Tempo frio! Inverno completamente deslocado, chuva fina desde ontem e remédios difíceis de acertar a dosagem. Esse é o fim de semana apresentado a mim. Sem treinos...
Eu deveria ou poderia estar em parafuso, pensando como será pedalar os oitocentos e tantos quilômetros até o destino final São Paulo! Deveria mesmo!
Mas uma certeza me impede de "entrar em parafuso", a certeza de que o que move minha bicicleta, além dos remédios que me "soltam" as pernas, além da vontade de chegar, existe uma força a mais, que na verdade, em essência, é o que me move, AMOR é o nome dela. Essa fonte de energia inesgotável, contra a qual não existe força que se oponha.
Coloquei um coração nesse projeto, o meu coração.
Sou por natureza, intenso em tudo que faço, vou às últimas consequências sempre. Sou um apaixonado pela vida, por viver e por estar vivo!
Luto a boa luta, a luta justa, a certa, a luta dos que tem essa terrivel doença. Luto pelo seu bem estar, por lhes oferecer uma visão diferente da convivência com a doença.
Ao longo de 30 anos, errei, acertei, duvidei, acreditei, me adaptei e me readaptei e aprendi ao meu modo próprio, como entender e aceitar, como conviver e viver com Mr. Parkinson.
Tenho ele, Mr. Parkinson, como uma figura viva, efetivamente, um companheiro de jornada, até que a morte nos separe. Como já disse em um post anterior, é a relação mais estável que já tive na vida, um casamento que já passou a marca das bodas de prata, e está firme como nunca!
Estou de bem com a vida, deixo que o Mr. Parkinson aprenda sobre Roberto Coelho para em contra-partida, aprender mais sobre ele...
Bom dia!
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