terça-feira, 8 de março de 2011

Carnaval acabou (para mim nem começou)

Ziriguidum, balacobaco e sambinnha no pé, eu peço licença e passo batido. Mas a histeria coletiva momesca, já estava ativada, há muito tempo. 
Pelo menos 3 meses antes do reinado de Momo, começa a busca por casa na praia... mais caro... mais barato... Tem de tudo! Mas nada garantido. Para garantir, só mesmo deixando um sinal de negócio, o que significa, contatar os interessados e ir providenciando a vaquinha para o sinal.
Isso implica em ligar para o cunhado, aquele boa vida, desempregado já fazem alguns anos. Implica também em um desgaste, que está apenas começando, pois a seguir tem que pôr o carro na revisão.
Certamente mais desgaste ainda, pois no carnaval passado o carro "ferveu" na serra e esqueceram de mandar arrumar. Muito bem, a conta da oficina sempre dá pra jogar no cartão. Então, manda lá e faz o que tem que fazer, depois se vê o que se faz. 
Chegou o grande dia! 
Com o carro já empacotado de quitutes diversos, cerveja, bóia de cavalinho, roupas de cama e o rancho feito graças ao vale-alimentação no supermercado, a estratégia seria infalível, sair de madrugadinha, lá pelas 6 da manhã. Certeza de estrada vazia, que é pra não se aborrecer!
Cinco e meia da manhã o representante absoluto da família, entra no carro, dá a partida no motor e começa uma torturante (ao menos para a rainha do lar) saraivada de aceleradas no motor. Essa frenética seqüencia de acelerações que é assim semelhante ao que os felinos fazem quando estão em busca de uma fêmea no cio, mijando por toda parte, para marcar seu território. E serve também para mostrar quem é que manda.
Saida conforme programado, até que próximo da marginal, a quantidade de luzes de freio acendendo adiante, é duas vezes maior do que o número de pessoas que tiveram a mesma idéia do "cabeça do casal". Ai, mo fio, é só rezar ppppra praga do carro não ferver de novo.
Duas horas depois, já estão a poucos metros do pedágio. Numa tentativa desesperada de tentar contrapor a sua realidade,que é o engarrafamento de cinco horas, o "patrão" pergunta à atendente - Quantas horas de engarrafamento? E a resposta ferina da moça, soando quase como um escárnio:
- Minimo de cinco horas...
Enquanto isso passa por ali um alegre grupo de ciclistas, a caminho da serra, para acampar. Não é uma alternativa?
Bem, resta ainda a alternativa de infartar na fila interminável do pedágio.

2 comentários:

  1. KKKKKK
    É VERDADE... SHOW DE BOLA.. ADOREI O TEXTO..

    ABRÇS.
    BRUNO JP TEIXEIRA - O PORTUGA
    http://brunojpteixeira.blogspot.com/

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  2. Show o texto! divertido e com muitas doses de realidade.

    JOPZ

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