sexta-feira, 24 de setembro de 2010

RECONHECIMENTO DO PERCURSO

No próximo domingo estaremos eu e o Paulo Pegorini indo reconhecer como será a "pedreira", pelo menos o começo dela. Até Adrianópolis "o bicho pega". São duras subidas e se for como estou prevendo que irá acontecer, estarei com bicicleta pesada. Imagino eu com uns 25 kg de bagagens, distribuídas nos alforges traseiros, mais os meus 70 kg e o peso da bicicleta em torno de 10 kg, somando tudo, cerca de 105 kg para as pernas empurrarem morro acima.
Assustador não é? Mas vamos lá! O resultado final é o que conta. Cada gesto de apreciação, cada sorriso de gratidão e cada mudança de atitude diante da doença, são a melhor recompensa para mim.
Por isso é que estarei trabalhando, para mostrar que é possível sim ter mais qualidade de vida, que é necessário lutar pela vida e tanto quanto possível, não desistir nunca, apesar da doença.
Uma das mais sérias ameaças do parkinson, é a depressão, o estado de apatia e o desânimo. Essa é uma batalha de vontade própria versus a deficiência química do cérebro. 
Quando estou "travado" (essa é a palavra que para mim descreve melhor a sensação de estar fora do efeito da medicação), a sensação é de que existe 2 "vocês" dentro de você mesmo, o primeiro que sente a vontade de fazer as coisas que deseja e o segundo que o impede fisicamente, é uma sensação muito desagradável e incômoda, mas faz parte do todo.
O importante é saber que o doente não é a doença. Uso uma frase grosseira para definir como me sinto em relação à doença, mas que cabe perfeitamente -
"Parkinson é uma merda, eu não sou uma merda" Por isso luto!


Boa tarde!

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