segunda-feira, 5 de julho de 2010

O resumo da ópera!!!

Foram 4 dias de pauleira, com a mountain bike pesando mais de 30 kg, enfrentando estradas de chão, asfalto, duras subidas e o calor da região de Pomerode SC, mas valeu cada gota de suor, cada gemido de dor, cada troca de marcha...
Sexta feira 2 de julho
Minha bike está pronta desde a noite anterior. A Chica, uma grande companheira de pedal, chega, monta seus alforges na velha GT de cromo molibdênio e partimos. Optamos por sair pela BR 277, até o viaduto de São José dos Pinhais, para então sair pela "BRIOI" (BR 101). No viaduto, uma parada para atender o celular. Giselle, minha querida amiga, campeonissima do Audax, me desejando bom treino.
Partimos pela 101, rumo a Tijucas do Sul e já na subida da Providência, após o Contorno Sul, sinto que a Chica pedala muito mais do que eu. Tenho uma breve visão do que serão os 4 dias, olhando-a pedalar com vigor morro acima e ir pouco a pouco se distanciando de mim. Faço o que posso para andar próximo dela, mas a baixinha é "encardida". Desço muito rápido pelo acostamento a longa descida antes da subida da Artex e ao chegar na ponte, que não tem acostamento, quase levo um "totó" no braço de uma carreta que passa rente ao meu braço. Sustão de dar tremedeira nas pernas.
Na subida da Artex, lá vai a Chica de novo, subindo e subindo, rápida e constante, e eu ficando, ficando... Respeito meus limites, porque a dor na lombar me lembra, que está ali junto nos acompanhando.
Após uma parada no supermercado local, para comprar comida para a viagem, passar filtro solar e tirar os agasalhos, seguimos para o trevo de Tijucas do Sul.
Os primeiros 50 km, já se foram...
Achamos uma sombra e paramos para comer. Saímos e minha bike que está pesando mais de 30 kg, parece pesar 90 kg. Sobe, desce, sobe, desce, morros sem fim...
Já em Lagoinha, adiante de Tijucas, paramos num posto de gasolina. Quero conferir a calibragem dos pneus. Os 90 kg estão explicados! Tenho 22 libras no pneu dianteiro e 25 no pneu traseiro. Calibro 50 em cada pneu.
Finalmente, o terreno de mountain bike se apresenta em descidas maravilhosas, mas perigosas com cascalho solto. E após descidas maravilhosas, o que vem? Exatamente! Subidas maravilhosas! Assim passamos a tarde, subindo e descendo...
Pedalo ao lado da Chica e ouço um "ssssssssssssssss" característico, hehe...
Paramos no alto de uma serra deslumbrante, de verdes inacreditáveis em pleno inverno. Pneu consertado e vamos em frente...
Eu sabia que deveriamos passar por Bateias de Cima e depois Bateias de Baixo para depois pegar o acesso para Campo Alegre, onde pernoitaríamos. O sobe e desce não dá trégua, nem minhas costas... Não estou rendendo nada!
Começo a me preocupar com o tempo que estamos levando para fazer o trecho! Finalmente chegamos a Bateias de Baixo e decidimos procurar um lugar  para pernoite. A proposta era gastar o mínimo possivel, por isso "engordamos" as bikes com barraca, toldo, etc...
Pessoal, amanhã continuo tá?
Boa noite

2 comentários:

  1. Como sempre fascinam-me as tuas descrições! Já sentia falta e estava preocupada!Mas sen razão pois tu dás conta do recado! Força meu querido está quase o grande dia!
    Um beijo

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  2. Nossa, que aventura maravilhosa, a cada descrição do seu percurso podia ver a imagem em minha mente, acompanhando o relato,
    bom pedal!!!

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