurologista... 

Morada nova... 

Pássaros, cães, árvores e sol. 

Grama para pisar com os pés nus...

Chuva para molhar a natureza... 

Fogo de uma paixão, de  um amor que só cresce e não me  preocupa... 

Que tome todos os espaços, que preencha tudo de mim. 

Que seja infinito, inabalável e sempre verdadeiro...

Bom dia Universo!